Quando se fala em veículos, muitas pessoas já ficam atônitas. Isso porque, aqui em nosso país, faz parte da cultura ter um automóvel para chamar de seu. É meio que um processo: quando uma pessoa passa a fazer parte da maioridade, ou seja, completa 18 anos, uma das primeiras providências tomadas após arrumar um emprego é fazer a sua matrícula em algum centro de formação de condutores, conhecido por CFC e, assim, ter as aulas necessárias para obter a sua carteira de habilitação.
Depois de toda a burocracia para poder tirar a sua própria carteira, como os exames, taxas estaduais e taxas desses centros, além de realizar as provas práticas e teóricas, assim que a sua aprovação nestas vier, você estará apto a conduzir um veículo. O passo natural para tal é, então, procurar o carro que caiba no seu orçamento ( e na sua garagem logicamente).
E no mercado podemos encontrar uma grande infinidade de veículos que podem ser chamados de nosso. Basta que desembolsemos o dinheiro necessário para a sua compra. Mas saiba que é possível ter um carro bom e não desembolsar nada mais por isso? É que muita gente acredita que comprar um carro zero é, na maioria das vezes, o melhor negócio a ser feito. Porém, o mercado de automóveis seminovos ou usados está cada dia mais em crescimento, justamente por estar cada vez mais acessível. Além do imposto obrigatório ser menor, algumas burocracias não existem se comparamos os dois veículos. Ou seja, é uma maneira de poupar com consciência.
Mas você já parou pra pensar quais são os veículos mais antigos que existem no Brasil? Aqui, você vai ter uma pequena explanação do início da venda de veículos por aqui, bem como, também, conhecer os modelos mais antigos que já pisaram no território tupiniquim. Vamos lá?
O Início da Indústria Automotiva no Brasil
O Brasil não ficou muito para trás quando a indústria automotiva explodiu nos Estados Unidos e na Europa. Sabe—se que, nesses lugares, a produção de veículos já existia, mas de uma maneira artesanal (e não muito barata), que atingia nichos específicos da sociedade (leia-se elite). Depois de muito tempo, a Ford chegou revolucionando o mercado, com a inclusão de um sistema que barateava e muito o preço dos automóveis: a linha de produção. Isso permitia que um veículo saísse pronto da linha de produção com apenas 40 segundos. Ou seja, o preço foi projetado lá para baixo, permitindo que as classes mais baixas pudessem ter acesso a essa praticidade.
O Brasil foi contar com a sua primeira fábrica de veículos em 1956, quando as Indústrias Romi S/A introduziram a Romi Isetta no mercado Brasileiro. Porém, vale a pena frisar que uma das mais importantes marcas de veículos do planeta, a Volkswagen, chegou ao país a partir dos anos 1950, sendo a primeira sede da marca no mundo, escolhida depois de um processo longo de análise.
Veículos Mais Antigos do Brasil
O VW Fusca
O Fusca é o primeiro exemplo de veículo que é mais antigo em circulação no país, sem previsão alguma de sair de cena. Criado em 1936, como um projeto pessoal de Adolf Hitler que fundou a VW em busca de aquecer a economia alemã, o besourinho chegou por aqui a partir de 1950, de maneira importada, juntamente com a VW Kombi. No entanto, no começo quando foi introduzido por aqui, as vendagens foram tímidas (mesma coisa sentida nos EUA). Porém, depois do barateamento dos preços, quando a VW instalou a sua primeira fábrica por aqui na década de 1960 é que o modelo se popularizou, tornando-se o modelo mais bem sucedido da VW no país( sendo superado depois pelo VW Gol). A sua vendagem no Brasil foi interrompida em 1986, quando a Volks percebeu que era hora de investir em outros modelos para que não perdesse espaço por aqui. Porém, teve um breve retorno a partir de 1993, depois de um pedido do então presidente Itamar Franco, com a proposta de ser o carro mais barato a ser produzido no Brasil. Isso não se concretizou, com o veículo sendo finalizado de vez em 1996.
VW Kombi
Chegando para vendagem no Brasil a partir de 1957 (de modo importado) a Kombi tinha uma proposta parecida com a do Fusca, que era ser um veículo simples para poder ser utilizado como carregador de cargas e, também, para o lazer das pessoas. O modelo passou por reestilizações bastante tímidas, o que fez o carro manter essa mesma forma até o ano de 2013, quando a sua produção foi encerrada por medida que indicava que, a partir de 2014, todos os modelos fabricados no Brasil deveriam vir com freio ABS e airbags. O modelo da Kombi, que não aceitava tais alterações, acabou por ser descontinuado.
Ford Maverick
Esse talvez seja um dos modelos mais icônicos que a Ford já trouxe para o mercado brasileiro. Visto como um carro jovem e ágil com um design bastante agressivo foi uma verdadeira febre a partir de 1970. No entanto, os altos custos de sua produção e as vendas que foram ofuscadas pelo lançamento do Corcel II finalizaram a vida do esportivo no ano de 1979. Até hoje, esse veículo é uma verdadeira sensação no Brasil, podendo ser encontrado para venda por preços que superam os sessenta mil reais, ou seja, o preço de um Jeep Renegade usado.
Chevrolet Kadett
Tendo a sua produção iniciada no Brasil a partir de 1989, o Kadett talvez foi um dos modelos mais lembrados pela população embora outros como o Chevette tenham uma relevância maior que a deste modelo. A lembrança que é tida pelos saudosistas do modelo, que foi produzido até 1998 com um saldo de 310 mil unidades vendidas são as inovações que o modelo trouxe para a época, como é o caso dos vidros do para-brisa, câmbio automático, além do ar-condicionado e da direção hidráulica. Além dessas coisas todas, o veículo é conhecido como um dos mais resistentes que já foram produzidos pela marca em solo brasileiro.