O Brasil, nos últimos dias, viveu um tenso protesto e paralisação que, realmente, parou praticamente todas as operações econômicas e sociais do país: a greve dos caminhoneiros, que reivindicava, entre outras coisas, um preço menor pelo diesel, que, juntamente com os outros combustíveis, apresentou uma alta absurda, desde que a Petrobrás, estatal de petróleo de gás brasileira, começou a adotar uma nova política de preços, que passava a se ater à flutuação do dólar, algo parecido com o que acontece com o livre mercado.
O que aconteceu a partir disso, que foi adotado na empresa depois da possa definitiva de Michel Temer como presidente depois do impeachment de Dilma Rousseff, foi que os preços dos combustíveis começaram a apresentar altas, já que os preços começaram a ser reajustados diariamente, o que poderia apresentar tanto baixas quanto altas nos preços. Mas, como explicado anteriormente, somente altas nos preços foram registrados, chegando o litro da gasolina a custar 5 reais em alguns postos.
Na crise, que se deflagrou no dia 21 de maio de 2018, com a paralisação dos caminhoneiros, em alguns locais, o pânico foi instalado, com uma grande corrida das pessoas para os postos para garantir a gasolina e poder ir aos compromissos. Na quarta-feira, dia 23, a situação se agravou, com a falta de combustível na maior parte dos postos do Brasil. Além disso, o suprimento de mantimentos também foi bastante prejudicado, principalmente, no que diz respeito aos alimentos perecíveis, no qual as faltas nos supermercados começaram a ser ainda maiores. A situação só começou a se normalizar no dia 31 de maio, com os acordos firmados entre os caminhoneiros e o governo federal. Mas estima-se que, para que tudo volte à normalidade, tal processo leve até 10 dias para acontecer.
E, quanto se fala sobre combustível, um debate interminável é sobre o rendimento entre a gasolina e o álcool e, nessa discussão, muito se pergunta: o álcool, realmente, tem um rendimento menor que o da gasolina, ou isso é balela? Bem, descubra a seguir.
O Álcool E A Gasolina
Os combustíveis fósseis sempre foram os primeiros a aparecerem para os veículos, e, desde então, é a principal fonte de energia para os motores que são movidos à combustão. Porém, esse movimento tem sofrido uma queda, justamente por conta das altas taxas de poluição que esse tipo de combustível causa no meio ambiente, bem como, com as preocupações em torno do petróleo, que é uma riqueza natural não renovável, sendo uma questão de apenas décadas para que todo o petróleo, um dia, acabe. E, com isso, a busca por novos meios de energia tem começado já no século XX. E, na procura, acabou-se se desenvolvendo o conceito de biocombustível, que significa, basicamente, um combustível com um potencial fraco ou inexistente de causar problemas à saúde do meio ambiente e dos seres vivos em geral. Disso, surgiu o etanol, que é fabricado, principalmente, das indústrias de cana de açúcar. O etanol pode ser enquadrado como um biocombustível, pois tem uma origem não fóssil e, também, não apresenta toda uma característica poluidora que os combustíveis fósseis apresentam.
Mas, vale lembrar que, até o fim dos anos 1990, os motores produzidos no país eram, em sua maioria, movidos à gasolina (e uma parcela que era produzida somente à álcool), nunca um motor que pudesse receber os dois tipos de combustível, os conhecidos “motores flex.”. A partir dos primeiros anos da década de 2000, é que esses motores começaram a ser implantados nos carros e, hoje, é um acessório de série. Basicamente, o motor flex. pode rodar tanto com a gasolina quanto com o álcool, sendo uma boa estratégia para aqueles que querem economizar quando um combustível está mais caro que o outro, por exemplo. E, no caso do Brasil, se compararmos os preços do álcool e da gasolina, certamente, optaríamos por abastecer com álcool, pois a diferença nos preços por litro ultrapassa mais de um real e cinquenta centavos.
Mas, será que o álcool realmente compensa? Segundo especialistas, não. Na realidade, o álcool passa a compensar somente se o seu preço atingir 70% do preço da gasolina, pois, aí, com o mesmo valor que iria se colocar gasolina, pode colocar um volume maior de álcool, sendo que esse volume maior poderia compensar o desempenho que, com a gasolina, é maior no motor.
Um dos problemas que cercam os tanques abastecidos com álcool são supostos problemas enfrentados pelos motoristas quando estes não “colocam o carro pra funcionar”, abastecendo e o deixando parado por alguns dias. Diferente da gasolina, o álcool precisa ser gasto mais rapidamente, ou seja, é recomendável que se abasteça com álcool somente se tiver a certeza do consumo desse combustível durante a semana, pois pode haver problemas como falhas no motor e o não funcionamento do carro.
Em alguns casos, também, a perca de potência e desempenho podem ser notadas pelas pessoas, já que o álcool tem um desempenho menor que a gasolina. É apontado que, durante o uso do carro, pode-se sentir o motor mais fraco, do que antes se ele estivesse somente com abastecido com gasolina.
Em termos técnicos, o abastecimento com o álcool é mais vantajoso, se olharmos o seu preço. Ou seja, o abastecimento com etanol, durante um mês, fará que você faça uma economia significativa em termos econômicos. No entanto, o seu rendimento é menor que o da gasolina, e, se você utiliza o carro com grande frequência, verá que, às vezes, o custo para abastecer com etanol pode fazer com que a economia não compense, nesse caso.
Se um tanque estiver completo de gasolina, o carro pode fazer muito mais quilometragem do que o mesmo tanque cheio de álcool. Nesse caso, o que nos deixa claro é que as vantagens do etanol são, somente, no seu preço, que é bastante atrativo, e no seu potencial poluidor, que é bem menor do que a gasolina. No entanto, o gargalo fica por conta do desempenho inferior do que o combustível fóssil proporciona, cabendo a você, decidir o que é melhor para o tanque do seu carro e, também, para o seu bolso.