Que o mundo (e, consequentemente, toda a sociedade) se desenvolveu de uns anos para cá, isso não é novidade. Mas, a criação de diversas ferramentas possibilitou que esse desenvolvimento desse um salto bem maior. A partir do momento que os seres humanos perceberam que era possível criar muito mais do que machadinhas e outros artefatos para ajudar nas tarefas diárias, a humanidade pôde, enfim, avançar muito mais do que já tinha avançado.
Com essa introdução, fica claro que começamos a falar dos veículos, não é verdade? Quem é que, há 300 anos atrás, imaginaria que nós poderíamos nos deslocar com muito mais velocidade do que a proporcionada por charretes puxadas por tração animal. Atualmente, a indústria automobilística é uma das mais consolidadas do mundo, com variadas marcas que, às vezes, fazem parte do portifólio (ou holding) de marcas já consagradas no imaginário mundial.
Quando nós falamos de veículos de passeio, por exemplo, já nos vem a cabeça marcas como Volkswagen, Ford, Fiat, Chevrolet, enfim. Só que não é só de carros pequenos que a indústria vive: existem também as caminhonetes, as SUV’s (que têm virado febre cada vez mais no Brasil) e os caminhões, que são sensação na indústria civil. E, como era de se esperar, há um verdadeiro hall de marcas para os consumidores escolherem: cada uma com sua peculiaridade e qualidade. E, em nosso artigo, iremos falar um pouco mais sobre uma marca que sempre fez grande sucesso entre os consumidores: a Scania. Além disso, iremos trazer algumas informações interessantes sobre esse tema. Vamos lá?
A SCANIA
A SCANIA é uma montadora de veículos pesados original da Suécia, tendo atualmente mais de trinta e cinco mil funcionários. Suas operações industriais abrangem países da América Latina, da Europa, da Ásia, da África e da América Latina, tendo um total de países atuantes que ultrapassa a marca de 100. A atuação da empresa vem desde 1891, época onde os automóveis começaram a ser uma verdadeira sensação, com o desenvolvimento de tecnologias que permitiram, pouco a pouco, que o carro fosse tomando a forma e a importância que possuí hoje.
Tendo como carro chefe a venda de veículos pesados, a Scania consegue ser uma empresa multifacetada, conseguindo vender de caminhões a motores de outros veículos, bem como também para projetos mais parrudos, como é o caso de motores navais. Máquinas agrícolas e utilizadas para a construção civil também são produzidas pela marca, o que a faz estar bastante presente no mercado, de forma direta (por meio dos veículos) como uma forma indireta.
Durante toda a sua história a Scania passou por diversas associações com outras marcas, com o intuito de se difundir no mercado. Isso durou até 1995, quando ela se tornou apenas Scania AB, depois da desfeita de um acordo com uma companhia automotiva. Em 2004, o grupo AG Volkswagen decidiu comprar o equivalente a 68% das ações da companhia, o que a transformava como uma sócia majoritária nas operações da empresa. E, sete anos depois, em 2011, a Volkswagen compra a SCANIA em toda a sua totalidade.
A Atuação da SCANIA fora da Suécia
Como já fora mostrado anteriormente, a Scania tem operações em, pelo menos, 100 países. A ideia de expansão da marca começou em 1957.A região escolhida pela montadora para que fossem realizadas os primeiros investimentos foi, justamente, na América Latina. Tal movimento era bastante observado na época, com a América sempre no radar das grandes empresas: a Volkswagen também escolheu como primeira sede fora da Alemanha a América Latina para se instalar, escolhendo o promissor mercado brasileiro para se estabelecer.
Assim também foi com a Scania: o Brasil recebeu a primeira fábrica da marca fora da Suécia na cidade de São Paulo, no bairro do Ipiranga. Vinte anos depois, é hora de expandir para os demais países da América do Sul, chegando até a Argentina, chegando em 1995 até o México, na América do Norte.
O SCANIA 113
Durante a sua história, a Scania lançou diversos modelos de caminhões, que condiziam com a tecnologia daquela época. Um desses modelos é, sem dúvida, o SCANIA 113, no qual fez um enorme (e ainda faz) sucesso no nosso país: é um caminhão para toda obra, por possuir uma força descomunal para poder realizar os mais diversos serviços.
Quando foi lançado, nos idos do ano de 1991, o Scania 113 tinha a missão primordial de substituir o 112 HW que, naquela época, já estava completamente obsoleto, sendo engolido pela concorrência facilmente. Vale a pena ressaltar que os modelos que foram lançados entre 1991 e 1993 permaneceram os mesmos em relação ao design e mecânica.
Por Que O 113 Foi Um Sucesso?
Só que, no ano de 1994, tudo mudou: a cabine Top Line foi desenvolvida e anunciada, o que chamou a atenção de muita gente que é conectada nos assuntos relacionados ao mercado de caminhões. O que também prendeu a atenção dos consumidores foi a apresentação ao mercado de um tipo novo de painel, conceito que na época agradou muita gente e, segundo opinião de muitos, ainda se mantém atual.
Quando o 113 repaginado foi anunciado em 1994, considerava-se que o avanço tecnológico acumulado pelo modelo, se comparado aos demais concorrentes era muito grande: alguns chutavam que o modelo estava sete anos à frente dos demais. Foi a partir daí que a Scania percebeu que o Brasil era um mercado muito importante para a companhia.
Outro motivo que faz com que o 113 seja um verdadeiro monstro nas estradas é, justamente, a alta durabilidade que os seus componentes apresentam: alguns caminhoneiros que eram donos de caminhões do modelo argumentam que conseguiram atingir mais de um milhão e setecentos mil quilômetros rodados com o veículo sem uma intervenção mais séria, mantendo somente revisões preventivas.
Os custos de manutenção e de reparo, bem como das peças eram bastante baixos, principalmente pelos caminhões da marca compartilharem peças da mesma plataforma, uma política que a Scania já tinha adotado naquela época e viria a se tornar padrão posteriormente. Vale a pena destacar que o seu motor, na época, conseguia entregar até 450 cavalos de potência, considerado bem mais do que os seus concorrentes diretos.
Deixou de ser produzido em 1998, quando a Scania decidiu revigorar todos os seus modelos.