A Kombi foi um dos automóveis fabricados pela empresa Volkswagen. No Brasil foi ininterruptamente fabricada desde o final de 1956 até o dia 18 de dezembro de 2013, assim que um decreto apontou que todos os veículos fabricados a partir de 2014, deveriam obrigatoriamente ter air-bag duplo frontal e freios do tipo ABS. A Kombi é tida como a antecessora das vans.
Sua robusta constituição monobloco, sem a existência de chassi, independente suspensão com barras de torção, e ainda uma posição excêntrica do motorista no veículo, que ficava sobre o eixo dianteiro e na vertical a coluna de direção, passaram a torná-la um veículo robusto e simples, com um custo baixo de manutenção. Um caso a parte é sua motorização: ainda que os recentes modelos contem com modernos motores, durante cinco décadas o motor da Kombi no Brasil foi o “boxer” com refrigeração a ar, muito resistente e simples.
Sua durabilidade quase sempre era maior que o restante do veículo, sendo bastante habitual a encontrarmos pelas ruas do Brasil com a carroceria destroçada, mas com o motor no mais perfeito estado. Em razão disso, o veículo, quando utilizado a partir de suas especificações padrão, é capaz de ter uma grande durabilidade.
Tipos de Carrocerias
A Kombi já esteve presente em nosso país como:
– O tipo Standard chegou ao Brasil inicialmente com o nome de Kombi – de origem alemã, Kombinations fahrzeug, de forma a demonstrar o tipo multiuso em particular, que tanto poderia ser usada como veículo de passageiros quanto como veículo de carga. Tempos depois o nome passou a ser usado para denominar toda a linha brasileira.
– Com a produção brasileira, o tipo Standard ofereceu diversas configurações, como a “Escolar” própria para abrigar 12 pessoas, ou a versão Luxo, trazida dentre os anos 50 e 60 como veiculo familiar; esta fatia do mercado é atualmente ocupada pelas minivans, como por exemplo, o Renault Scenic e a GM Zafira. Porém, recentemente, o modelo Standard conquistou a versão Lotação, depois da legalização do uso para fazer o transporte público.
– A versão chamada como Trailer era considerada como motorhome e fabricada pela Karmann, fundamentada na Pick-Up.
– No Brasil chegou a ser produzido um modelo Diesel e o mesmo usava o motor do Passat, com alteração da cilindrada para 1600cc, e um indiscreto radiador posto na parte da frente. De forma aparente o radiador ficou harmônico para desenho ou para o motor usado, e o modelo não emplacou nas vendas em razão do superaquecimento, dentre outros fatores.
– Todos os modelos apresentados acima estiveram à disposição contando com todas as opções de carroceria, afora a Pick-up, que parou de ser produzida em 2000, sem nunca ter passado pela reestilização posterior ou contar com o motor 1.400cc com refrigeração a água, tendo somente as versões furgão e standard.
Principais Modelos
Em toda a Europa, e ainda em boa parte de planeta, a Kombi (chamada ainda de Type 2, Transporter, Combi ou Kombi) foi fabricada em sua versão clássica até meados dos anos 70, cedendo lugar a um veículo de dianteira tração e motor com refrigeração a água, que foi importado ao nosso país sob as denominações de Transporter e Eurovan. De forma curiosa, foi o tipo único proveniente do Fusca evoluindo para além do motor refrigerado boxer a ar (deixando de fora o Gol, que tinha somente em comum o motor). Em terras portuguesas ganhou o carinhoso nome de Pão de forma.
Entretanto, da versão do Brasil, não se pode tecer as mesmas considerações. Manteve-se basicamente a mesma carroceria do tipo original, sendo que os modelos vendidos entre os anos de 76 a 96 era uma mistura entre as primeiras e segundas gerações da Kombi alemã, singular mundialmente (basicamente como toda a linha da Volkswagen a ar do Brasil).
O modelo pós 1997 é quase igual aquele fabricado na Alemanha entre os anos de 1972 a 1979 (Clipper, T2b), contando com uma porta de lado corrediça, uma mais alargada tampa do porta malas, diminuição da quantidade de janelas para apenas três, além de um mais elevado teto, alteração única original de verdade.
Em 12/2005 aconteceu a recente alteração trazida pela marca, com a uma motorização refrigerada por meio de água e painel muito parecido com o dos veículos comuns do tipo Fox e Gol. A alteração do motor, de forma a se adequar aos padrões inovadores do Brasil de emissões de gás, lacrou, de maneira discreta, a derrocada do motor boxer com refrigeração a ar, impulsionando inúmeros Volkswagen no decorrer de mais de sete décadas.
Como Era Feita a Identificação dos Modelos Através das Plaquetas
A Volkswagen fazia a identificação de seus diferentes modelos de Kombis numas plaquetas de alumínio, que traziam o tipos de veículo e o número do chassi. A numeração que vinha ao lado da palavra “Tipo”, identificava o veículo de acordo com a tabela apontada logo abaixo, desta forma poderia se atestar se a Kombi carregava mesmo o modelo que demonstrada ter.
Localização da plaquinha:
Nos primeiros modelos de Kombi, a plaquinha restava colocada diretamente no motor, em seu cofre, sendo transferida à estrutura da tomada de ar, localizada à direita até acabar a produção da 1ª geração, o que aconteceu na década de 70 (1975). Nos modelos Clipper, entretanto, a plaqueta está inserida na parte que divide a cabine, ao lado do assento do motorista, até chegar a década de 90, assim que a Volkswagen eliminou tal plaqueta.
Modelo
- 271 – tipo Ambulância
- 265 – tipo Pick-Up com Cabine Dupla
- 261 – tipo Pick-up Simples
- 231 – tipo Standard
- 211 – tipo Furgão
- 204 – tipo Luxo
- 201 – tipo 06 Portas
Apesar de ter tido sua produção interrompida, podemos com frequência ver modelos de Kombi de todos os tipos ainda pelas ruas e estradas brasileiras. Talvez isso se dê pela durabilidade e resistência de sua carroceria e motor, que não deixam em nada dever para o dos veículos mais modernos.
Quem tem mais de 30 anos certamente já fez várias viagens de Kombi por aí, seja para ir à escola ou ainda a passeio e deve ter várias histórias delas para contar. A kombi é um ícone do transporte do Brasil, assim como vários outros veículos da Volkswagen.
Se existe um carro que merece a fama de ser precursor das vans de passageiros e de carga é a nossa querida Kombi, ou a “kombosa”, como é carinhosamente chamada.
O nome tem sua origem no alemão, e vem de kombinationfahrzeug, que significa em bom português, “veículo combinado”, lançando a ideia de um carro multiuso que ganhou as ruas no ano de 1950.
No Brasil, a Kombi foi o primeiro veículo da Volkswagen a ser produzido, sendo lançada em 1957 e continuando até hoje, fazendo do Brasil, o único país do mundo onde o modelo ainda é produzido.
O sucesso da Kombi se deve à sua vocação de ser um carro versátil e também pela sua robustez, explicada pela sua construção monobloco, sem chassi, que o faz um carro simples e com baixo custo de manutenção.
Estes detalhes fazem da Kombi a campeã de vendas na sua categoria, mantendo seu espaço entre os utilitários há mais de 30 anos.