À medida que os carros vão ficando mais velhos, é comum ouvirmos dizer que o veículo está com a junta do cabeçote queimada. Inclusive, há até alguns anúncios de carros que tratam essa questão como se fosse algo comum e corriqueiro, dizendo que aquele veículo necessita de troca da junta de cabeçote. No entanto, esse problema pode custar muito caro para o proprietário do veículo.
O Que é a Junta de Cabeçote e o que Causa a Sua Queima?
Antes de mais nada, vamos entender o que é a junta de cabeçote. A junta do cabeçote consiste em uma peça de vedação, que se encontra localizada entre os cilindros do motor. Ela é responsável por ligar o bloco do motor ao cabeçote.
De uma forma mais prática, podemos dizer que essa peça faz a separação do óleo usado para lubrificar o motor, da água usada para o seu arrefecimento, para que não se misturem. De uma forma geral, a junta do cabeçote atua como se fosse um retentor de água, impedindo que ela saia do motor do veículo e vá para o circuito de lubrificação.
Para fabricar as juntas do cabeçote, pode-se usar ligas metálicas diversas, que são compostas de cortiças e de materiais impermeáveis, e que apresentam boa resistência à altas temperaturas.
O que leva à problemas no motor, normalmente, são problemas relacionados a defeitos ou mau funcionamento do sistema de arrefecimento. Abaixo, listamos alguns dos principais motivos e como prevenir o seu aparecimento.
Os problemas mais comuns, que levam a problemas no motor e à queima da junta do cabeçote são:
1 – Ausência De Água Ou De Líquido No Sistema De Arrefecimento Do Motor
É essencial verificar, ao menos uma vez no dia, o nível de líquido de arrefecimento. Principalmente durante o verão pois, nessa época, é mais fácil o líquido evaporar, por causa da elevação de temperatura do funcionamento do motor.
Caso perceba que a quantidade de líquido está abaixo do mínimo indicado, coloque água até atingir o nível máximo do reservatório imediatamente. É importante também verificar com um mecânico se não há nenhum tipo de vazamento que esteja provocando a perda de líquido. Em geral, o que costuma causar isso é mangueira furada.
Uma observação importante: a adição de água e de aditivo (etilenoglicol) só deve ser feita quando o motor já estiver frio.
2 – Atenção às Mangueiras
A maior causadora de perda de líquido de arrefecimento, que também é conhecida como água no radiador, costuma ser a mangueira de borracha do sistema. À medida com que o tempo vai passando, ela começa a ficar com folgas, perdendo elasticidade e ressecando. Isso faz com que essas mangueiras quebrem, levando ao vazamento de líquido. Se perceber vazamento constante de líquido, vá ao mecânico imediatamente. Hoje em dia, há um teste de pressão bem simples de fazer, que permite verificar se há ou não vazamento no sistema.
3 – Problema no Radiador
Algo que costuma acontecer é o acúmulo de resíduos de calcário que ficam no sistema, e que são provenientes da água usada no reservatório, e também do líquido de arrefecimento. A qualidade deles é o que leva ao aparecimento desses resíduos. Eles acabam ficando depositados no radiador do veículo, levando à obstrução da passagem. Além do mais, o radiador também fica sujeito ao superaquecimento, até estragar. Outros pontos frágeis do radiador são as colmeias de arrefecimento.
4 – Atenção Ao Aviso De Superaquecimento
O termômetro do carro é o que monitora o aquecimento do motor, seja em dias mais quentes, ou mais frios. Se a luz de temperatura surgir no painel de instrumentos, não prossiga. Pare imediatamente o seu carro. Caso contrário, você poderá ter um gasto altíssimo. Se a temperatura passar de 90 graus, pare o carro e confira o reservatório de água do radiador. Mas não confie em apenas adicionar mais água e continuar a sua viagem.
Pode acontecer de você andar apenas por mais alguns quilômetros, e estragar de vez a junta do cabeçote, obrigando você a ter de trocá-la. Além da junta, também acontecem problemas no cabeçote, como a quebra. E, para recuperar, você terá que desembolsar um bom dinheiro. Sem falar na complicação e demora para resolver.
É essencial sempre observar o funcionamento da bomba de água e a válvula termostática. Esse trabalho exige mais conhecimento. Por isso, procure um mecânico. Caso algum deles apresente falha, é sinal de problemas.
Como Saber Se a Junta Está Mesmo Quebrada?
Caso você esteja na dúvida se a junta está mesmo quebrada ou não, após a temperatura superar 90 graus e a luz de temperatura acender, a única maneira que terá para se certificar do seu estado é por meio de um teste de gases, após um diagnóstico da pressão do circuito de arrefecimento, que é feito com um equipamento capaz de identificar a presença ou não de gases no motor do circuito.
Caso você não faça esse teste, e o seu carro continue perdendo água, e eliminando uma fumaça branca através do escapamento você, muito provavelmente, terá que trocar a junta do cabeçote. E o mais rápido possível.
Se a água se misturar ao óleo do motor, o mesmo poderá travar ou fundir, o que significa o maior problema que um carro pode apresentar em se tratando de mecânica, pois um motor é muito caro.
A falha do motor, quando em alta temperatura, também representa outro sintoma, bem como mau funcionamento e a marcha lenta. Caso o motor seja em “V”, prepare-se para problemas e custos em dobro.