A Fábrica Nacional de Motores, fundada no dia 13 de junho de 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. No início, a ideia era de produzir motor de avião. No entanto, se perdeu no ano de 1945, após o término do conflito. Passados alguns anos sem nenhuma definição, a FNM, em 1949, começou a fabricar caminhões pesados. Com isso, ela se tornou a primeira indústria automobilística do país.
Série D-11.000 FNM
A série D-11.000 é a mais famosa da FNM. No fim de 1957, a FNM (Fábrica Nacional de Motores) anunciou a chegada da sua de caminhões FNM/Alfa Romeo, que era o modelo D-11.000.
O modelo contava com muitas inovações, como uma caixa de direção bem mais moderna, motor AR 1610 de 150 cv, embreagem bem mais suave, a caixa de câmbio era separada do propulsor, e muitas outras modificações.
Esse modelo fez tanto sucesso, que os usuários faziam fila para comprá-lo nas concessionárias e na fábrica. 1958 foi um ano que ficou marcado na história, tamanho o número de vendas. Foram 3.990 unidades fabricadas e vendidas imediatamente.
Apesar do grande sucesso, o modelo apresentou um grave problema. Dos novos motores, cerca de 30% deles apresentaram vazamento de água no bloco. Devido a esse problema, ele recebeu o apelido de “barriga d’água”. O que aconteceu foi que o bloco de alumínio, que ainda era fundido na Itália, apresentava um problema de porosidade, que fazia com que a água de refrigeração passasse para fora, ou para o cárter. Isso causava a contaminação do óleo, fundindo o motor. Esse vazamento não tinha um local exato para acontecer, podendo repetir em mais de um ponto.
No entanto, o problema foi resolvido ainda em 1958, assim que o problema foi detectado, quando a fábrica foi substituindo os motores de forma gratuita. Quatro anos depois, a fábrica passou a produzir os seus próprios motores. Para isso, eles usaram um maquinário bem complexo, que veio da Alemanha.
O modelo D-11.000, considerado tecnicamente superior, mais veloz e também mais moderno. Ele desempenhou um importante papel, contribuindo para o desbravamento e também integração do país em todas as regiões. O ronco desse modelo representava uma evolução do rondo do modelo D-9.500, que já era notável.
Á medida que o tempo foi passando, o D-11.000 se tornou um verdadeiro sinônimo de aventura e de coragem, até conquistar a fama de ser um caminhão valente e estradeiro.
O modelo FNM D-11.000 possuía cabine standart da FNM, ao contrário do que acontecia em anos anteriores, com uma série de modelos de cabines. A partir do ano de 1966, esse modelo de caminhão passou a ter atualizações no motor. Com isso, ele passou a ter 175 cv de potência e de toque, ele tinha 657 Nm. Esses números representavam muito naquela época.
O D-11.000 com a variação no tipo de chassi V-12, possuía o chassi longo e 3º eixo de fábrica, entre eixos de 4.745 mm e 23 toneladas de PBT. Também possuía pneus 1.000×20, rodas raiadas, e atingia uma velocidade máxima de 70 km/h.
O modelo D-11.000 V2 foi considerado um dos maiores sucessos comerciais da Fábrica Nacional de Motores, tendo vendido mais de 25.000 unidades entre os anos 1958 e 1972, no momento que a Fiat Diesel parou com a produção do modelo.
