Um carro esportivo de concepção italiana, montado por alemães e que virou objeto de desejo à época no mercado nacional e que até hoje é peça valorizada em coleções, devido sua raridade e excelência nas linhas. Um carro sem concorrência no Brasil, de linhas arrojadas para a arquitetura das décadas de 50, 60 e 70 e sem dúvida, de caráter exclusivista, graças aos pouco mais de 445 mil Karmanns fabricados no Brasil ao longo de 20 anos de existência da fábrica, quando foi descontinuado de produção pela Volkswagen.
Esportivo
História
A história da Karmann está intimamente ligada à de outra fábrica, a alemã Volkswagen, que como todos sabem forneceu os veículos de guerra para a Alemanha na Segunda guerra, mas sua produção limitava-se apenas à dois modelos: a Kombi e o Fusca, e no pós guerra, o povo alemão clamava por carros de maior luxo e sofisticação, e apenas o lançamento do Fusca conversível não era suficiente para atender essa demanda.
Justamente aí entra a Karmann Ghia, tradicional empresa alemã do ramo de carrocerias, que desde o final do século anterior se ocupava de confeccionar carrocerias de carruagens, e era conhecida na Europa pela qualidade de seus produtos, ganhando assim a confiança da Volks para que providenciasse a produção inicial das primeiras mil unidades do fusca conversível.
Tal evento motivou uma guinada nos negócios da empresa, que naquele momento estavam em dificuldades, ficando familiarizados com a plataforma do Fusca, a Karmann sugeriu à Volks projetar um novo carro esportivo para atender novos mercados.
Mercado
O Projeto
A idéia que a Karmann tentava vender para a Volks, de um coupé esportivo, inicialmente não foi bem aceita pelos executivos da Volkswagen. Preocupado em não decepcionar seu maior parceiro, Wilhelm Karmann foi a Itália pedir ajuda ao renomado Studio Ghia.
Segundo dados não oficiais, Luigi Segre, o responsável pelo studio, apresentou um desenho que não foi utilizado pelos americanos da Chrysler, que agradou muito o proprietário da Karmann. Sendo assim, o estúdio Ghia apressou-se em importar um Fusca pelas mãos de Charles Laudoch.
Em apenas cinco meses o estúdio Ghia conseguiu finalizar a produção do novo coupé sobre o chassi alongado do Fusca, onde foi transportado de Turim para a garagem da casa de Charles Laudoch, que por sua vez tratou de chamar Wilhelm Karmann para verificar o resultado, o que o deixou muito bem impressionado.
Produção
Wilhelm Karman apresentou o protótipo ao presidente da Volks e este o aprovou, acordando então pelas empresas que o carro seria comercializado pela Volkswagen, montado pela Karmann sobre o chassi do fusca, que seria alongado em 30 centímetros para abrigar o novo carro, e o novo nome decidido pela Volks seria Karmann Ghia, em homenagem às empresas envolvidas na construção do projeto.
Raridade
