Carro com Problema

Quando uma pessoa começa a trabalhar, uma imensidão de sonhos começa a tomar conta da cabeça de tais pessoas. E, geralmente, um desses sonhos é adquirir um carro próprio, para que possa, enfim, ter liberdade motora para se dirigir, com conforto, aonde quiser. Isso significa, também, a libertação do uso do transporte público que, em muitos lugares, inclusive no Brasil, não entrega um serviço de qualidade, e nem sempre o preço cobrado é justo.

E, pensando nisso, muitas montadoras passaram a oferecer opções de automóveis baratos, os chamados “populares”, querendo conquistar aquela camada da sociedade que enxerga um carro como apenas uma ferramenta de deslocamento, que pode ter algum conforto e um ou outro luxo, mas que essas coisas não sejam a “estrela” do automóvel, mas sim, a sua capacidade de se movimentar sem gastar muito.

Opções no mercado não faltam, tais como VW Up!, Renault Kwid, Fiat Mobi, dentre vários outros. Apesar de ditos como “populares”, o preço cobrado pelas versões mais simples desses carros não sai por menos de 30 mil, o que deixa, de certo modo, enfurecido os consumidores, que já estão cansados de desembolsar grandes quantias por carros que não têm muito a oferecer. E, por conta disso, passam a preferir o mercado dos usados, já que, por 40 mil, se pode comprar um carro não muito antigo e que possa oferecer o dobro de utilidades que um popular zero km.

Apesar de o mercado de usados ser um dos que mais crescem no Brasil, é, também, um mercado que pode oferecer riscos ao consumidor, se esse não for atento ao escolher um carro para chamar de seu. E, o propósito desse artigo é ajudar justamente essas pessoas que não sabem reconhecer quando um negócio é furado, além de umas informações úteis.

Como Comprar Um Carro Usado Com Segurança?

Muitas pessoas que se aventuram em comprar um carro sempre caem nas mesmas conversas, em lojas de usados: “esse é um modelo novo, andou somente X quilômetros” “teve apenas um dono, carro de cidade” “ainda está em garantia de fábrica”, dentre muitas outras formas de persuasão. No entanto, tais elogios desenfreados podem acabar escondendo informações importantes sobre o veículo que o provável novo dono só ficará sabendo quando este fizer parte de sua família. As velhas táticas de compra, infelizmente, ainda são usadas e vitimam, principalmente, aquelas pessoas manipuláveis facilmente.

Por isso, quando for analisar a compra de um carro, preste atenção em detalhes como, por exemplo, adesivos na lataria: não é certo que um automóvel usado que esteja pronto possua adesivos em algumas partes, já que isso era parte do gosto do antigo dono. Caso isso ocorra em uma loja de usados, é bem possível que o adesivo sirva como um maquiador de possíveis defeitos na lataria do carro.  Isso é um terror para aqueles com “olhos de águia” para procurar defeitos nos carros, já que os adesivos podem encobrir desde amassados até ferrugens. Outra prática encontrada para disfarçar problemas em um automóvel é utilizar da função de envelopamento que, embora dê um toque bonito ao carro, pode encobrir muito mais defeitos do que simples adesivos. Antigamente, quando o Chevrolet Opala era produzido, a GM chegou a oferecer, como opcional, o teto revestido de vinil. Muitas lojas de usados passaram a fazer esse teto de vinil depois, o que podia esconder, com certa perfeição, se um automóvel sofreu com capotamento, por exemplo.

Embora a parte da lataria seja importante, não se pode esquecer da parte mecânica, que, se não estiver nos conformes, pode te trazer uma baita dor de cabeça no futuro.  Todos sabemos que o câmbio é uma das peças-chave para fazer um motor funcionar e, consequentemente, fazer o carro andar. No entanto, quando o câmbio começa a “arranhar” entre uma troca de marcha, é sinal que é preciso verificar a caixa de câmbio, e esse processo é, geralmente, dispendioso, visto que é necessário abrir tal caixa e analisa-la, passo a passo, com o objetivo de identificar o problema. Muitos comerciantes, no entanto, adicionam pó de serragem no câmbio, no qual o denominam “pó mágico”. Por efeito, ele pode acabar com os ruídos nas trocas de marcha, deixando, assim, passar batido problemas que o câmbio possa vir a ter.

O motor também é uma parte crítica do automóvel, e que precisa de uma atenção redobrada do comprador. Em algumas situações, os veículos chegam nas revendedoras com os motores necessitando de uma retífica, por perder compressão, natural com o uso. Mas, para mascarar esses problemas, os responsáveis utilizam um óleo cuja viscosidade é maior do que o recomendado pelo fabricante do veículo, o que acaba “mascarando” esse problema, já que, se fosse utilizado o óleo comum indicado pela montadora, o problema logo seria percebido pelo possível comprador, pois o veículo iria emitir uma fumaça com tom azulado. Nesses casos de uso de óleo incompatível, é preciso atenção e que o comprador seja “perito” em sons, para poder indicar alterações na batida do motor e poder descobrir a farsa. Outro método utilizado é mandar lavar o motor, para que ele dê a impressão de bom estado, o que não é recomendável pelas montadoras, pois podem queimar importantes itens eletrônicos (salvo quando o motor passar por estresses do tipo “enchentes” ou uso constante em estradas de terra), comprometendo o uso do carro a longo prazo.

Outra coisa que pode passar despercebida é retoques mal feitos na lataria. Muitas revendedoras costumam, para disfarçar essas imperfeições, usar ceras coloridas que podem dar uma impressão de lustre e brilho no carro, o que poderia ser logicamente convertido para um pensamento na qual a lataria do carro estaria em ótimas condições de uso. No entanto, o que pode estar por baixo desse disfarce é o uso de tintas de má qualidade ou serviços que foram feitos sem o mínimo de procedência possível. Nesses casos, é preciso que o comprador fique atento a esses sinais, podendo utilizar papeis toalha, por exemplo, para ver se há cera na lataria e, também, pode encontrar possíveis defeitos nele.

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