Qual o Peso, Altura e Largura de Um Chevette?

O Chevrolet Chevette é um grande exemplo de modelo de sucesso no segmento automotivo brasileiro, foram mais de duas décadas como um dos carros mais vendidos do país atendendo as principais demandas das famílias. O carro que pesava em média 920 kg tinha 1,57 m de altura e de 4,12 a 4,19 m de largura. A distância entre eixos era de 1,32 m. Continue lendo para saber mais sobre o ‘caçula’ da Chevrolet e como foi sua trajetória de sucesso.

Chevrolet Chevette: Conheça Sua História

O Chevette foi um carro de sucesso em nosso país por 20 anos, em 1983 conquistou o posto de modelo mais vendido. Ao longo dessa trajetória o Chevette passou por uma série de atualizações visuais assim como variações na sua carroceria, foram desenvolvidas opções sedã, hatch, picape e perua.

O modelo chegou ao Brasil em 1973 sendo uma derivação da quarta geração do Opel Kadett que havia sido lançado no Salão de Frankfurt no mesmo ano. A Chevrolet desejava que esse lançamento fosse inovador e por isso adotou uma estratégia um tanto quanto diferente, o Chevette chegou primeiro ao Brasil e somente seis meses depois a Europa.

A escolha do nome Chevette teria sido estratégica por parte da Chevrolet que não queria que a nomenclatura europeia (Kadett ou cadete) fosse relacionada de alguma forma ao governo militar instaurado no Brasil naquele período. A palavra ‘Chevette’ significaria algo como ‘pequeno Chevrolet’. A Chevrolet nunca confirmou esse fato, mas é bem possível de ter ocorrido.

Chevrolet Chevette

Chevrolet Chevette

Aporte Milionário

Para esse lançamento a Chevrolet fez um investimento de 102 milhões de dólares na fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo. Obviamente tamanho aporte chamou atenção dos potenciais compradores e da imprensa. No dia 24 de abril de 1973 o Chevette foi finalmente apresentado à imprensa especializada.

O carro de carroceria sedã (com duas portas e sem quebra-ventos) estava disponível para compra nas versões Standard e SL. O slogan usado foi bastante instigado sendo “a GM não faria apenas mais um carrinho”.

GM

GM

O design moderno para a época foi muito bem recebido, na parte interna foram destacados pontos positivos e negativos. Foi identificado como um carro agradável de dirigir em especial quando comparado com o Fusca.

Sua boa estabilidade e seu excelente porta-malas foram destacados de maneira positiva, mas também foi citado o posicionamento dos pedais que estavam levemente inclinados para a esquerda devido ao túnel central de transmissão e o desconforto em particular para os ocupantes do banco de trás.

Segurança

Uma das principais inovações propostas pelo Chevette na época de seu lançamento foi incluir itens de segurança – que ainda não eram exigidos por lei – como coluna de direção não-penetrante e pisca-alerta. O modelo ainda contava com suspensão bem calibrada e circuito de freios.

Motor

O carro usava um motor de 1.4 de 68 cv com comando de válvulas no cabeçote sendo o primeiro do Brasil a ter acionamento por correia dentada. O seu câmbio tinha quatro marchas e tração traseira acelerando razoavelmente bem podendo chegar a até 145 km/h, velocidade máxima para os padrões dos anos 1970.

Tanque de Combustível

Tanque de Combustível Chevette 87

Tanque de Combustível Chevette 87

Uma das principais novidades trazidas pelo Chevette em seu lançamento foi o tanque de combustível posicionado na parte detrás do encosto do banco traseiro, com capacidade de 45 litros estava em posição inclinada. O objetivo era dar mais segurança para os ocupantes do Chevette no caso de batida, também ajudava a evitar furos no reservatório quando o carro passasse eventualmente por um objeto solto nas vias.

Era uma posição incomum para o tanque de combustível na década de 1970 e acarretou na colocação do bocal na coluna traseira, do lado direito. Inclusive essa se tornou uma das marcas do Chevette.

Chevrolet SL: Um Modelo Refinado

Chevrolet SL

Chevrolet SL

O Chevette SL que se tornou consagrado foi lançado no mercado em 1976 se diferenciando do que outras marcas ofereciam. O modelo tinha bancos dianteiros com ajuste milimétricos e apoio para cabeça integrado. O seu acabamento era superior sendo o interior em vinho ou marrom. Contava com excelente isolamento acústico e até alguns itens cromados por fora.

Reestilização

O Chevette passou por importantes reestilizações em 1978 recebendo uma nova grade dianteira dividida e ganhando uma versão quatro portas com o mesmo tamanho da versão de duas portas. Era algo incomum para o período e não fez sucesso no Brasil, mas continuou em produção porque era exportado para os países vizinhos.

Na década de 1980 a marca apostou em grandes mudanças visuais tendo começado com uma atualização da traseira com a adição de lanternas maiores e um para-choque totalmente novo. O Chevette passou a ter uma versão hatch e a estar disponível com motos 1.4 movido a álcool.

Nessa versão o tanque de combustível ficava localizada na parte de baixo do porta-malas de maneira que o banco pudesse ser rebatido. Podia ser encontrado em versões básica ou SL, porém, não fez sucesso. O fato de custar tanto quanto a carroceria sedã não ajudou. Em 1980 o Chevette chegou a marca de 500.000 unidades produzidas e em 1983 se tornou o carro mais vendido no Brasil com 85.984 unidades.

Perua Marajó e Chevy 500: Novos Integrantes na Família

Chevy 500

Chevy 500

A perua Marajó chegou ao mercado em 1980 como uma derivação do Chevette, o design foi inspirado no Kadett Caravan. Apresentava grande capacidade de carga que variava entre 796 e 1.510 litros quando o banco estava rebatido. O ar-condicionado passou a ser oferecido como item opcional e estava presente no restante da família.

No ano de 1983 a Chevrolet apostou em outro lançamento, a Chevy 500, uma versão perua do Chevette. O nome desse modelo fazia referência a sua capacidade de carga de 500 kg com motorista incluso. O modelo se destacou positivamente por ter tração traseira e por permitir aumentar o volume de carga com o rebaixamento da caçamba.

Chevette S/R

O Chevette S/R foi o modelo que apresentou as principais novidades mecânicas da família. Uma de suas marcas foi à adição do motor 1.6 ao Chevette com um visual degradê e posicionamento da logo na lateral. Também contava com spoiler traseiro.

Chevette SE

Chevette SE

Chevette SE

Modelo lançado durante o período de controle de preços do Plano Cruzado em 1987 (em que era proibido aumentar o preço de uma versão de carro que já existia no mercado), o SE, contava com novos instrumentos encosto de cabeça que era separado do banco e luzes para controle de consumo.

Aprestava preço mais elevado em comparação com a versão SL que manteve seu preço, mas apresentou perda de equipamentos. Em 1988 a versão passou a ser chamada de SL/E e se tornou padronizada como outros modelos da Chevrolet, Opala e Monza. Algo que não durou sendo que em 1991 o Chevette e o Chevy passaram a ser comercializados na sua versão DL.

Chevette Júnior

Chevette Júnior

Chevette Júnior

Em março de 1992 a Chevrolet lançou o Chevette Júnior para que ter como competir com o Fiat Uno Mille. Esse modelo era a primeira versão com motor 1.0, algo que permitia que fosse colocado no benefício tributário oferecido pelo governo.

O acabamento era mais simples e os principais equipamentos se tornaram opcionais. Não obteve bons resultados no mercado, pois apresentava uma série de problemas que tornava o Uno Mille preferido pelos consumidores. No ano de 1993 com as vendas fracas e as redefinições do governo o Chevette Júnior deixou de ser produzido.

O Último Chevette Produzido

O Chevette já não era mais um carro competitivo no mercado automotivo brasileiro e com suas vendas em queda acentuada foi descontinuado. O último Chevette foi produzido no dia 12 de novembro de 1993. Ao longo de sua trajetória no mercado foram mais de 1,6 milhão de unidades produzidas sendo destas 400.000 exportadas.

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