Quando o assunto é carro o brasileiro se destaca no quesito carinho pelo meio de transporte. Alguns proprietários de carros precisam mudar as lâmpadas originais e acabam ficando perdidos quando o assunto é escolher os modelos que podem ser usados na substituição.
Para te ajudar a entender melhor quais são as lâmpadas que podem ser usadas, porque as lâmpadas xênon são proibidas e quais são as diferenças que elas tem em relação a aquelas convencionais de fábrica elaboramos um texto informativo. Deixe as suas dúvidas sobre lâmpadas para trás e garanta que o seu carro esteja sempre dentro da lei.
Objetivos
Em geral os consumidores que desejam fazer a troca de lâmpadas do seu carro se dividem em dois grupos. O primeiro grupo é composto de quem deseja contar com lâmpadas que ofereçam mais eficiência na iluminação e o outro grupo é daqueles que tem a preocupação pura e simples de ter um efeito estético mais interessante com um facho de luz que tenha uma cor diferente.
Versão Convencional
Para começar a abordar o assunto com propriedade é interessante entender como funciona e como se caracteriza a versão convencional das lâmpadas. As lâmpadas de fábrica usadas em grande parte dos carros produzidos no país são halógenas. A temperatura desse tipo de lâmpada fica entre 2.800 e 3.200 Kelvin, ou seja, luz branca quase amarela.
Com base na versão convencional alguns fabricantes do segmento de automóveis criaram opções em que a luz emitida é de outra cor. De acordo com a lei estão proibidas as lâmpadas que emitem luz azulada então mesmo lâmpadas modificadas podem ser usadas desde que emitam facho de luz branca.
Opções no Mercado
Para que o consumidor tenha opções interessantes de lâmpadas para o carro a Philips – uma das maiores empresas do segmento – desenvolveu algumas linhas como a Blue Vision que está presente na linha Chevrolet Vectra que tem a temperatura de cor de 4 mil K cujo facho de luz vai do branco até próximo ao amarelo.
A outra linha é a Cristal Vision que é aceita por montadoras como a Renault e a Nissan como peças de reposição. A temperatura das lâmpadas desse segmento é de 4.300 K com luz branca intensa. Para terminar tem a linha Diamond Vision que tem temperatura de 5 K com emissão de luz branca com uma tendência suave para o tom de azul, mas ainda dentro do que a lei permite.
Outra grande empresa desse segmento que está trabalhando para oferecer opções é a Osram que faz parte do grupo empresarial Siemens. A linha da empresa é a Cool Blue em que é possível ter a luminosidade de uma lâmpada comum, porém, a sua luz tem luz mais clara. Há três opções dessa lâmpada no mercado com três temperaturas diferentes que são 4 mil K, de 4.300 K e de 5 mil K.
Questão de Atenção
A escolha pela luz branca tem relação com o fato de ser a que causa menos cansaço de maneira que é a mais segura para os motoristas que irão conduzir a noite. Sendo assim não é uma questão de gosto e sim de preocupação com a segurança dos motoristas.
Mais Opções
Também são alternativas lâmpadas halógenas usadas para a iluminação de áreas maiores como a X-Treme Power da Philips. Essa lâmpada conta com a mesma potência que as lâmpadas similares do mercado, contudo, tem a possibilidade de iluminar em torno de 80% mais.
Uma lâmpada que oferece um facho de luz mais eficaz que aumenta a área que será iluminada. Pode ser uma boa alternativa para aqueles que estão sempre vianjando e também para quem quer ter mais cuidado. A temperatura dessa lâmpada é de 3.600 K e ela conta com um filamento que tem geometria diferente além de um bulbo menor o que facilita a maior iluminação.
Lâmpadas em Watts
Se você está pensando em melhorar a iluminação com lâmpadas com maior potência – em Watts – saiba que isso também não pode ser feito, pois mesmo que elas iluminem melhor o uso das mesmas pode causar comprometimento da parte elétrica bem como causar danos nas lentes de policarbonato e nos refletores dos faróis uma vez que a temperatura de trabalho é mais elevada. Também tem o fato de que elas duram menos que as outras.
Lâmpadas Xenôn – Proibidas
As lâmpadas de xenôn com certeza são mais eficazes e exatamente por isso muitos consumidores estavam escolhendo as mesmas para os seus carros. Contudo, elas são proibidas e assim os condutores que forem pegos com essas lâmpadas poderão ser multados. Conforme o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro é proibido fazer a alteração do sistema de iluminação de qualquer tipo de veículo.
Vale ressaltar que a Resolução 292 garante aos proprietários de carros a possibilidade de fazer alterações desde que elas sejam submetidas a aprovadas pelos órgãos credenciados ao Inmetro. A avaliação dos inspetores é feita a partir da nota fiscal das lâmpadas bem como da avaliação da regulagem dos faróis. Também é feito um laudo a respeito da emissão de luz.
Se estiver tudo certo e for feita a liberação o dono do veículo deverá comparecer ao Detran e pedir a alteração de maneira legalizada, assim a mudança irá constar no documento do veículo.
Visão
A proibição das lâmpadas de xênon se deve ao fato de que a sua luz ofusca a visão de quem está no sentido oposto o que pode causar acidentes nas estradas. Os especialistas alertam que os faróis dos carros foram projetados para um determinado tipo de lâmpada de maneira que se outro tipo for usado pode ser prejudicial para a segurança.
Ainda existe uma grande polêmica em torno do tema uma vez que as lâmpadas de xênon iluminam muito mais do que as lâmpadas convencionais. Porém, numa noite escura com motoristas cansados pode acontecer de que encontrar um farol com essa lâmpada pela frente seja o motivo de um grave acidente pelo ofuscamento. Com a visibilidade no trânsito não se brinca.
Muito utilizado por aqueles que querem dar um toque especial no visual do carro, as lâmpadas xênon, atualmente não poderão mais ser utilizadas. A decisão realizada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), foi tomada devido ao fato de as lâmpadas gerarem uma iluminação muito forte, o que acaba atrapalhando e ofuscando a visão dos motoristas que estão no sentido contrário do motorista. A resolução de número 384, publicada em 07/06/11, toma como norma de segurança que proíbe apenas para casos de instalação em carros que não tenham o aparato como kit original do veículo.
Para os carros que já possuem as lâmpadas xênon desde sua fabricação, estes têm a liberação por terem passado pela aprovação dos órgãos competentes. Anos atrás (2009) esse proibição já tinha acontecido, mas depois ocorreu uma liberação que estabelecia uma padrão de intensidade de luz emitida por elas. Infelizmente foi ocorrendo a venda de lâmpadas mais potentes no mercado paralelo de forma incorreta, o que acabou estimulando o Contran a tomar tal decisão.
