Todo mundo está cansado de saber que os automóveis foram os grandes responsáveis por fazer com que a humanidade chegasse ao patamar que está hoje. Claro que, sem o automóvel, estaríamos caminhando ao progresso, mas em um passo muito mais lento, digamos de passagem.
Quando os veículos foram criados, era apenas uma resposta a anseios antigos que nós tínhamos, como a necessidade de carregar grandes objetos de um lado para outro ou, simplesmente, auxiliar em nossa locomoção. E, bem como podemos notar, isso realmente nos ajudou a podermos vencer obstáculos que hoje são muito simples, não é verdade? Pois bem.
Durante muitos e muitos anos, os nossos ancestrais perambularam por essas bandas com apenas um objetivo em mente: conseguir sobreviver com poucos recursos e com muitos perigos à espreita (leia-se predadores em potencial). Porém, uma das coisas que sempre levamos em consideração é que a nossa capacidade mental estava muito mais desenvolvida do que a maioria dos animais, o que possibilitava, entre outras coisas, o desenvolvimento de diversos tipos de mecanismos para ajudar na caça e na coleta de alimentos.
A Evolução
Posteriormente, os seres humanos foram deixando de lado o veio “nômade”, ou seja, a coleta de alimentos e a caça foram sendo mais concentrados nas regiões, sem a necessidade de ficar andando de região em região para poder ir atrás do seu sustento. Com o avanço da vida em sociedade, os nossos ancestrais começaram a aprender o conceito de sedentarismo e, a partir disso, passaram a cultivar a própria comida, bem como, também, domesticar alguns animais para que estes pudessem ser utilizados tanto para alimentação bem como, também, para companheirismo, que é o que aconteceu com diversos tipos de animais, como os cachorros e os gatos.
E, a partir daí, o ser humano começou a se organizar em sociedade, e estamos aí até hoje. Os carros foram um detalhe que surgiu com a nossa evolução, nos ajudando cada vez mais. Hoje, temos à nossa disposição uma grande gama de modelos, cada um com suas características e, principalmente, seus preços. Mas, você já parou pra pensar como os veículos chegam até nós? Nesse artigo, iremos falar um pouco mais sobre o veículo que é responsável por levar esses veículos para as concessionárias, bem como, também, algumas curiosidades sobre esse modelo. Vamos lá?
O Caminhão Cegonha
Não é de se estranhar que o ser humano construísse cada vez mais veículos grandes e que pudessem suportar grandes cargas. Pensando nisso, muitas empresas começaram a se destacar não por montarem carros populares e pequenos, mas sim, por deixar à vista carros potentes e que, ao mesmo tempo, pudessem servir como veículos para carregar coisas realmente grandes e pesadas. Podemos citar um exemplo atual que é o caso da Caterpillar, que é uma empresa conhecida no ramo de mineração e de indústria pesada por conta de seus veículos com extrema grandeza e força. Só para você ter uma ideia, os modelos de veículos construídos por ela, se comparados perto de um ser humano, o ser praticamente sumiria. Além disso, os seus modelos mais potentes conseguem carregar o equivalente a 310 toneladas de material e, portanto, a sua facilidade em condicionar materiais extraídos dos minérios, por exemplo.
Mas não é somente na indústria pesada que se encontra veículos fortes e que costumam carregar grandes mercadorias. Quando estamos viajando pelas estradas do país, sobretudo em rodovias importantes para o desenvolvimento da nação, nós acabamos por deparar com os chamados “caminhões – cegonha”, ou seja, caminhões que são especializados em levar os veículos para as concessionárias ou revendedoras de automóveis em geral.
Vale ressaltar que é somente aqui no Brasil que o caminhão é conhecido por cegonha ou cegonheira. No caso de Portugal, esse tipo de caminhão é muito conhecido pelo seu nome mais “habitual”, que é o de reboque. Mas não pense que que a cegonheira, por conta disso, é um veículo, digamos, “recente”. Desde de muito antes, ela já auxiliava no deslocamento desses veículos até os centros de distribuição.
Cegonha no Brasil
Aqui no Brasil, a sua história teve início a partir de 1960. Nesse período, fazia apenas 10 anos que uma das maiores montadoras de veículos do mundo, a Volkswagen, tinha chegado ao Brasil. Antes de montar suas fábricas, os veículos eram exportados da Alemanha. Ao instalar sua primeira fábrica por aqui, os modelos chegavam até as concessionárias de forma bastante precária, ou seja, chegavam rodando, perdendo o aspecto de “zero” que ele supostamente teria que deter. Foi, então, que a partir dos anos 60 as primeiras cegonheiras brasileiras começaram a circular, levando as frotas da Volks, da Ford e outras montadoras até o seu destino.
Vale a pena lembrar que os primeiros caminhões desse estilo tinham o nome de “toco”, com uma capacidade de transporte que poderia chegar a até quatro carros. O que deveria facilitar o trabalho dos cegonheiros, como são conhecidos os motoristas de tais caminhões, era na verdade um grande suplício, já que as estradas tinham uma péssima conservação, o que facilitava e muito os casos de acidentes, inclusive fatais: os cegonheiros arriscavam, muitas vezes, a própria vida para fazer o transporte de tais itens. As viagens, por exemplo, poderiam chegar a mais de um mês, já que a velocidade desses caminhões não eram muito altas para que os impactos no caminho não danificassem os carros.
Até os anos 1970, a classe não era reconhecida como sendo uma profissão de fato, tendo sido criado um sindicato com esta finalidade, perdurando até os dias de hoje. Como já dito, antigamente uma cegonheira conseguia carregar até quatro veículos, no máximo. Hoje, esse número aumentou para 11, sendo que esse número é considerado, hoje, como o mínimo que uma cegonheira pode carregar.
Dimensões
As dimensões comuns de um caminhão do tipo cegonha são de três metros de largura, por aproximadamente 5 ou 6 metros de altura. O caminhão mais comum pode ter 22 metros de comprimento, mas existem casos onde esse comprimento pode atingir, facilmente, os 44 metros de comprimento. De todo o caso, é notável o quanto esses veículos foram atualizados com o tempo, deixando o trabalho mais fácil e a carga mais protegida.