Freios a Tambor: Conheça o Sistema a Fundo

Um dos dispositivos mais importantes num carro é o freio a tambor, trata-se de um mecanismo de frenagem ou travagem que está presente em vários tipos de veículos. O funcionamento dos freios a tambor é bastante semelhante ao do freio de disco.

Freios a Tambor: Conheça o Sistema a Fundo

Como Funcionam Os Freios a Tambor?

Os freios a tambor têm o seu funcionamento a partir do mesmo princípio básico do freio a disco. Dessa forma as sapatas são impulsionadas pelos êmbolos do cilindro de roda e assim exercem pressão sobre uma superfície que gira, trata-se do próprio tambor.

Diversos carros contam com os freios a tambor nas rodas traseiras e com o disco nas rodas dianteiras. Comparativamente, entre os freios a tambor e a disco, podemos dizer que os primeiros têm mais peças e também são mais difíceis de ser reparados do que os segundos. Porém, ainda assim os freios a tambor têm a sua fabricação mais barata relativamente.

No momento em que uma pessoa pisa no pedal do freio as sapatas de freio são empurradas contra o tambor. Esse movimento é o que permite a frenagem ou travagem do veículo. No geral podemos dizer que a eficiência de frenagem do sistema varia entre 15% a 30%.

Alguns modelos contam com o sistema de freio de estacionamento ou como são popularmente chamados os freios de mão.

Por Dentro dos Freios a Tambor

Por Dentro dos Freios a Tambor

Quando observamos um freio a tambor podemos ter a ideia errônea que se trata de um sistema complicado, mas pode ser bastante simples. Conheça um pouco melhor os freios a tambor por dentro e saiba o que cada uma das peças faz.

Se você conhece o esquema estrutural de um freio a disco sabe que eles contam duas pastilhas, no caso do freio a tambor ele conta com duas sapatas de freio e um cilindro de freio com pistão. Além disso, o freio a tambor tem um mecanismo que ajuda a regulagem, um mecanismo de freio de estacionamento e várias molas.

Para Que Servem As Molas?

Quando pensamos que basta pisar no pedal do freio para que os pistões empurrem as sapatas de freio contra o tambor ficamos pensando para que servem tantas molas, não é mesmo?

Pois, é nesse ponto que começa a ficar um pouco mais complicado entender um freio a tambor, mas nós explicamos para você. Vários freios a tambor são autoacionados, as sapatas tocam no tambor. Existe um tipo de ação de cunha que tem o efeito de fazer pressão sobre as sapatas no tambor com mais força.

Essa força extra de frenagem que é fornecida pela ação de cunha permite que os freios a tambor usem pistões menores do que os freios a disco. Porém, por causa da ação de cunha é necessário que as sapatas sejam afastadas do tambor quando os freios são liberados.

Exatamente por isso é que existem algumas molas, outras são importantes para manter as sapatas no lugar e retornar o braço de ajuste após ele ter realizado a sua função.

Regulador De Freio

Para que haja o perfeito desempenho dos freios a tambor é necessário que as sapatas de freio permaneçam perto do tambor, mas sem tocá-lo. No caso de elas se afastarem demais (o que pode acontecer se elas estão muito desgastadas) o pistão irá precisar de mais fluido para que possa cobrir essa distância.

Dessa forma o pedal de freio ficará com maior curso no momento em que o motorista o acionar. Exatamente por isso grande parte dos freios a tambor tem regulagem automática. O regulador de freio a tambor usa o princípio do autoacionamento.

O Desgaste

Quando o desgaste das lonas é grande o espaço entre a sapata e o tambor vai aumentando. Cada vez que o carro para dando ré a sapata é espremida fortemente contra o tambor.

Se o intervalo fica muito grande a alavanca da regulagem se move de forma suficiente para avançar a engrenagem da regulagem em um dente. O ajuste tem uma rosca, como um tipo de parafuso. O ajuste então desenrosca um pouco no momento em que gira e fica mais comprido para preencher a folga. Assim quando a sapata do freio gasta um pouco a mais o ajuste pode avançar sempre mantém as sapatas perto do tambor.

Em alguns modelos de carros a regulagem é acionada quando o freio de estacionamento é usado. Esse tipo de regulagem pode levar o freio a ficar desajustado se o freio de estacionamento não é usado por longos períodos de tempo. Então já sabe se você tem esse tipo de regulagem precisa usar o freio de estacionamento ao menos uma vez por semana.

O Freio De Estacionamento

O freio de estacionamento num carro precisa ser acionado por uma fonte de força diferente daquela que é usada no sistema de frenagem primário. O formato do freio a tambor permite utilizar um mecanismo de atuação com um cabo simples.

No momento em que o freio de estacionamento é ativado um cabo puxa uma alavanca que irá forçar as duas sapatas que irão se separar.

A Manutenção

Em geral a manutenção mais comum que o freio a tambor exige é a troca das lonas de freio. O mais interessante é que alguns freios a tambor tem um furo de inspeção na parte de trás para você mesmo verificar o quanto de material resta na lona sem precisar fazer a remoção do tambor.

As lonas devem ser trocadas quando estão perto de 1 mm dos rebites, se a lona é colada (sem rebites) a sapata, a maioria dos carros hoje em dia é assim, são as sapatas que estão precisando ser trocadas.

Assim como nos freios a disco em alguns casos podem surgir sulcos profundos nos tambores. Quando uma lona de freio está muito gasta os rebites que a fixam a sapata podem ser os causadores dos sulcos.

Um tambor que tem muitos sulcos pode em vários casos ser separado mediante retifica. Isso tanto nos freios a disco que possuem uma espessura mínimo permitida como nos freios a tambor que tem um diâmetro máximo permitido.

Como a superfície de contato fica dentro do tambor quando removemos material dele o seu diâmetro fica maior.