Frequentemente a Fiat é mencionada por suas pioneiras iniciativas no Brasil. Ela foi responsável, em 1979, pelo lançamento do primeiro automóvel que usava álcool como combustível, o 147. Foi ela também que trouxe o conceito de automóvel compacto de 01 litro, apenas com o acabamento essencial, em 1990, o Uno Mille.
Um símbolo extra de desempenho foi o Tempra 16V dentre os modelos de tamanho médio que carregava um motor de 04 cilindros. O Uno, em 1994, trazia mais uma marca na trajetória da indústria sendo o primeiro turbinado nacional. A 1ª perua com aparência fora-de-estrada fora, em 1999, o Palio Adventure e a única multivan fabricada no Brasil foi, em 2001, o Doblô, vindo da fábrica Mineira, em Betim.
Mas, façamos justiça a outro pioneiro exemplar da montadora italiana no Brasil, que nunca é lembrada: as picapes que se originaram dos carros de passeio. Sem dúvida, toda a honra fica por conta da 147 Pick-up.
147 Pick-up
O exemplar fora posto para o público em 1978, no Salão do Automóvel. A publicação da Quatro Rodas promoveu a antecipação do lançamento surpreendendo o mistério da Fiat em verificações realizadas em Minas Gerais, em sua edição do início de 78. Acreditava-se que a tal picape fosse capaz de carregar dois passageiros e 450 kg de carga.
Entretanto, não se tem notícia de outra picape de série Fiat anterior a 147 Pick-up em todo o planeta. É necessário mencionar que suas características técnicas passaram a ser escassas, ainda quando requeridas à Fiat.
O que há de apontamento histórico é fornecido pelos clubes de fãs do 147. Conforme o Clube do Fiat 147, a pioneira picape carregava aproximadamente 380 kg, e mais o motorista.
Em 02/1979 ela passava a fazer parte da tabela de preços organizada pelas publicações de automóveis, contando com 02 opções de motor, 1300 e 1050. Que eram originários do 147 hatch, o de 1050 rendia 56 cv e 7,9 mkgf e o de 1300, 61 cv e 10,8 mkgf.
A picape apresentava câmbio manual com 04 marchas. O modelo de 1050 custava aproximadamente Cr$ 99790 e o modelo com motor 1300 custava CR$ 102590. A Pick-up 147 era uma adaptação do 147, de tal forma que toda a parte externa do compartimento interno que ficava atrás dos bancos da frente era o que seria a caçamba.
O entre-eixos era igual, os mesmos 222 dos 363 cm de comprimento. Da mesma forma o modesto fôlego dos motores, o que vinha a limitar de forma considerável o espaço para carregar. Em contrapartida, era isso exatamente o que trazia simpatia à picape.
Em complemento ao apelo visual, a Fiat fabricou um capô traseiro que se abria para o lado esquerdo, fugindo ao tradicional na maioria das picapes que contavam com a abertura para baixo, proporcionando uma elegância maior. É o que se pode observar na 147 Pick-up da década de 80, de coloração vermelho Ímola, e contando com motor a álcool 1300, de propriedade de Marco Antônio Parma, que faz parte do Clube do Fiat 147.
Conhecedor da raridade da Pick-up 147, ele nem quis saber se o modelo lhe traria exigências quando a encontrou. Foi apenas uma olhadela para chamar de sua. Adquirida a um valor de 2000 reais, foram gastos mais de 7000 reais para que conseguisse restaurá-la, serviço feito por meio de informações conseguidas.
Tudo fora feito graças a 02 lojas de autopeças localizadas no interior de São Paulo, e assim obteve a reposição de peças como os bancos e a tampa da caçamba. Lembra de várias passagens com as picapes 147, mas apenas roda com a sua com a caçamba vazia. Seu transporte é o mesmo que o de um 147, entretanto, salta um pouco em razão de sua leveza.
Com o lançamento, em 1980, da perua Panorama, um ano depois a Fiat fez o aproveitamento da maior base daquela para proporcionar evolução à picape, depois de 16600 automóveis fabricados. Contando com 18 cm comprimento a mais, ela recebeu a tampa da caçamba rebaixada da forma clássica, e ainda retrovisores mais espaçados das portas.
Mesmo contando com um o nome de Fiorino Pick-up como forma de fazer dupla com o Fiorino Furgão, inclusive na publicidade era chamada apenas de Pick-up Fiat. Apenas era oferecido o motor 1300, nas versões a álcool, 62 cv e a gasolina 61 cv. A capacidade de carregamento chegava a 500 kg, acrescida do motorista.
Em 1982, teve a picape a parte da frente Europa do Fiat 147, um pouco mais voltada para dentro se dirigindo ao para-choque e com a divisão de piscas. Para tal novidade, a Fiat resolveu colocar uma atípica estratégia para o tempo: manter em paralelo a geração antiga.
A marca nomeou a mais nova versão de City, que foi voltada àqueles que buscavam um automóvel para passeio e não para o trabalho. Pick-up City e Pick-up Fiat: uma é para o trabalho e outra para a diversão, assim era direcionado o slogan de comerciais da TV, deixando a ideia de gerações diferentes da picape 147.
Havia ainda outro tipo de slogan que era trabalhado em 1983, que fazia brincadeiras com as empresas concorrentes: adquira uma Pick-up Fiat, através de sua grande economia, é possível navegar com a saveiro ou até mesmo ir para o pampa.
Em abril do mesmo ano que a revista QUATRO RODAS fez o teste de um automóvel picape participante da família 147 pela primeira vez, foi uma comparação entre a Ford Pampa a City, e a VW Saveiro. Nesse período fora observado o superior desempenho da picape Fiat. Ela era capaz de acelerar indo de 0 a 100 km/h em somente 15,91 segundos, mas a Saveiro demorava 18,23 enquanto a Pampa, era mais lerda ainda, esperando os 18,87. Para chegar a um quilômetro, a Saveiro demorava 38,40, a City levava 37,83 segundos, e no caso da Pampa, mais ainda 38,66.
Em se tratando de velocidade máxima ganhou a Pampa, alcançando os 142,012 km/h contra os 140,078 km/h da City e perdeu feio a saveiro, com 134,328 km/h. Na capacidade de carga vencia também a Ford com 530 kg, contra a capacidade de 500 kg das demais.
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O Fiat 147 foi um modelo de carro que foi lançado entre o ano de 1976 e 1986, que teve inspiração no modelo de veículo Italiano 127. A empresa Fiat normalmente é lembrada devido algumas iniciativas pioneiras em nosso país.
O modelo 147 Pick-up foi lançado em 1978 e foi o primeiro carro movido a álcool do país. Esse modelo foi o primeiro carro derivado de um automóvel já feito aqui no Brasil. Um detalhe que chamou bastante atenção na época e se torna interessante até os dias de hoje é a abertura da tampa da caçamba de articulação vertical como uma porta.
Esse modelo tinha espaço aproximado de 650 litros e podia carregar 380 kg de peso fora o peso do motorista, ou seja, ele não era indicado para transportar cargas pesadas, mas na época foi um carro bem aceito pela população, pois tinha um desenho e um design diferenciados para época. Ele foi o primeiro de um segmento de veículos que faz sucesso nos dias de hoje.
Fotos de Fiat 147 Pick-up
No início das fábricas automotivas eles criavam veículos pensando principalmente em se locomoverem o mais rápido possível para seu destino, então, não se preocupavam com o conforto ou tamanho de seus veículos, anos depois que as cidades foram aumentando e o números de carros nestas cidades também aumentaram foi necessário pensar em alternativas de como criar novos carros de tamanhos menores.
As empresas então começaram a criar vários modelos de tamanhos menores e um dos mais populares por aqui foi o FIAT 147, o modelo foi baseado no italiano 127. O 147 foram produzidos no país entre 1976 e 1986. O modelo foi o pioneiro e diversas formas duas delas foram:
* Primeiro carro a álcool produzindo em série do mundo.
* O menor carro a diesel da época, comercializado na Argentina e Europa.
O veículo consumia em torno de 13 a 18 Km/l. em 1978 foi lançado a pick-up 147 que suportava 450 Kg de carga, possuindo duas opções de motores, de 1050 e 1300.
