Não é preciso nem dizer que o automobilismo é uma das grandes paixões da humanidade, não é mesmo? Ter o seu próprio veículo, podendo ir a onde bem entender com ele sem dar satisfação para ninguém é uma das coisas que mais atrai. Só que, precisamos lembrar que os veículos, hoje, são um dos principais causadores de poluição no planeta, com as montadoras buscando planos para poderem substituir os atuais combustíveis fósseis por combustíveis mais palatáveis ao meio ambiente, como os motores elétricos que serão tendência em um futuro não muito distante.
Mas quando é que os seres humanos começaram a ter uma noção maior sobre a indústria automobilística? Pois é. O ser humano é conhecido por sempre buscar facilitar todo o seu serviço. E não seria diferente para poder carregar itens mais pesados. O ser humano percebeu que coisas roliças poderiam servir como “calço” para que os objetos pudessem ser carregados de um lado para outro. E, assim, começaram a derrubar troncos de árvores e deitá-las com o intuito de fazer com que os objetos pudessem ser realmente carregados.
A Evolução da Roda
Foi a partir daí que o conceito da roda começou a ser mais fundamentado entre as pessoas. Com o tempo, a roda começou a ser fabricada de um jeito mais prático, mas ainda utilizando a madeira como principal material para tal. Com o passar dos séculos, ela foi ficando parecida com o que é hoje.
Com a roda, ficou muito mais fácil levar um bloco pesado de pedra de um lugar para outro, não é verdade? Pois bem. Muitos acreditam que diversas construções famosas da antiguidade, como os grande templos maias e as pirâmides do Egito só foram construídas por conta do auxílio da Roda.
Só que, com o passar do tempo, só um conjunto de rodas já não estava sendo mais suficiente para exercer esse tipo de trabalho. Sendo assim, começaram a ser desenvolvidos os veículos, que passaram a ter uma finalidade maior do que somente carregar objetos: eles passaram a servir para transportar humanos e, também, a serem utilizados como padrão de medida de vida social. Ou seja: se uma pessoa possuísse um veículo, é bem provável que ela tivesse um grande destaque na vida social e financeira, obviamente.
Só que, durante o fim do século XIX e o início do século XX, um engenheiro resolveu que era hora de elevar os veículos a um posto nunca antes alcançado: o do baixo preço. Em suas palavras, levar os veículos para todas as classes sociais era mais do que uma obrigação: era uma forma de integrar todos em um mesmo nicho de consumo. Esse engenheiro era ninguém mais ninguém menos do que Henry Ford, um dos fundadores de uma das maiores companhias de veículos do planeta: a Ford.
Só que, para que o mercado possa fluir de uma maneira mais correta, é sempre necessário que exista uma concorrência que possa fazer com que as montadoras tenham inovações e possam se superar, dia após dia. Hoje, existem diversas montadoras que possuem essa função. Uma delas é a alemã Volkswagen. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre ela, que inaugurou a indústria de automóveis na Alemanha.
A VW e a Indústria de Automóveis da Alemanha
A história da Volkswagen praticamente se iguala com o início da indústria automobilística da Alemanha. Prova disso é que, até 1930, não havia sinal de movimentação para a instalação de uma montadora em território alemão.
Hitler E A VW
Com a chegada do partido nazista ao poder no mesmo ano e, com Hitler no comando, uma das prioridades do novo governo era levantar a indústria alemã (e, consequentemente, sua economia), utilizando o automobilismo. Com isso, Hitler encomendou diversas pesquisas, a fim de traçar um perfil ideal para uma nova montadora de veículos que seria estatal. Assim, a Volkswagen nasceu.
A primeira encomenda de Hitler para a nova empresa foi a criação de um veículo que fosse de qualidade, que custasse um preço acessível e, ao mesmo tempo, fosse possível de levar, ao mesmo tempo, uma família de quatro pessoas.
Sendo assim ,os engenheiros alemães começaram a trabalhar em um protótipo que atendesse a todos esses requisitos. Foi apresentado ao ditador, então, o protótipo de um carro que era bastante similar a um besouro – inseto bastante presente no Brasil, principalmente no calor – que atendia a todos os requisitos da encomenda. Hitler aprovou o projeto e, com algumas modificações, ele começou a ser produzido.
Esse veículo é nada mais, nada menos que o Fusca, que é o maior sucesso da Volks em seus mais de oitenta anos de história. Durante muitos e muitos anos, o veículo fora o mais vendido da marca, tendo sido um sucesso imediato na Alemanha, mas se limitando a um sucesso mais limitado (temporariamente) nos países da América do Norte.
Depois do sucesso do veículo, do crescimento da VW dentro da Alemanha e com a consequente queda do nazismo, com a morte de Hitler e o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, a alta cúpula da VW estava traçando métodos para transformar a montadora em uma multinacional. E, o primeiro país escolhido para ser a sede da montadora foi o Brasil: em 1950, a montadora desembarca por aqui, vendendo o Fusca e a Kombi, ambos importados. A partir da década de 1960 é que a primeira fábrica da marca por aqui é inaugurada, em São Bernardo do Campo. A partir daí o Fusca e a Kombi começaram a ser produzidos nacionalmente, o que ajudou a baratear e muito o preço final do produto.
A VW Hoje
Atualmente, a matriz da VW continua sendo na Alemanha, com filiais em, praticamente, todo o Globo. Conta com mais de seiscentos mil funcionários espalhados pelo mundo, com um portfólio de marcas de causar inveja no mercado automobilístico.
A VW, no entanto, convive atualmente com diversas polêmicas em vários quesitos: recentemente, vazou na imprensa um relatório que mostrava a prática inadequada da VW em alterar os níveis de emissão de gás carbono para que os veículos pudessem passar em vistorias de medição de níveis de emissão de poluentes. Além disso, documentos mostram um apoio da empresa à ditadura militar no Brasil que ficou em vigor por 21 anos.