Não precisa ir muito longe para saber a importância que os veículos tem no nosso planeta, não é mesmo? É de ciência de todos que o ser humano, com o passar dos milhares de anos de sua presença por aqui, sempre quis deixar as coisas mais fáceis para ele, como, por exemplo, carregar diversos tipos de coisas com pesos muito grandes.
Nesse sentido, tudo o que pôde ser feito para que o ser humano tivesse o mínimo de trabalho em sua atividade foi feita, sem sombra de dúvida. Sem os avanços daquela época, dificilmente estaríamos aqui hoje.
A descoberta do fogo, por exemplo, foi crucial para que a nossa espécie não sucumbisse. A justificativa é que as carnes que eram ingeridas naquela época não eram cozidas, expondo os seres humanos a diversas doenças e microrganismos que poderiam causar problemas à saúde. E, com o cozimento dessa carne, a eliminação desses problemas era completa, além de ajudar a conferir um sabor mais gostoso ao alimento.
Voltando à praticidade, podemos dizer que os carros hoje são muito importantes para o desenvolvimento do planeta. Mas você sabe qual foi o início de tudo? Nesse artigo, iremos falar um pouco mais sobre a história da indústria automobilística do mundo, bem como, também, algumas informações bastante relevantes sobre o tema. Confira:
O Automobilismo
Como já dito acima, o ser humano sempre buscou facilitar o seu trabalho. Nesse sentido, os carros nada mais são do que o reflexo de um período onde os seres humanos buscavam meios de transportar diversos tipos de coisa, como objetos, pedras, pessoas, enfim. Tudo o que for pesado e que a força humana não conseguir executar.
Os percursores dos automóveis como conhecemos hoje são as carroças e as charretes. Elas são conhecidas por serem carregadas pelos animais, como cavalos e bois, que tinham uma força tremenda para puxar um veículo do tipo. Durante milhares de anos, a tração animal foi utilizada. Nesse meio tempo, também, as charretes e carroças passaram por diversas evoluções que mostravam que o caminho natural dessa evolução era a independência das charretes da tração animal.
Tudo começou a mudar a partir da Revolução Industrial, sendo que a principal invenção dessa época foi, sem dúvida, o motor à vapor, que possibilitou a criação de diversas máquinas industriais, bem como, também, a criação de um meio de transporte bastante clássico: o trem. Isso abriu portas para pesquisas para tentar trazer esse motor para os veículos.
A Ford
A partir do século XIX, as pesquisas e estudos avançaram a tal ponto que os primeiros veículos como conhecemos hoje começaram a aparecer: dotados de um motor autônomo (mas que ainda não era a combustão), os veículos estavam presentes apenas nos EUA e na Europa. Porém, um engenheiro chamado Henry Ford acreditava que já estava mais do que na hora das pessoas terem o seu próprio veículo, independentemente de sua classe social.
Vale lembrar que naquela época os veículos eram relegados somente às pessoas que possuíam condições de pagar os preços abusivos cobrados pelos veículos. Ford queria levar seus carros para todos as classes sociais possíveis. Mas não pense que tomou essa decisão do nada: isso tudo foi possível depois de Ford desenvolver uma nova forma de fabricar produtos: estamos falando das doutrinas fordistas que, entre outras coisas, idealizou a linha de produção. Essa linha era revolucionária pois prometia que, a cada quarenta segundos, um carro sairia pronto dessa linha, coisa que, artesanalmente, ficava pronto somente em 12 horas.
Com esse sistema em prática, Ford conseguiu que os seus veículos fossem vendidos por apenas 900 dólares, sendo que esse valor foi considerado bastante interessante, até mesmo pelas classes mais pobres. E, durante muito tempo, o Ford T, que era o modelo acessível, foi o queridinho dos consumidores, que acabaram dando para a Ford o monopólio geral das vendas nos Estados Unidos. Só que esse reinado, que começou em 1907, não durou para sempre: na década de 20, várias outras empresas de veículos começaram a aparecer, como a GM.
A Personalização: Ponto Fraco
Embora o sistema de Ford seja impecável em vários aspectos, em um quesito ele deixou muito a desejar: a personalização. Uma célebre frase de Ford repercutiu muito, que foi a seguinte: “ o cliente pode escolher qualquer cor do automóvel, contando que a cor seja preta”. Foi nessa frase que a concorrência se agarrou e, com isso, criou automóveis de outras cores e com a possibilidade de escolher qual mais te agradava. Ao saber disso, diversas pessoas abandonaram a Ford e correram atrás da GM.
Ford, ao ver que precisava ensaiar uma contrapartida logo, decide frear a sua produção para que pudessem ser feitas adaptações necessárias em sua linha de produção. O que ele não contava, na época, era que essa adaptação era muito demorada, fazendo com que sua linha ficasse parada por mais de seis meses.
A VW
A Ford passou por uma grave crise, mas conseguiu se estabelecer, agora de olho na concorrência. Tudo parecia tranquilo até que, durante a década de 1930, o governo alemão, à época com o partido nazista à frente dele, anuncia a criação da estatal Volkswagen, que seria uma espécie de fornecedora de tecnologia veicular à Alemanha. Com o intuito de movimentar a economia, Hitler acreditou que as pessoas iriam querer comprar veículos a um preço baixo e com qualidade. Por isso, em consultas com os engenheiros responsáveis, o primeiro veículo da marca a ser criado foi o Fusca.
Até hoje, o Fusca faz parte do imaginário brasileiro: foi um dos veículos mais vendidos da marca por aqui, bem como, também, serviu como base para fazer a VW ficar conhecida em todo o território nacional, fazendo com que ela investisse pesado em sua primeira filial fora da Alemanha, que está localizada justamente aqui no Brasil.
Depois disso, diversas outras marcas de veículos apareceram no Brasil, tais como os veículos de luxo, por exemplo, além, também, de marcas mais populares, como a brasileira Gurgel, que ficou conhecida pela fabricação de veículos pequenos mas que possuíam força suficiente para poder aguentar os desafios da vida diária.