Os carros sempre foram o desejo de maioria das pessoas, já que elas enxergam nesses objetos conforto, estabilidade, e, também, status perante às pessoas. E as montadoras que aqui atuam, percebem essa cultura brasileira, fazendo refletir isso nos preços finais dos automóveis: e o que vemos é, basicamente, preços absurdos para modelos que não contém muita tecnologia, como os conhecidos “carros populares”, cujos preços podem bater a casa dos cinquenta mil reais facilmente (se tratando de modelo zero quilometro).
Os carros populares, por sua vez, nada mais são do que modelos que as montadoras disponibilizam no mercado com a alcunha de servirem como modelos de entrada, sendo direcionados para as pessoas que não querem gastar muito com os carros. Mas, nesse caso, os carros que são populares e que deveriam ser mais acessíveis, acabam se revelando em preços maiores e sem vários acessórios que, atualmente, são indispensáveis em um carro.
Uma dessas fabricantes é a Volkswagen, um conglomerado automotivo que faz parte dos mais importantes de todo o planeta. Famosa pela fabricação do Fusca, seu primeiro automóvel e o mais icônico da indústria automotiva, a Volks oferece aos seus consumidores, como opções de carros populares, a linha Gol, sendo essa, de longe, a mais conhecida da marca, sendo que, a versão sedã do popular se configura no Volkswagen Voyage. Sobre esse último modelo, porém, diversas reclamações permearam os fóruns e locais especializados em carros, nos quais o modelo sedã estava consumindo muito combustível, mesmo em sua versão 1.0 que, em teoria, deveria ser mais econômica. Mas porque isso acontece?
O Volkswagen Voyage
O Volkswagen Voyage nada mais é do que um modelo sedã fabricado pela montadora alemã, que tem por objetivo inserir uma linha mais “premium” e moderna que pudesse ser comercializado a preços mais bacanas. Ou seja: uma opção mais vintage ao Gol. Quando se fala que o Voyage na verdade é o Gol em formato de sedã, não estamos brincando: vários aspectos do automóvel se baseiam no popular mais querido do Brasil, como a sua parte frontal e o painel, que são, praticamente, iguais aos do Gol.
O modelo teve sua concepção criada no fim dos anos 70, começando a ser produzido logo no início dos anos 80, mais precisamente, em 1981. Nesse período, a Volks tinha como portfólio principal o Gol, o Fusca, a Kombi e a VW Brasília. Como já dito acima, a intenção com o Voyage era criar uma opção mais “requintada” do Gol, tanto é que, em alguns locais do planeta, o sedã se chama “VW Gol Sedã”. O seu diferencial está localizado na traseira, com um alongamento que permite ter um porta-malas com maior capacidade, além de dar um toque de charme a mais ao carrinho. A primeira geração do Voyage tinha claras tendências europeias, tanto o Voyage quanto os demais carros da marca tentavam trazer o requinte e a qualidade presente no continente europeu para os carros fabricados por aqui.
Tamanha foi a surpresa com o Voyage, que significa “viagem” em francês, que o carro conseguiu angariar para si o título de carro do ano no Brasil, pela revista “Autoesporte”, começando a ser exportado para outros países da América do Sul, como a Argentina, cujo novo nome do Voyage nesse local passou a ser Senda.
E assim, com o passar dos anos, o Voyage foi ganhando atualizações que foram deixando o veículo ainda mais competitivo no mercado, como o lançamento de um motor mais imponente utilizando álcool, e outras melhorias em se tratando de design e acessórios.
A fama do sedã foi tão grande que animou a grande cúpula da Volkswagen, que passou a procurar por outras possíveis melhorias que poderiam acabar sendo incorporadas ao carro. E, em 1983, para instigar o mercado e, também, mostrar ao público um pouco do futuro, lançou o carro conceito Voyage Tecno, que era um Voyage contendo tudo aquilo que o departamento de engenharia e inovação da montadora alemã acreditava que iria ser tendência nos carros em 10 anos. Nisso, pode-se adicionar itens como painel totalmente digital, computador de bordo, freios ABS, regulador de altura dos bancos por meio elétrico, entrem muitos outros. Parece que a VW realmente acertou em sua previsão: na década de 1990, vários foram os modelos que incorporaram para si alguns desses itens, como o painel eletrônico, podendo ser visto em modelos como o requintado Chevrolet Ômega.
E os modelos continuaram passando por mudanças até o ano de 1995, quando o modelo saiu de linha no Brasil, tendo continuada a sua produção somente na Argentina. Um dos motivos para a suspensão da produção desse modelo foi a chegada do Polo Classic, que era muito mais requintado e moderno, com muitas novidades que deixavam o Voyage com muita cara de desatualizado.
No entanto, 13 anos depois do fim de sua produção, a VW anuncia a 2° geração do modelo, que acompanhou a evolução dos modelos da Volks, sobretudo o Gol e o Fox. Hoje, apresenta grandes novidades em relação ao desempenho e aos acessórios e peças de série que acompanham o veículo.
O Problema De Consumo no VW Voyage
Assim como qualquer carro, o Voyage necessita muito de atenção e, quando ele não passa por uma boa manutenção, muitos problemas podem vir a acontecer e causar transtornos aos seus donos. E, uma das reclamações mais constantes em fóruns e sites especializados em carros é, justamente, o alto consumo de combustível do modelo, que, mesmo em sua versão 1.0, ainda causa diversos problemas nesse sentido.
As sugestões para resolver esse problema são vários: levar o automóvel para fazer uma revisão, principalmente no carburador; verificar se os pneus estão calibrados, pois, quando um pneu está murcho, o consumo de combustível é maior. Olha as velas e os cabos que sustentam as velas também é bastante interessante, pois algum problema que possa estar ocorrendo com essas peças pode comprometer e muito o funcionamento correto do motor e, principalmente, do consumo.
Observe, também, onde você leva seu carro para abastecer. Pode ser que o combustível seja de baixa qualidade e, por isso, acaba não rendendo muito, podendo, ainda, danificar o motor.