Ter um carro é o sonho de maioria das pessoas do mundo, que visam ganhar certa independência ao ter um veículo em suas mãos: isso pode se traduzir em deixar de fazer algumas coisas, como, por exemplo, deixar de depender do transporte público, bem como a liberdade de poder pegar seu carro próprio e sair sem rumo, sem destino declarado.
E o Brasil é um dos países onde seus habitantes gostam muito das facilidades que o carro pode oferecer. No entanto, como estamos num dos países com a maior carga tributária do mundo, não é de se espantar que o preço dessas máquinas seja um verdadeiro “absurdo” por aqui: carros que não entregam muito em desempenho podem chegar à preços de quase 50 mil reais.
A revolta sobre esses preços é muito justificável já que, além dos impostos, o “preço Brasil”, na qual as empresas colocam os valores em seus produtos baseados em sua importância no território brasileiro. Em parte, é por conta disso que os preços praticados pelos carros vendidos por aqui costumam ser altos.
Uma das evoluções que mais auxiliaram os motoristas nos últimos tempos é a implementação do motor flex, isso é, que pudesse receber tanto o álcool quanto a gasolina. E, fica aí a dúvida: na cidade, é melhor andar com gasolina ou álcool? Esse artigo busca sanar essa dúvida, bem como explanar um pouco mais sobre o motor flex e os combustíveis. Confira a seguir:
O Álcool, A Gasolina E O Motor Flex
Os combustíveis fósseis são conhecidos dos seres humanos há muito tempo: desde os primeiros óleos para o acendimento de fogueiras e lanternas, até o uso hoje bastante variado, incluindo para o abastecimento de veículos, sendo hoje sua principal função atualmente. Os combustíveis fósseis mais famosos são derivados do petróleo, um óleo de coloração preta (geralmente) e que, além de ser matéria prima para a confecção de combustíveis, ainda serve para a fabricação de diversas outras coisas, como plásticos, asfalto, etc.
O petróleo, na verdade, é uma composição natural, resultante de milhões e milhões de anos de junção de material orgânico da superfície, como animais mortos, folhas secas, alimentos estragados que passaram pelo processo de decomposição e foram sendo “engolidos” pela terra, junto com a movimentação das placas, o que foi levando esse material para profundidades imensas. Nesses locais, onde a temperatura é muito alta, condensou-se o material orgânico, o que resultou na formação do petróleo como conhecemos hoje.
O Brasil, por exemplo, é um dos países com a maior produção do óleo, chegando a casa dos milhares de barris de petróleo por dia. Em 2007, anunciou-se que o país era detentor de uma grande camada de petróleo, localizada no pré sal, nome que ficou amplamente conhecido por conta de sua grande capacidade de gerar riquezas. E, por conta disso, muita polêmica foi -se criando em torno dessa riqueza nacional, onde uns defendem a soberania do país na exploração desse material, e outros acreditam que parcerias internacionais para a exploração do material seria mais eficaz e benéfica ao país. Isso costuma, também, dividir muito as pessoas politicamente, onde os termos “esquerda” e “direita” passaram a ser utilizados sem nenhum critério e pudor nos últimos tempos, mais, precisamente, a partir do ano de 2014, quando a polarização política resultou na eleição mais apertada da história do país deste a sua redemocratização.
Do petróleo, como já se sabe, pode derivar diversos tipos de combustíveis, como, por exemplo, a gasolina, sendo a mais importante delas. Ela é um item, atualmente, imprescindível no mundo todo, tanto pelo seu preço baixo quanto pelo seu enorme potencial energético, o que justifica o seu uso.
O álcool, no entanto, não deriva diretamente do petróleo, mas sim da cana, a mesma que dá para nós o amado e, ao mesmo tempo traiçoeiro, açúcar. O país é, inclusive, um dos maiores produtores de etanol de todo o planeta, por conta da grande presença de complexos de lavoura de cana, principalmente no estado de São Paulo, o que facilita a grande presença do etanol no país.
Apesar da abundância desses combustíveis aqui no país, o preço cobrado por eles é muito questionável, sendo que a gasolina ultrapassou a casa dos 4,50 centavos, podendo se fixar em 5 reais por litro em breve. O Álcool, apesar de ser bem mais barato que a gasolina, também vem aos poucos, aumentando os seus preços, o que vem assustando os consumidores.
O Motor Flex começou a ser usado nos carros bem no início da produção dos primeiros carros, isso é, ficou a cargo da Ford, de Henry Ford, de inserir o conceito entre os automóveis. O Ford Modelo T, que foi fabricado do ano de 1908 até o ano de 1927 foi o pioneiro nessa tecnologia, já que oferecia motor que poderia suportar o uso de gasolina, etanol ou a mistura de ambos. No entanto, pode-se saber que, naquela época, o desempenho do motor não era dos melhores, não podendo saber, de fato, o impacto do uso de um ou outro combustível.
Hoje, o motor flex é presença em, praticamente, todos os carros novos, que prezam pelo direito de escolha do motorista. Ou seja, dependendo do preço, ele pode escolher tanto a gasolina quanto o álcool. No entanto, ele precisa analisar para ver qual é o melhor combustível a ser usado, para cada situação. E você vai ver isso a seguir.
Qual O Melhor Na Cidade? Álcool Ou Gasolina?
Bom, sabemos que as cidades brasileiras são muito caóticas e, a todo momento, precisamos estar parando nossos veículos por conta de congestionamentos ou lentidão nas vias. E, quando o carro anda mais devagar, mais rotações ele acaba fazendo, o que gera uma demanda de combustível maior. Nesses casos, especialistas indicam que o uso da gasolina é mais rentável do ponto de vista econômico e do desempenho, sendo possível que o álcool não consiga entregar todo o desempenho que a gasolina entrega.
No entanto, para viagens em estradas, onde o número de vezes que o carro para é menor, o álcool pode ser uma ótima escolha.