Todos sabem que o brasileiro é aficionado por carros, por conta de tudo o que ele pode proporcionar na sua vida: desde a comodidade até se deslocar para esses locais, bem como o certo status que o veículo “agrega” perante as outras pessoas. Isso, claro, é um prato cheio para as montadoras que aqui atuam, aproveitando dessa “admiração” brasileira pelos veículos, inflando o preço destes que podem chegar a casa dos milhares de reais.
No país, embora os veículos potentes façam a cabeça da população, muitos optam por comprar os chamados “carros populares”, ou seja, aqueles que apresentam um desempenho mediano, em se falando do motor, mas, em contrapartida, conseguem ser mais econômicos, perfeito para aqueles que utilizam o carro somente a trabalho, sem realizar muitas viagens com ele.
Outras pessoas, no entanto, preferem aqueles carros que, além de carregar várias pessoas, poder ser utilitários para carregar outras coisas: as minivans. E, um exemplo bastante clássico de minivan é a Kombi, que é o alvo desse artigo. Aqui, será mostrado um pouco sobre a história desse icônico modelo da Volkswagen, além de falar sobre a adaptação do alternador para esse modelo. Confira a seguir:
A Boa e Velha Kombi
A Volkswagen Kombi é, como já dito, um modelo que fez história no mundo, principalmente no Brasil. Pertence à categoria dos utilitários e minivans, sendo que muitos a consideram como percursora desse gênero no mundo. Sua fabricação foi iniciada em 1953, sendo que, no Brasil, ela foi produzida sem nenhuma pausa (diferente do Fusca, que teve um hiato de produção no país, que durou de 1986 a 1993, quando o então presidente Itamar Franco solicitou à VW o retorno da produção do modelo) até o ano de 2013. Muitos acreditam que a fabricação só foi encerrada por conta de uma lei que entrou em vigor em 2014, no qual todos os carros novos fabricados a partir daquela data deveriam ter, obrigatoriamente, dois airbags na parte frontal e, também, contar com freios ABS. Como o projeto da Kombi nunca foi alterado, em suas 56 anos de história, era inviável rechear o veículo com as exigências da lei brasileira. Com isso, optou-se por descontinuar o modelo.
Muito se têm discutido, também, o porquê de o projeto da Kombi nunca ter sido atualizado com o tempo. Alguns especialistas acreditam que isso fazia parte de uma estratégia a VW, que seguia a filosofia do “não se mexe em time que está ganhando”. Paralelamente a isso, um fenômeno que é bastante observado no país, que é o culto à veículos antigos, no qual, nas rodovias brasileiras, é comum ver, lado a lado, modelos com mais de 30 anos de estrada, juntamente com outros modelos que foram lançados recentemente. Por exemplo, os modelos da Kombi nos EUA e na Europa, que foram atualizados sistematicamente em questões de segurança e conforto, não serviram de exemplo para o modelo brasileiro, que só ganhou alguns itens de segurança, como extintor e retrovisores externos, depois que o órgão de trânsito Contran começou a pressionar a montadora alemã. É válido destacar, também, que o modo de montar a Kombi permaneceu o mesmo: de modo manual, por todos os seus 56 anos de vida. É válido destacar que, apesar de alguns problemas de segurança que persistiram até o fim da vida do utilitário, a sua robustez e força nunca foram superados por outros modelos de van, o que explica, em parte, o seu sucesso. No entanto, essa robustez e confiança começaram a pesar, já que o tempo de estrada da Kombi é muito grande e, como já sabemos, os tempos são outros. Atualmente, em questão de design, a Kombi está infinitamente ultrapassada, fora que ela é grande demais para ser comparada a uma minivan, e, também, tem um tamanho diminuto se for comparada com as vans atuais.
Apesar de ter começado a ser fabricada no ano de 1957 aqui no Brasil, o modelo já era exportado pra cá desde 1950, sendo o grupo “Brasmotor” o responsável por isso, para que tais modelos pudessem atuar em suas fábricas. Curiosamente, o grupo Brasmotor foi o responsável pela criação da marca Brastemp, de longe, a mais famosa marca de eletrodomésticos do Brasil que, juntamente com a Consul, formam a Multibrás, que, atualmente, é de propriedade do grupo Whirlpool Corporation.
Depois de algumas atualizações, em se tratando de força e desempenho, a história da Kombi chegou ao final, em 18 de dezembro do ano de 2013, às 22h. Nesse instante, foi montada a última Kombi, da série “last edition”, no qual foram produzidas 1200 Kombi dessa série especial para ser vendida. No entanto, a última Kombi, de numeração 1200/1200, foi levada da fábrica da VW em Tatuí, São Paulo, para a matriz da Volkswagen, na Alemanha, para fazer parte do acervo da montadora. Essa série especial contou com vários acessórios que eram considerados de luxo na época da primeira geração do utilitário, como por exemplo, a pintura “saia e blusa”, original da Kombi dos anos 1950, além de outros itens que fizeram o diferencial nas Kombi das décadas seguintes, como pneus com faixa branca, rodas e as calotas todas tingidas na cor branca, além da inclusão de cortinas feitas em máquinas de tear na cor azul. O sistema de som recebeu ares modernos, com a inclusão de luzes LED no interior do veículo, além da possibilidade do uso de mídia USB para executar músicas. O modelo não contou com leitor de CD Player, o que evidencia, mais uma vez, a prática comum nas montadoras atualmente, que é a de descarte do uso da tecnologia de CD, em prol das mídias USB e, também, do streaming de músicas, já que, os carros atuais começam a despontar para uma conexão via interne, o que pode facilitar a obtenção de arquivos importantes para o automóvel, notícias, previsão do tempo, locais com engarrafamento, entre outros.
Alternador Adaptado Kombi
Como sabemos, modelos mais velhos sempre tem problemas com peças. No vídeo a seguir, será mostrado um pouco mais sobre uma adaptação de alternador exclusivo para Kombi. É um vídeo bem curto, então vale a pena conferir:
