Fusca vs Brasília

A criação dos automóveis foi um dos maiores feitos do ser humano em sua presença aqui no planeta Terra. Só que, para que ele pudesse ser desenvolvido com toda a pompa que tem hoje, foi necessário milhares e milhares de anos de desenvolvimento indireto. Isso porque, para poder chegar nesse produto final, os principais conceitos que hoje compõe o automóvel já tinham sido criados, como a principal delas: a roda.

A roda, que é o objeto esférico que está equipado nos veículos (geralmente quatro rodas) foi resultado de uma necessidade do ser humano em carregar grandes objetos de um lado para outro. Antes, eram utilizados a própria força humana para que esses objetos fossem carregados.

O que já se pode imaginar que não era muito legal, não é mesmo? Por exemplo: não se sabe se os egípcios, os que construíram as suntuosas pirâmides, utilizaram as rodas para poder fazer com que os grandes blocos de pedra fossem colocados em seus devidos lugares. Mas os historiadores já acreditam que os egípcios tinham técnicas para deixar o trabalho ainda mais facilitado: eles disseram que eles desenvolveram um sistema de irrigação para fazer com que o caminho por onde essas pedras passassem ficasse mais úmido e, consequentemente, o deslizamento das pedras ficasse mais facilitado.

E, quando falamos de automóveis, várias marcas vêm à nossa cabeça, não é mesmo? Pois bem. Talvez, a principal marca que surgiu no início do movimento foi a da estadunidense Ford. Isso se dá, basicamente, porque o seu fundador, Henry Ford, foi o grande mentor (desenvolvedor) de várias tecnologias que fizeram com que a indústria automobilística se desenvolvesse como podemos ver hoje.

A História dos Automóveis

Durante o século XIX, a Revolução Industrial estava em pleno curso. E, com isso, o desenvolvimento de veículos motorizados estava também em alta. Só que, naquela época, não se podia contar com muitos carros por conta da dificuldade que se tinha em fabricar um veículo, pela falta de uma indústria sólida para isso. Eram utilizados somente meios artesanais para poder fabricar os carros, o que ajudava a justificar os altos preços e, também, a demora para a fabricação destes. Para você ter uma ideia, antes de Ford, a produção de um único carro levava mais de 12 horas.

A Decisão de Ford

Só que Ford estava decidido a mudar esse panorama. Com vários estudos e vontade de popularizar os veículos entre a sociedade (tanto entre as classes mais altas ou mais baixas), ele apresentou ao mundo um novo conceito de indústria: a indústria com a linha de produção. Com a disposição de diversos funcionários ao longo dessa linha horizontal de produção, era possível fazer com que cada pessoa ficasse responsável apenas por uma parte da produção do veículo, o que facilitava então, a fabricação de várias partes na mesma fábrica.

A mágica aconteceu aí: de apenas dois veículos por dia (considerando que a produção era de 12 horas), um veículo saía pronto para a venda em apenas 40 segundos. Ou seja, com a fabricação bastante facilitada, foi possível que o preço do veículo caísse muito.

Henry Ford

Henry Ford

Por exemplo, o primeiro carro que foi fabricado pela Ford, que era o modelo Ford T, chegou até os clientes pelo preço final de 900 dólares, o que, segundo o mercado, era muito acessível.

Nem precisa dizer que esse foi um grande acerto de Ford, né? Passou a ser o modelo mais vendido do mundo, batendo de frente com o modelo artesanal e, assim, conquistando uma grande parcela de consumidores e admiradores. E, assim, a Ford manteve o seu poderio de vendas até que um acontecimento viesse para poder mudar para sempre a história do automobilismo.

A Personalização

Quando Ford foi questionado, uma vez, sobre a possibilidade de oferecer o modelo T em outras cores, o engenheiro respondeu, de forma irônica, que as pessoas poderiam, sim, escolher a cor do seu veículo, contanto que a cor escolhida fosse a preta. Ou seja, possibilidade zero de personalização.

Modelo Ford T

Modelo Ford T

Até que outras concorrentes nesse setor começaram a perceber a demanda das pessoas por carros de outras cores e modelos, o que motivou que diversas montadoras entrassem no páreo pelos consumidores da Ford. E assim, em 1920, a GM, que é detentora de marcas como a Chevrolet, passou a oferecer carros com diversas cores e modelos, o que assustou a Ford e que fez com que a sua linha de produção do modelo T ficasse parada por mais de seis meses, para poder fazer as adequações necessárias. Isso acarretou diversas perdas monetárias para a montadora pioneira.

A Volkswagen Entra no Páreo

A Volks, como maioria das pessoas já sabem, é uma das empresas que surgiram depois de 1930, na Alemanha, quando o partido nazista, liderado por Adolf Hitler, entrou no poder. Eles tinham como meta fazer o país crescer economicamente. E, analisando o potencial que os veículos tinham, começaram a esquematizar uma estatal de veículos para poder aquecer a economia. E, assim, a Volks surgiu.

E o primeiro carro que a VW começou a produzir foi um dos mais queridinhos do Brasileiro: o Fusca. O modelo do veículo casava com tudo o que Hitler queria: era um carro de preço baixo, de qualidade e que conseguia carregar quatro pessoas confortavelmente, o que era o padrão familiar da Alemanha aquela época.

Depois de alguns anos, principalmente pós Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha foi derrotada e  Hitler se matou para evitar uma possível prisão, a VW foi mantida, e os seus planos de expansão mundial começaram a se concretizar. O primeiro país para o qual ela se dirigiu foi o Brasil, em 1950. Por aqui, ela começou a vender o Fusca, de maneira importada, igualmente com a Kombi. A partir de 1960, os dois modelos começaram a ser produzidor por aqui.

E, nos anos 1970, a VW viu que era hora de investir em novos modelos para a clientela. Como uma forma de homenagear a recém capital brasileira Brasília, ela lançou um modelo homônimo que se destacava em relação ao Fusca pelo design e, principalmente, pelo espaço interno que possui, aliado aos vidros arredondados que deixava qualquer aficionado por carro babando.

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