Lataria para Fusca

 O Fusca é um dos carros mais conhecidos pelas pessoas, que, ao longo de sua existência, passou por variadas formas, cores e configurações e hoje, depois de um tempo, rendeu às tecnologias que todos os carros atuais que se prezem possuem. Mas, logicamente, que o charme e a originalidade do “besouro” antigo ainda encanta e fascina muita gente.

Apesar de, no Brasil, a produção do Fusca ter se acabado há mais de 20 anos, depois da breve “ressureição” do modelo pela Volkswagen a pedido do então presidente na época, Itamar Franco, o modelo ainda é bastante procurado e cultuado pelos fãs da marca, por acreditarem em seu potencial bastante econômico, tanto na parte de combustível quanto na parte de peças, já que, em qualquer esquina, pode-se encontrar peças para o simpático carrinho. Alguns exemplares desse veículo foram transformados em verdadeiros carros de corrida, os “tunados”, nos quais aproveitavam o motor do fusca para transformar o carro em um “rei” dos “rally’s” e de outros locais onde os terrenos são bem acidentados.

O último fusca a ser construído no planeta teve a sua produção feita no México, em 2003, ocasião onde o modelo foi homenageado com pompas e bastante festa. E, por se tratar de um modelo que já está há anos fora do mercado (a sua versão antiga, já que a nova foi totalmente reestilizada e está nas ruas sob uma nova roupagem), encontrar peças mais específicas, como a lataria, se torna uma missão mais complicada, embora o modelo, se comparado à outros veículos antigos, têm maior reposição de peças. E, no nosso artigo de hoje, você vai conferir um pouco mais sobre o fusca, bem como algumas informações interessantes sobre ele. Vamos lá?

O Fusca

O Fusca, como todos sabem, foi um modelo desenvolvido pela empresa automobilística alemã Volkswagen, sendo que esse foi o primeiro modelo a ser desenvolvido e fabricado pela empresa alemã. Para a construção e fabricação do Fusca, envolveu-se no projeto diversas empresas, pessoas e também o governo alemão, que, na época, estava sendo comandado por Hitler, o sanguinário ditador nazista que foi responsável por perseguições, inúmeras mortes e que acabou morto em 1945. Muitos, por conta disso, creditam à Hitler a ideia do fusca, o chamando de “pai” do modelo. Na verdade, a Volkswagen foi fundada por Ferdinand Porsche e, também, por Adolf Hitler.

Os primeiros movimentos para a fabricação do fusca já tinham começado bem antes da fundação da empresa, por engenheiros projetistas que tinham construído protótipos muito parecidos com o besouro. Adolf Hitler, encantado com as tecnologias desenvolvidas nos carros fabricados no mundo, resolveu que era hora de planejar um modelo a ser fabricado na Alemanha. Para isso, convocou Ferdinand Porsche, um renomado engenheiro, para ajudar na construção do modelo a ser produzido. Nascia, aí, tanto a Volkswagen quanto o lendário Fusca.

Os primeiros modelos do besouro refletiam, muito, as características estéticas alemãs, como os pequenos vidros traseiros, e uma carroceria mais arredondada na parte de cima. Com o tempo, mudanças foram sendo realizadas para adequar o modelo a outros mercados. No entanto, os primeiros anos de planejamento do modelo foram rodeados de bastante apreensão e medo, já que, naquela época, os carros eram muito grandes, medida tomara para que todo o maquinário suficiente para fazer o automóvel rodar fosse disponível. E, o fusca era o conceito de um carro compacto, mas que possuísse um desempenho igual ou maior aos outros carros disponíveis. Fazer com que esse carro pudesse funcionar e, ainda assim, manter suas dimensões foi, na época, um grande desafio. Uma curiosidade é de que o fusca, depois de lançado, foi utilizado, também, em ações que ocorreram na Segunda Guerra Mundial, tendo sido, inclusive, fabricado modelos baseados no lendário fusca para serem utilizados como artefatos de guerra e de suporte aos soldados. Muitos desses modelos estão presentes em museus na Alemanha.

Quando se surgiu a Segunda Guerra, a venda dos modelos do Fusca foi interrompida, tendo voltado somente quando o fim do entrave. E, depois disso, o modelo começou a ser exportado para outros países. Diferentemente do que se pensava, no início, o modelo não conseguiu uma boa aceitação. Para se ter uma ideia, em algum ano após a retomada das vendas do modelo, a Volks só conseguiu vender, num ano inteiro, duas unidades do fusca.

Mas, depois, o modelo causou um verdadeiro frisson entre os consumidores, tendo começado a ser produzido em larga escala, até mesmo no Brasil. Durante os anos 1970, o modelo experimentou a sua melhor fase no país, com a presença, nas ruas, de vários modelos de fuscas, cada um com uma cor diferente, o que criava um verdadeiro “arco íris” nas vias de acesso do país.

A produção do fusca no Brasil permaneceu até o ano de 1986, quando a Volkswagen decidiu que era hora de extinguir o modelo, no qual argumentava que o modelo estava obsoleto e que era necessário abrir espaço para produzir carros mais modernos, como o Santana e o VW Fox, para exportação para os EUA.

No entanto, logo após o impeachment do presidente Fernando Collor, Itamar Franco, que tinha assumido seu lugar, resolveu convocar a alta cúpula da Volks, em 1993, para sugerir a reativação da produção do fusca, para reaquecer a economia e por acreditar que o fusca era, sim, um automóvel mais acessível.  A produção durou até 1996, não obtendo muito sucesso, já que o preço de comercialização do automóvel não ficou tão baixo quanto o esperado.

Como já dito anteriormente, o último modelo VW Fusca foi fabricado no México, em 2003, e encontra-se hoje no museu de automóveis da Volkswagen. A cerimônia de encerramento da produção do besouro teve direito a até mesmo concerto sinfônico, celebrando o fim da era que se iniciou bem antes da Segunda Guerra Mundial.

Apesar de o fusca ser um carro obsoleto, ainda hoje é alvo de procura por grande parte das pessoas, e os preços praticados na compra e na venda ultrapassam, facilmente, os 10 mil reais, dependendo, é claro, do estado de conservação do automóvel, tanto na lataria quanto na parte mecânica.

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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