Brasília 1600 – Consumo

Todos já estamos cansados de saber que os automóveis foram o grande marco da humanidade para aliar conforto com tecnologia e praticidade. Isso porque, saímos dos veículos movidos a tração animal, como charretes e carroças, e passamos a investir mais em veículos que tivesse tração mecânica movimentada pela queima de combustível que a gasolina, hoje, é a mais importante do planeta. Vale frisar que a gasolina, bem como todos os outros combustíveis fósseis, são originárias do petróleo, que é um material viscoso, resultado de milhares e milhares de anos de decomposição de materiais orgânicos, que se depositaram nas camadas mais profundas da litosfera. Só que, esse é um bem finito, ou seja, que não retornará a curto prazo, o que está fazendo os pesquisadores quebrarem a cabeça para encontrar um combustível que seja renovável e, ao mesmo tempo, não poluente, mantendo a o desempenho (ou até melhorando) para os automóveis, dispensando por completo o uso de combustível fóssil.

Os primeiros carros movidos à combustível começaram a chegar no final do século XIX, quando Henry Ford, obstinado a criar um meio de locomoção mais eficiente, lançou o Ford T, modelo icônico que, até hoje, é estudado em diversas faculdades.  Ford não foi, apenas, o responsável por introduzir os automóveis no mercado, mas, também, por inovar o mundo da indústria, criando tendências que, até hoje, são utilizadas nas  mais diferentes indústrias do planeta.

O primeiro modelo, o Ford T, ficou em produção durante mais de duas décadas. Porém, outras empresas começaram a surgir e a tomar o espaço da Ford, o que a obrigou a mudar as estratégias. Hoje, o mundo conta com várias montadoras, dentre elas, a Volkswagen. Conheça um pouco sobre a história da alemã a seguir e, depois, descubra quanto um VW modelo Brasília 1600 consome.

Brasília 1600 Verde Abacate

Brasília 1600 Verde Abacate

A VW

A VW foi planejada num período onde a Alemanha, se recuperando da Primeira Guerra Mundial, estava sob as mãos do Partido Nazista, onde o ditador Adolf Hitler estava preocupado em fazer o país crescer novamente. Ele enxergou na indústria automobilística o mote perfeito para que o seu plano econômico decolasse. Reuniu os seus ministros, especialistas em economia e engenheiros, dando início ao projeto da montadora. Chamada Volkswagen, ela tinha por missão planejar um carro que fosse econômico, eficiente, que pudesse comportar quatro pessoas e que fosse, principalmente, barato. Com a “benção” e supervisão de Hitler, a VW lançou o Fuca, ou, como passou a ser mundialmente conhecido, o “Fusca”, primeiro carro da marca que tinha uma semelhança com um besouro. E, durante muitos anos, ele foi o carro chefe da marca.

A Wolksvagem

A Wolksvagem

No Brasil, é válido salientar que a VW escolheu o país canarinho para ser o primeiro a receber uma sede da empresa fora o seu país de origem, chegando por aqui no início da década de 1950, construindo uma fábrica própria no final desta década e no início da década de 1970. Com isso, o Fusca e a Kombi, que eram importados, passaram a ser fabricados por aqui, o que barateou o preço.

Durante muito tempo, assim como a Ford, a Volks apostou nos dois modelos, tendo bastante aceitação, embora outras montadoras tenham começado, também ,a desembarcar no Brasil. Nisso, a VW viu a necessidade de se planejar e criar outros modelos para poder atrair a atenção da população. Nesse sentido, ela começou, então, a projetar diversos outros tipos de automóveis, sendo um herdeiro direto do Fusca a Brasília, carro que foi totalmente planejado no Brasil e exportado para outros países. A Brasília foi assim chamada para poder homenagear a capital federal do Brasil, que havia sido fundada anos antes.

A Brasília se destacou dos demais carros por causa do design e arrojamento apresentado no carro, coisa que nenhuma outra montadora tinha visto em sua vida. Com as janelas arredondadas, que acompanhavam o desenho da lataria do carro e o considerável espaço interno, fez com que a Brasília se transformasse na preferida do consumir, principalmente, para aqueles que tinham grandes famílias. Vários conceitos do carro foram apresentados, mas a grande maioria foi rejeitada ,sendo o último conceito a esperança de que a VW não largasse, de vez, o projeto.

Como foi o primeiro carro planejado e produzido aqui no Brasil, era de se esperar uma certa empolgação da imprensa, que não queria perder nada sobre o que estava acontecendo nos testes antes do lançamento do automóvel. Isso quase tirou a vida de um jornalista: enquanto os modelos ainda estavam em teste, um jornalista tentou-se  aproximar do local onde estava acontecendo o evento, para poder tirar dezenas de fotos. Os seguranças da VW, então, exigiram que ele parasse de captar imagens. Como ele não cedeu, os seguranças decidiram por abrir fogo contra o carro do jornalista. Esse incidente causou uma grande revolta na população, que obrigou a VW a vir a público e se desculpar pelo incidente. Apesar de ter quase ceifado a vida de uma pessoa, indiretamente, esse caso fez com que as vendas a Quatro Rodas disparasse astronomicamente, o que fez com que a revista contratasse, em definitivo, o fotógrafo que sofreu com os tiros.

Painel da Brasília 1600

Painel da Brasília 1600

A Brasília foi lançada em 1973, exatamente um mês depois do lançamento do rival, Chevrolet Chevette. Pela lataria e cuidados com a interna, o carro parecia muito ter saído de outra dimensão. Tecnicamente falando, a Brasília se assemelhava e muito ao fusca, mantendo as configurações mecânicas, como a refrigeração a ar. Ou seja, em termos de potência, o automóvel não tem muita diferença de um fusca.

Segundo especialistas, o consumo de combustível da Brasília não é tão grande, podendo o carrinho a chegar a fazer mais de 11 quilômetros de distância utilizando um litro de gasolina. Obviamente que não há modelos novos de Brasília a venda, o que obriga o interessado a sair procurando anúncios.  Nesse caso, deve-se ficar atento ao motor do carro, pois o 1600 tem dois carburadores, o que só aumenta a dor de cabeça em problemas futuros. De acordo com pesquisas, uma Brasília bem usada pode chegar a fazer 7 quilômetros por litro, dependendo das condições da estrada.

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Categoria(s) do artigo:
Volkswagen

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