Como se Chama o Processo Industrial em uma Fábrica de Automóveis?

Não é novidade para ninguém que as pessoas gostam muito de ter um carro para chamar de seu. Durante muitos anos, os seres humanos sofreram para poder colocar em prática  um sistema que os auxiliassem nas diversas tarefas do dia a dia. A criação da roda, nesse sentido, foi de bom grado, já que muitas coisas puderam ser feitas visando a melhoria do deslocamento das pessoas. Inclusive, por exemplo, cogita-se que as rodas tiveram um grande papel na vida dos egípcios, para a construção das imponentes pirâmides; embora há quem acredite que tais obras não têm mãos humanas, mas, sim, alienígenas. Como isso não foi provado ainda, damos os créditos aos egípcios e à roda.

A roda abriu o caminho para a invenção de outros mecanismos que facilitaram a vida das pessoas. As charretes, com tração animal, são um belo exemplo disso. Passando o tempo, charretes mais refinadas, com o propósito de carregar a elite foram ganhando adeptos, até que, no fim do século XIX, um dos maiores visionários que o planeta já conheceu, Henry Ford, decidiu que era hora de investir pesado em uma maneira para poder substituir a tração animal: o motor a combustão, inspirado no motor a vapor, veio com a promessa de garantir maior potência e desempenho aos entusiastas por veículos.

Henry Ford notou, também, que os veículos aparentavam estar muito voltados à elite, que não hesitava em monopolizar isso somente aos que eram bem quistos, socialmente. Ele pretendia acabar com isso, criando um modelo que fosse acessível para a maioria das pessoas. Das pesquisas e da força de vontade, nasceu o icônico Ford T, com mais de cinco mil peças compondo o automóvel, pelo preço “baixo” de 900 dólares. O carro, de imediato, foi um sucesso: milhares de unidades vendidas, fazendo com que a Ford se posicionasse como a principal fabricante de automóveis do planeta na época.

Processo de Fabricação de Carros Feito Por Máquinas

Processo de Fabricação de Carros Feito Por Máquinas

Mas, como foi possível a venda de milhares de automóveis sendo que, na época, não se existia uma indústria em massa que possibilitaria tal feito? É aí que mostramos a mágica da coisa: Ford não foi responsável somente pela criação de um automóvel mais acessível: ele foi responsável, também, pela implementação de novas técnicas que revolucionaram a indústria: a linha de produção, que faz parte das empresas até o dia de hoje. Com a linha de produção, com uma extensão considerável (podendo chegar até a três quilômetros) e com vários funcionários dispostos por toda a linha de produção, cada um com a sua missão específica, faz com que a arte de fazer um carro, que levava 12 horas para ficar pronto, passasse a menos de 40 segundos (eu disse segundos). Ou seja, em um dia, muitos carros acabavam sendo produzidos. Foi com essa metodologia que a produção em massa dos carros foi possível o estoque de carros e uma consequente oferta rápida, o que barateou o preço.

No entanto, Ford errou ao apoiar o modelo por muito tempo: naquela época, pouco se falava sobre flexibilização ou personalização dos produtos industriais: o Ford T permaneceu o mesmo por, pelo menos, 20 anos, até que outras empresas do ramo, vendo uma possibilidade de roubar clientes da montadora (leia-se GM), começaram a oferecer modelos de carros diferentes para poder pegar para si essa parcela dos consumidores. Ford, ao notar a movimentação dessas pessoas, resolveu contra-atacar: decidiu que era hora de lançar um novo modelo de automóvel. Porém, a sua linha de produção era tão engessada que foi necessário mais de seis meses para poder adaptá-la, o que jogou a empresa em uma séria recessão, porque, nesse meio tempo, a empresa não produziu carros. Demorou para que a Ford pudesse se reerguer da crise. Hoje, é uma das referências em montadoras, mas a falta de personalização naquela época fez com ela ficasse por muito tempo sem relevância, coisa que é sentida (com bem menos relevância) nos tempos de hoje.

Se formos analisar as indústrias automobilísticas hoje, veremos que vários dos princípios adotados por Ford ainda são utilizados nas empresas. Só que, claro, com as devidas adaptações que o momento exige. Nesse caso, grande parte da linha de produção está composta por robôs, que aceleram ainda mais o processo, relegando aos funcionários serviços que dependam de uma maior delicadeza, tais como apertar parafusos ou checar se a estrutura está correta e sem nenhuma avaria.

Hoje, podemos dizer, ainda, que as montadoras estão vivendo um grande dilema: é que, no atual momento, o consumo de veículos está começando a sair do auge e entrando num certo declínio, sendo que, os motivos para tais são variados. Enquanto alguns acham que os jovens estão cada vez mais desinteressados para ter um carro, outros acreditam que as questões ambientais estão cada vez maiores, o que faz com que os carros sejam vistos como “vilões” do meio ambiente. Nesses casos, uma saída buscada pelas indústrias é na readequação dos automóveis, fazendo com que eles passem a ter uma alternativa mais “sustentável” aos combustíveis fósseis. Em vários locais do planeta, o consumo de combustível fóssil será banido até o ano de 2030. O Brasil, recentemente, aprovou uma lei que diz que, em 2060, não deverá mais ter veículos rodando utilizando combustível fóssil. Paralelo a isso, os carros elétricos estão ganhando cada vez mais força, com testes que pretendem fazer que a autonomia do motor carregado eletricamente chegue a mais de 600 quilômetros. Ou seja, é uma grande vantagem, mas, antes, é necessário que se haja instalações para poder fazer a manutenção correta desses carros, bem como, também, locais próprios para o carregamento das baterias.

Seja como for, é fato que a linha de produção é o processo industrial mais importante de uma fábrica, conceito este que já tem mais de cem anos, mas, ainda, irá ajudar e muito a indústria a planejar e a fabricar os seus produtos. Espera-se que, daqui um tempo, essa teoria seja atualizada, principalmente com as novas diretrizes industriais, a famosa “Indústria 4.0”, que está prestes a entrar em circulação no mundo inteiro, tendo este movimento começado na Alemanha, em 2012, com a atenção do mundo todo.

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Curiosidades

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