É inegável o fato de que os carros e motos salvaram e ainda salvam os os seres humanos em diversos momentos: carregar coisas de uma grande distância para outra, levar pessoas enfermas para o hospital sem necessidade de muito esforço, enfim. As aplicações são infinitas.
Os primeiros conceitos de veículos começaram a surgir no planeta milhares de anos atrás, com a invenção de um item que é de suma importância para que os carros de hoje funcionem: a roda. Ela foi criada com o intuito de facilitar o carregamento de objetos muito pesados. Acredita-se que foi isso que salvou os egípcios quando os mesmos construíam as imponentes pirâmides, pois os enormes blocos de pedra tinham peso superior a milhares de toneladas. Até hoje, inclusive, discute-se como os egípcios conseguiram fazer toda essa obra com a tecnologia disponível na época.
Os primeiros carros a combustão que conhecemos hoje surgiram no final do século XIX, com os primeiros veículos sendo fabricados e entregues pelo empresário e visionário Henry Ford, que, como o próprio nome denuncia, foi o fundador de uma das maiores montadoras de veículos do planeta, que é a Ford. Nessa época, Ford não somente revolucionou o mundo dos transportes, mas, também, ajudou a implantar diversas melhores na indústria, como a confecção de uma linha de produção onde permitia a fabricação de muitos veículos por um período muito curto.
Os carros, até mais ou menos os anos 1980, vinham em sua maioria com um motor que aceitava trabalhar somente com combustível retirado do petróleo, isso é, a gasolina. A partir dessa época, um novo conceito de combustível surgiu: o etanol (ou, informalmente, o álcool). Extraído da fermentação da cana de açúcar, o etanol surgiu como uma opção à gasolina por causa dos problemas ambientais que a queima de gasolina estava causando, bem como era necessária a busca por uma alternativa ao combustível fóssil que, como se sabe, não é infinito, já que o petróleo pode desaparecer do mapa muito em breve. Assim, diversas montadoras começaram a fazer o motor especializado somente em etanol.
Mas, depois de um tempo, eles pensaram: e porque não fazer um motor que possa aceitar tanto álcool quanto a gasolina? Com essa linha de raciocínio, desenvolveram e chegaram ao famoso motor flex, que, agora, é padrão em todos os automóveis que saem de fábrica: pode aceitar tanto álcool quanto gasolina, para que, quando um estiver mais caro que o outro, o motorista possa optar pelo que lhe satisfaz mais. Mas, fica uma dúvida: qual será que é o melhor combustível? O Álcool ou a Gasolina? Venha descobrir.
O Desenvolvimento Do Motor Flex
O motor flex, embora tenha sido popularizado durante os anos 2000, já tinha sido idealizado muito tempo antes. O primeiro modelo que viria a ser equipado com um motor flex foi, justamente, o Ford T, que povoou as lojas dos anos de 1908 até o ano de 1927. Ele aceitava, como combustível principal, etanol, gasolina ou uma mistura de ambos. Inclusive, Henry foi um dos militantes pelo uso do etanol nos motores, haja vista a lei seca dos EUA e, também, por conta dos problemas ambientais que poderiam vir a aumentar com a missão desenfreada de gás carbônico proveniente da queima de gasolina. No entanto, foi bem difícil mudar a percepção das pessoas quanto ao uso do novo tipo de combustível, haja visto o preço baixo do petróleo, que refletia no preço da gasolina, bem como a falta de plantações de cana de açúcar que é o principal fornecedor de matéria prima para a confecção de álcool. Até que, em 1973, um episódio sacudiu todos os mercados petroleiros do planeta: a Crise do Petróleo, que obrigou muita gente a dar um jeito de conseguir utilizar o carro mesmo com os problemas envolvendo o alto preço do barril de petróleo. A solução foi encontrada, justamente, no etanol. Além dessa, a crise abriu espaço para outros tipos de combustível, como o metanol e o gás natural GNV.
O governo brasileiro atentou-se ao fato da Crise do Petróleo, e começou a incentivar as montadoras que aqui atuavam para poderem montar carros que aceitassem o etano como combustível. Tanto é que podemos encontrar diversos modelos dessa época e de anos posteriores com o motor especializado em etanol. E assim foi por muitos anos, até que o preço do petróleo começou a se estabilizar e, assim, os modelos de carros começaram a ser fabricados em sua grande maioria a gasolina novamente. Mas, mesmo com essa reviravolta, o etanol ficou bastante conhecido por ser uma opção a mais de combustível. A produção de veículos com somente o uso de etanol cresceu durante os anos 80 e 90, até que os motores flex finalmente se popularizaram. Hoje, é extremamente difícil encontrar modelos que apresentem somente uma opção para o combustível.
A fama dos veículos começou na década de 2000, e hoje, praticamente é um padrão entre as montadoras. De um ponto de vista libertário, é uma boa opção para o motorista, já que ele vai poder optar por qual combustível pode usar, já que sabemos muito bem que o preço de etanol e gasolina tem um preço muito discrepante. Mas, mesmo com a possível economia que pode se vir a fazer com o uso do álcool em detrimento da gasolina, fica a pergunta: qual é o melhor para o motor.
Qual é O Melhor Para O Motor?
Álcool. Gasolina. Temos dois fortes candidatos para poder abastecer o seu tanque. Mas, qual deles é melhor? Segundo especialistas, em termos econômicos, o Etanol é mais barato, consequentemente, podendo ser muito mais vantajoso abastecer com ele. Contudo, um tanque cheio de gasolina pode ter uma autonomia maior do que o mesmo tanque cheio de etanol.
Mas, a coisa vira novamente: testes realizados acreditam que o etanol propõe uma dirigibilidade mais confortável, sendo que o motor trabalha melhor com o etanol por fornecer mais torque e força para o dia a dia. Em se tratando de conservação do motor, não se pode afirmar, nesse aspecto, se a gasolina ou o álcool é melhor nesse sentido.
