Os carros são, sem dúvida, um dos maiores sonhos de consumo da população brasileira, que visam abandonar o transporte público e poder dirigir um carro de seu gosto. E, com o barateamento que ocorreu nos últimos anos, possibilitou aos menos favorecidos comprar o seu carro zero ou usado.
Com o passar do tempo, os carros vão se modernizando, tanto no aspecto do design quanto no aspecto da tecnologia. Alguns que existem conseguem até se comunicar com o motorista, reduzir a velocidade ao perceber o aumento, enviar sinais sonoros ou vibratórios para acordar o motorista, entre muitos outros.
Mas você sabe como um carro é produzido? Neste artigo, você vai conhecer o processo de fabricação de um veículo, desde os seus primeiros esboços até a sua chegada às lojas. Então, vamos lá?
O Desenvolvimento Inicial de um Carro
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Para que um carro chegue as concessionárias, é necessário que o mesmo seja elaborado. E os primeiros desenhos e protótipos até decidir qual será produzido pode ser arrastado por meses, chegando a até dois anos. As equipes responsáveis pelo design e engenharia se reúnem e discutem qual perfil de consumidor irá utilizar o carro, a faixa de idade, para que utilizar, enfim.
Depois de muita conversa e cálculo, os responsáveis na parte de design começam a rabiscar as primeiras impressões do automóvel. Mais tarde, tais rabiscos serão substituídos pelos desenhos técnicos, que irão deixar mais vivos o rascunho, e também, para que possam observar com mais clareza cada detalhe do automóvel. Neste momento, design, mecânica e dinâmica entram em conflito. Depois de muito discutir e pensar, finalmente as equipes dessas partes entra em acordo. Para se ter uma ideia de como essa parte é demorada, a Montana, picape da Chevrolet, teve mais de 16 para-choques testados, até as partes definirem a melhor.
Enquanto a discussão sobre a harmonia das três partes, outros já planejam as cores que podem ser aplicados na carroceria, cores dos estofados, design dos carpetes, enfim. Tudo que é feito para embelezar o carro e o deixar moderno são feitos nessa parte.
2º Parte
Depois de as discussões cessarem e o acordo for finalmente feito, o carro que antes estava somente em rabiscos numa folha e digitalizado no computador, ganha traços e formas reais. Mas o material utilizado para fazer a sua réplica em tamanho real não é o mesmo de automóveis comuns: E sim de argila! Isso mesmo!
O seu tamanho, é claro, não é da escala real, sendo cerca de três vezes menor. Os detalhes são esculpidos por máquinas e também por artistas.
Depois dessa parte, onde os mínimos detalhes são produzidos, um protótipo de tamanho realista também é produzido, também em argila.
Depois da Argila
Depois de o protótipo de argila estiver finalizado, é hora de produzir. Para chegar nesse momento, o design já deve estar definido. Para começar a montagem, as chapas de aço que irão ser utilizadas na parte estrutural do automóvel são prensadas e passam por um processo que vai do repuxar até o corte, a dobra e os furos. Depois dessa fase, a carroceria começa finalmente a ser montada, no qual o porta malas, capôs e as portas são encaixadas em seus lugares e soldados. Mais tarde, o assoalho, algumas partes laterais e a parte de cima do veículo são também incorporados. Nessa etapa, podemos apenas perceber o esqueleto do veículo. E é aí nessa fase onde a pintura já pode ser executada.
O Processo de Pintura
Antes de a pintura da carroceria ser feita, a lataria do veículo passa por um processo químico, que visa deixar em segurança a lata das ações do tempo e contra a corrosão, e ao mesmo tempo, deixa as chapas prontas para receber a tintura.
Depois de pintados, a carroceria é transportada para estufas onde descansarão até que a tinta seque completamente. E, enquanto isso, o motor recebe as peças e outros componentes do automóvel. Tais peças, geralmente, são fabricas por outras empresas e, portanto, já vem pronta somente para a instalação.
Estima-se que, depois de montado o esqueleto do carro, o mesmo receba mais de 4 mil itens entre bancos, cintos, fiações da parte elétrica, enfim.
Depois de Fabricado
Depois de produzido, o automóvel agora segue para outra fase: A de testes. Ele é submetido a vários tipos de testes, como de desempenho, de verificação das peças, entre outros.
*Teste no asfalto: Os carros rodam até 10 km para verificar a condição dos freios, do acelerador, da embreagem, enfim.
*Neste mesmo teste, até mesmo uma chuva artificial é provocada, para ver se as vedações do automóvel estão boas.
Antes mesmo de tais testes, é feito uma verificação total do veículo. Operadores, munidos de máquinas, fazem a inspeção geral do veículo, para ver se está tudo nos conformes para que o mesmo possa durar muito tempo sem passar pelos mecânicos.
Aí, o pessoal do Sistema de Verificação de Qualidade entra em ação, verificando se as peças, lataria, entre outros, se adequam com as normas. Isso pode durar até 4 horas. Tudo para que o automóvel chegue ás mãos do consumidor sem carregar nenhuma falha.
Os verificadores também testam os autos em pistas determinadas, chegando a rodar cerca de 50 quilômetros a bordo dos automóveis.
Exemplo de Montadora
Nós podemos destacar neste artigo a Ford, uma empresa que já está no ramo dos autos há mais de 100 anos. No que diz respeito a qualidade, a empresa adota o QLS (Quality Leadership System, que é o controle da qualidade adotado pela companhia no mundo inteiro. Os avaliadores inspecionam o veículo desde o início da montagem até a entrega as concessionárias.
Esse rígido sistema de controle surte efeitos bastante positivos. Ele assegura que, quando é detectado algum defeito ou falha nos veículos, o mesmo não é liberado para as vendas até que o erro seja reparado.
Como já citado no artigo, o QLS é adotado pela Ford em todas as filiais espalhadas pelo globo, sendo interligadas uma as outras.
Apresentamos aí as etapas de produção de um veículo, desde o projeto até a fase final.
Por Francisco Prado