Os utilitários esporte americanos, chamados por lá de SUV, foram introduzidos no mercado devido ao aumento excessivo do mercado de picapes e jipes fora da estrada, uma vez que estes veículos ofereciam estabilidade e eficiência em condições extremas, mas não dispunham do conforto necessário para um veículo que rodasse normalmente nas ruas.
Esse segmento de veículos começou a ser explorado no final da década de 80 e suas opção no mercado americano eram variadas, como o Mitsubishi Montero (aqui conhecido como Pajero), Jeep Cherokee, Isuzu Rodeo, Nissan Pathfinder, Chevrolet Blazer e o Toyota 4Runner.
A Ford também tinha seu modelo, o Bronco II, que era totalmente baseado na mecânica e chassis no Ford Ranger, mas que precisava ser substituído, pois revelara-se um desastroso projeto, devido a instabilidade gerada na condução e a quantidade excessiva de acidentes. Surgia então o Ford Explorer, um dos maiores sucessos da indústria automobilística americana.
A primeira versão
Em 1991 a Ford lançava o Explorer ainda se baseando na Ranger, mas ao invés de continuar utilizando o chassis, apenas aproveitou a base mecânica, gerando já um grande salto de qualidade em questão de dirigibilidade em relação ao Bronco.
O Explorer realmente é um carro que estava destinado a marcar, e isso se comprovava no estilo agressivo de suas linhas, destacando faróie e luzes de indicação com uma bonita grade cromada.
Outro destaque que algum tempo depois seria via de regra na indústria automobilística era a de utilizar pára-choques em cores diferentes que o tradicional preto, no caso do Explorer havia a possibilidade de se utilizar o cinza, versão standard de fábrica, como o customizado, em cromo.
Motorização
O Explorer foi um modelo em que a Ford caprichou em todos os sentidos, pois escolheu para equipá-lo um motor V6 de 4.0 litros, como comando de válvulas no próprio bloco e 155 cavalos de potência, que era muito superior ao 2.8 litros que equipava grande parte dos modelos Ford da época: Mustangs, Rangers, Sierras, Capris e Cortinas.
Quanto ao câmbio o usuário poderia escolher entre a versão tradição, com engates manuais de cinco marchas ou ainda havia a opção de se equipar com a transmissão automática de três marchas, com tração traseira ou total nas quatro rodas.
Fraqueza
Mas o Ford Explorer tinha um problema crônico: devido ao seu sistema de suspensão, chamado Twin-i-bean, com molas helicoidais e semi eixos oscilantes, que era demasiado antigo em relação ao que já estava apresentado na época, o Ford Explorer era frágil em terrenos acidentados, ocasionando frequentemente a perda da cambagem.
Embora tivesse estipo de problema o Explorer se mostrou um bom carro em relação ao Bronco II, pois tinha uma altura menor, proporcionando facilidade de acesso, um motor que embora mais potente fazia menos barulho que o da versão anterior e o mais importante de tudo: proporcionava segurança aos seus utilizadores, visto que tinha sido desenhado um chassi específico para ele.