A paixão da humanidade pelos automóveis já é uma coisa bastante firmada, não é mesmo? É bastante provável que muita gente já tenha sonhado em, um dia, ter dinheiro suficiente para poder comprar um carro próprio. O desejo de muitos é, na verdade, deixar de depender do transporte público que, muitas vezes, é falho, e não consegue atender a todos com excelência.
Só que, mesmo com esse fascínio que os carros conseguem transmitir entre as pessoas, o seu uso está sendo cada vez mais desaconselhado. Isso porque o planeta passa por sérios problemas ambientais que foram causados, principalmente, por conta da emissão de gases que provocam o efeito estufa que, de pouco em pouco, está aumentando a temperatura média do nosso planeta. Diversos são os efeitos negativos dessa prática. Entre eles, podemos destacar o derretimento acelerado de diversas placas de gelo em vários lugares do mundo. Se continuar nesse ritmo, a expectativa é que o nível médio dos oceanos aumentem a ponto de engolir diversas ilhas e cidades costeiras pelo mundo.
Por outro lado, há quem goste, também, de veículos maiores e mais robustos: estamos falando dos caminhões. E, aqui em nosso artigo, iremos falar dos caminhões antigos que foram restaurados e ainda fazem a alegria de muitos fãs por aí. Vamos lá?
Os Caminhões
Os caminhões nada mais são do que uma evolução natural dos veículos. Isso porque, quando os primeiros carros foram criados, a primeira intenção é que eles ajudassem o ser humano a ter mais conforto para se deslocar pelos mais variados locais. Porém, outra demanda apareceu, que foi a necessidade de carregar coisas pesadas de um lado para outro. Dessa forma, um simples veículo de passeio não era suficiente para carregar tudo aquilo que se era desejado. Dessa maneira, diversos engenheiros das montadoras que já tinham lançado seus automóveis se uniram a fim de criar carros mais “encorpados” e, claro, com mais autonomia.
Com isso, os primeiros caminhões foram lançados, tendo sido a Mercedes Benz a primeira a lançar um caminhão no planeta. Ele tinha o tamanho de um caminhão de médio porte que temos a nossa disposição atualmente mas, para a época, já era um grande avanço.
Atualmente, a indústria automotiva conta com veículos pesados de grandes dimensões. Uma fabricante que pode ser utilizada como exemplo é a Caterpillar. Ela tem em seu portfólio uma grande gama de veículos pesados, nos quais eles podem atingir dezenas de metros de altura. Em uma comparação mais simplificada, o ser humano quando posicionado perto dele, praticamente some. Esses caminhões são indicados somente para atividades mais pesadas, como, por exemplo, a extração de minérios.
Porém, existem aquelas pessoas que tem uma afinidade muito grande por caminhões antigos, nas quais não mede esforços para poder restaurá-los. Vamos conhecer um deles?
Caminhões Restaurados: Um Sonho
Quem acompanha a dinâmica do mercado automobilístico, notou que, de uns tempos para cá os veículos lançados ficaram muito mais seguros e tecnológicos. Porém, de uma maneira geral, apresentam mais defeitos do que antigamente. Isso está totalmente atrelado com a cultura de que tudo aquilo que era comprado deveria durar muito. Isso persistiu no planeta até o fim dos anos 1980, quando uma nova revolução industrial colocou a inovação tecnológica a frente da durabilidade.
É um pouco por conta disso que muita gente passa a ter um apreço maior por tudo aquilo que foi construído antes desse período. Não é de se assustar se encontrarmos veículos dos anos 1950 em pleno funcionamento nas estradas, principalmente aqui no Brasil.
Um Empresário E Uma Paixão
Em São Paulo, por exemplo, um empresário fanático por caminhões antigos apresenta um verdadeiro tesouro no que diz respeito em caminhões antigos. Sob condição de anonimato, o homem, que tem sessenta anos, abriu o seu acervo para a revista Exame.
Essa paixão toda pelos veículos começou quando o pai tinha um Chevrolet ano 1950.
Chevrolet ano 1950
Ele, com apenas sete anos, pegou o caminhão do pai e foi dar uma volta. Ele conta que, por conta do seu tamanho diminuto, conseguia enxergar apenas parte da estrada, pois ele olhava pela fresta do volante, acionando os comandos dos pedais apenas com a ponta dos pés. Ele dizia que conseguia ver a reação dos outros caminhoneiros, que ficavam assustados com o caminhão funcionando “sozinho”.
Essa paixão foi crescendo ano após ano, e o resultado hoje é um galpão com mais de trinta exemplares de caminhões que um dia já fizeram história nas rodovias brasileiras (e também de outras partes do mundo) e, depois de muita reforma, o exemplar passou a ficar em exposição particular para o empresário.
Modelos Colecionados
Um dos modelos favoritos de sua coleção é um Peterbilt V8 que, nos Estados Unidos, é considerado um dos caminhões mais robustos e imponentes já criados. Para se ter uma ideia, aqui no Brasil há apenas dois modelos nessa configuração. Ele conta que, durante uma viagem aos Estados Unidos, ele viu na estrada o modelo “engatilhado” em uma carreta para transporte de bois. No mesmo momento, se apaixonou e entrou em contato com o dono do veículo, propondo a compra. Conseguiu e trouxe ao Brasil, submetendo-o a um tratamento de choque para poder recuperar os seus detalhes.
Quando dito sobre os mais de trinta caminhões, o colecionador revelou que, na verdade, deve ter mais de cinquenta caminhões, nos quais 20 estão em processo de renovação, além de outros que ele guarda na garagem de casa.
Peterbilt V8
Bom, já que ele é um entusiasta dos caminhões, nada normal ele também manter o veículo que foi do pai da mesma maneira, não é? Pois bem. O empresário revelou que aprendeu a dirigir nele e, portanto, decidiu mantê-lo na família, reformando-o como uma homenagem ao seu pai. Ele disse que o veículo chegou zero quilômetro nas mãos do pai, ou seja, seria uma injustiça passa-lo para a frente.
Ele disse que gostou tanto da brincadeira de colecionar que, em um ano, ele chegou a comprar 20 caminhões nessa situação. O seu amor pelo Chevrolet 1950 é tão grande que ele resolveu ter dois, o que foi do seu pai e outro também restaurado. Ele justifica dizendo que foi por causa do modelo que o seu tino de colecionador foi acionado.
Há caminhões de muitas marcas, mas as que mais prevalecem são as da Chevrolet, da Scania (principalmente dos anos 60 e 70) e muitos outros da GMC dos anos 1950.
