O funcionamento de um carro é mais complexo do que pode parecer num primeiro momento, para que seja possível a um simples virar de chave ligar e sair guiando o auto é necessário todo um conjunto de engenharia trabalhando ao mesmo tempo. Com o passar do tempo, a concepção de um carro foi mudando e tornando cada vez mais fácil o ato de dirigir.
A transmissão automática é uma das principais inovações que tornam o carro muito mais leve e fácil de ser guiado. Para que esse sistema funcione de forma ainda melhor e ofereça melhores resultados, entra na equação o fluido de transmissão automática, conhecido como ATF.
Para que seja possível entender qual a real importância do uso de um bom fluido no dia a dia do seu carro, saiba mais sobre o sistema de transmissão automática e da importância desse elemento no carro.
O Que é Transmissão Automática?
A transmissão automática pode ser definida, mais ou menos, como uma embreagem automática. Esse sistema permite ao motor do seu carro trabalhar, mesmo com ele parado, de forma que possa transmitir energia mecânica cada vez que o motorista comprimir o acelerador.
Esse é um sistema relativamente simples, pois é composto de apenas dois elementos que são uma bomba e uma turbina. A primeira é acionada pelo motor e a segunda aciona a caixa de mudanças. Uma semelhança entre a turbina e a bomba é que ambas têm o formato esférico de calota.
Dentro de cada uma dessas partes podemos encontrar diversas divisórias que servem para abrigar as pás. Essas duas calotas estão colocadas dentro do motor de tal forma que ficam uma de frente para outra e separadas por um espaço onde fica o fluido ATF.
Como Funciona uma Transmissão Automática?
A mecânica de funcionamento de uma transmissão automática é bem simples de entender. Basicamente, o óleo que existe entre a turbina e a bomba circula enquanto o motor está em funcionamento. Enquanto não existe aceleração no motor o óleo apenas circula, pois não tem força suficiente para girar as pás sozinho.
Quando o motorista acelera o carro a bomba, ganha mais força para expelir o óleo o que garante que ele tenha força suficiente para mover as pás. Depois de fazer a transmissão de energia da turbina, o óleo volta para a bomba, recomeçando o ciclo.
O Fluido ATF
Agora que já temos uma boa ideia de como funciona um sistema de transmissão automática fica mais fácil compreender porque o fluido é tão importante. Sem ela não existe movimento entre a bomba e a pás da turbina. Por isso, a qualidade desse fluido é tão importante na atuação do sistema como um todo.
Para quem deseja dar mais atenção a esse item garantindo mais qualidade para o seu carro vale a pena acompanhar as nossas dicas a seguir.
Quais São As Funções do ATF?
Vamos começar listando quais são as principais funções do ATF no sistema de transmissão automática.
- Transmitir força para o conversor de torque
- Trabalhar gerando força para as que as embreagens e freios funcionem
- Lubrificar a unidade de transmissão
- Gerar movimento para as válvulas do corpo de válvulas
Como Escolher um Bom ATF?
Pode parecer um pouco complicado escolher o melhor ATF para o seu carro, porém, assim como qualquer outro elemento ele também possui alguns requisitos básicos para ser mais ou menos indicado.
Para começar, podemos destacar que é importante que o ATF em questão tenha o coeficiente correto de atrito. Além disso, também precisa ter uma boa fluidez a baixas temperaturas e ainda uma viscosidade que permita ao fluido não fazer nem bolhas e nem borras.
O Coeficiente Correto de Atrito
Num primeiro momento pode parecer bem abstrata essa ideia de um coeficiente correto de atrito, mas não é tão difícil. O atrito é uma das funções principais do ATF no sistema de transmissão e, por isso mesmo, ele contribui para dar uma vida mais longa aos discos revestidos da embreagem.
Por isso, um dos testes mais importantes a serem realizados com esse fluido é o de atrito, para saber se ele oferece um coeficiente de atrito que seja o suficiente para manter o seu carro sempre em dia com o seu sistema de transmissão. Vale mencionar que existe toda uma questão física por trás dessa ideia de atrito perfeito.
O atrito estático e mecânico devem ser equivalentes, pois quando um se sobressai causa um desequilíbrio que não é benéfico para o sistema do seu carro.
As Bolhas
Além de um coeficiente de atrito correto, o ATF não pode produzir bolhas e nem mesmo espuma. Quando bolhas ou espuma são produzidas pelo ATF a bomba terá uma sucção menor, o que acarretará em menos pressão final no sistema. A primeira coisa que se percebe nesses casos é que a embreagem parece estar patinando.
As bolhas são causadas pela viscosidade do ATF e, por isso, é importante encontrar um produto com a viscosidade perfeita para o seu sistema de transmissão. Uma boa dica é procurar por um ATF com menor viscosidade.
A Fluidez
Outro elemento muito importante quando o assunto é o ATF é a fluidez. Para se ter uma ideia, quando a viscosidade desse fluido é alta numa temperatura baixa acarreta num funcionamento muito abaixo do esperado para o sistema de transmissão. Um desempenho baixo traz problemas ao veículo como um todo, porque diminui a pressão hidráulica.
Nada mais funciona como deveria e assim você poderá enfrentar uma patinação ou mesmo queima nas válvulas.
O Índice de Viscosidade
Para fazer uma boa escolha de ATF é importante procurar por um produto com alto índice de viscosidade e não uma viscosidade alta. Vale destacar que quanto maior for o índice de viscosidade de um ATF menor serão as mudanças de viscosidade em relação a mudança de temperatura.
Uma questão muito importante é que a viscosidade do ATF deve ser baixa nas temperaturas baixas e não pode variar muito quando a temperatura aumenta significativamente. Vale a pena prestar uma boa atenção ao fluido de transmissão automática, pois ele é uma parte importante do processo de funcionamento desse sistema.