Dodge Charger é a denominação de inúmeros modelos de automóveis fabricados pela Dodge.
Em nosso país, o modelo Dodge Charger R/T, foi produzido até a década de 80:
Características:
Usava estrutura do Dodge Dart como respaldo(o mesmo modelo do Dodge Dart dos EUA de 68/69), e especiais adereços como, diferenciada grade frontal (versões diferentes com o decorrer do tempo), extensões na coluna de trás (uma ampliação que proporcionava aparência de esportividade/agressividade maior).
O teto era em vinil com a mesma tonalidade concebida no acabamento interno, as rodas eram do tipo magnum e opcionais, além de pneus radiais, entradas falsas de ar no capô, e um motor de compressão alta contando com 215 cavalos de potência. Interior e faixas em couro, proporcionando um destaque singular ao Dodge Charger fabricado no Brasil, e com determinados detalhes que não apareciam nos modelos dos Estados Unidos e da Austrália, e nada parecido, já que eram inspirados na estrutura A-Body divergente dos veículos Charger americanos tradicionais.
O diferencial ficava por conta do motor, com 318 polegadas cúbicas e, 5,2 litros, com o nome de small block, em contraponto dos 383 aos 440 polegadas dos modelos americanos que recebiam o nome de big block. Em síntese, não poderia ser considerado um Dodge Charger, o do Brasil era mesmo um Dodge Dart com padrão Charger.
Fizeram uso do nome Charger para conseguir fazer a promoção de vendas maiores, com bastante êxito, já que desde a sua produção ainda no início da década de 70 até meados de 1978 era o exemplar de vendagem maior da produção de Dodges V8.
Modelos Dodge Charger
O modelo Dodge Charger foi uma aposta simples do Charger R/T, porém com aparelhamentos básicos vindos do Dodge Dart como pneus diagonais, calotas, interior em corvim, bancos inteiriços, contando com os adereços todos de série do Charger R/T e, como itens de opção: Rodas Especiais, Motor de 215 cavalos, e parte interna com bancos separados (que não eram de Jersey ou de corvim).
No ano de 73 a Chrysler do Brasil ficou sendo a substituta da Charger e, consequentemente, a fabricante do Charger R/T, que recebeu o sobrenome de LS (luxo sport). Já em 75 foram produzidos somente cinquenta e cinco Dodge Charger LS deixando tal modelo como uma extrema raridade, existindo somente em nosso país, e sendo no ano um sucesso, com grande vendagem da fabricação de Dodges V8, encabeçados pelo Dodge Charger R/T o carro que se tornou sonho de consumo dos brasileiros.
Em meados da década de 70 o Dodge Charger R/T foi inovador, sendo o 1º modelo da linha regular a fornecer rodas de liga de magnésio padronizadas para o veículo, item bastante cobiçado e raro. No caso do modelo Charger R/T não houve continuidade da produção em 1980, em razão da pouca venda, já que o modelo de Dodge mais vendido e cobiçado da época era o Dodge Magnum, recebido pelos amantes de automóveis como sendo um tipo esportivo (ainda que tenha sido o modelo voltado ao luxo, em substituição ao Gran Coupé, e não ao esporte).
Challenger
O modelo Challenger é um desportivo de 02 portas com porte médio, da Dodge. Teve inicio sua produção em 1970, dividindo sua plataforma E-Body juntamente ao Plymouth Barracuda.
O Dodge Challenger empolgou por sua grande variedade de motor. Por exemplo, o modelo R/T ou Road/Track contava com motores, V8 que iam do 335 cv, ao 375 cv, e um carburador de 04 corpos e o Magnum 440 e o cume da linha 426 Hemi V8, com 425 cavalos. Além disso, ainda teve a versão T/A ou Trans Am, que era comercializada quase igual àquela usada para a competição no campeonato Trans Am.
No início da década de 70 o Challenger ganhou novo desenho, tendo ainda em razão das leis de emissão de gases tóxicos, diminuído sua potência. Em 1972 o Challenger teve um ano ruim, tendo a Dodge terminado com o modelo conversível e a R/T. A mais potente versão do Challenger apresentava 440cv de potência. Como forma de substituição ao R/T a Dodge ofereceu ao mercado a versão Rally, com somente 150 cavalos de potência. Em 74 desapareceu o Challenger, fazendo com que seus entusiastas ficassem saudosos daquele modelo da Dodge.
Após muitos anos, em 2006 a fábrica construiu um modelo conceito chamado de Challenger Concept, que trouxe à tona o Challenger com um novo motor, Hemi V8 com potencia de 425 cavalos, sendo um grande sucesso nos EUA. Esse modelo também ganhou importância em nosso país, especialmente pela velocidade, que fazia de 0 a 100 km em apenas 3,5 segundos, alcançando os 320 km/h. O modelo ainda apresenta uma versão nova para 2015, o Challenger Hellcat que traz 717 cavalos de potência.
Mais Informações
A Dodge Challenger, em 1971, teve participação no filme Vanishing Point atuando como o carro de fuga.
O R/T Charger de 1979 é bastante raro e foi muito alterado se for levado em consideração aquele modelo do ano anterior.
A Dodge lançou duas versões novas: o sedã Magnum e o cupê de 04 portas Le Baron. Tops da linha Chrysler, tinham preço mais alto que o R/T e conseguiram uma boa vendagem no mercado, em razão da proibição das importações na década de70. A estrutura era igual a do Dart, com exceção das partes traseira e dianteira, feitas com material plástico e fibra-de-vidro, o que admitia as alterações de estilo a um baixo custo.
O Charger R/T conseguiu sobreviver a um longo tempo ao alto preço da gasolina, em decorrência da crise do petróleo que começou com o conflito no Oriente Médio, também em 1973. O modelo Dodge foi produzido até 1981, assim que a Volkswagen assumiu o domínio da Chrysler do Brasil, parou a fabricação.
A História da Dodge
Há aproximadamente um século, os irmãos John Francis Dodge e Horace Elgin Dodge resolveram usar as peças automotivas que faziam desde 1900 e fabricaram um veículo para fazer frente ao Ford Modelo T. Já em 1914, o carro era o Model 30, o 1º veículo fabricado pela Dodge.
Até aquele momento, os Dodge fabricavam apenas peças próprias para motores e de chassi e as comercializavam para inúmeros fabricantes de automóveis situados em Michigan, especialmente a Oldsmobile e ainda à Ford Motor Company.
O primeiro carro dessa linha de carros incríveis e cheios de conceito foi o Dodge Charger de 1964 que era mais do que apenas um carro, pode ser definido como um verdadeiro espetáculo. Um dos diferenciais desse carro era ser equipado com um motor 426 Wedge.
O Lado Mais Emocionante da Vida
A frase de lançamento do Dodge Charger no Brasil em 1978 foi “O lado mais emocionante da vida”. Aliás, foi com esse modelo que a Chrysler do Brasil conseguiu se reerguer em 1979. A linha de esportivos remodelados salvou a empresa, os carros de 1979 contaram com mudanças tanto em sua frente quanto na traseira e passou a contar com modelos como LeBaron, Dart, Magnum e Charger R/T.
Uma curiosidade é que o Charger até o ano de 1978 contava com extensões das suas colunas traseiras. Uma forte inspiração nas famosas lanchas da década de 1960. O que se observou nesse momento é que o Charger de estrela passou a ser nada mais do que um upgrade do modelo Dart. Algo que já avisava aos mais atentos que o fim estava próximo uma vez que houve a compra da marca pela Volkswagen.
Dodge Charger – Modelo Raro
O Dodge Charger de 1979 foi visto pelos faz dos Charger como sendo um modelo muito discrepante do restante. Apesar da sua má fama esse Charger entrou para a história dos carros já que teve uma produção bem baixa no Brasil, menos de 200 exemplares. Com isso é um carro bastante raro, marcou a grande mudança nos modelos Charger.
Dentro do Dodge Charger
No que concerne às dimensões internas do Dodge Charger podemos observar que nada foi alterado. O carro ainda contava com bastante espaço na frente e atrás devido ao seu túnel central e a altura menos elevada do assento. Para alguns motoristas o interior do Dodge Charger é um tanto quanto abafado devido a persianas externas que são chamadas de “opera window” em especial quando comparamos com o espaço interno que temos no Magnum.
Trata-se de um item decorativo que pode tornar mais difícil a limpeza dos vidros, mas que contribui bastante para o estilo do carro. Um recurso visual que mudou o desenho da lateral do carro, um recurso que já havia sido usado para mudar a silhueta do Dodge Aspen R/T de 1979 dos Estados Unidos.
O Couro e o Esportivo no Charger
Outra novidade que apareceu em 1979 foi a alteração dos revestimentos de tecido pelo couro. Os revestimentos de tecidos era característicos dos Charger até aquele momento. Além disso, os bancos tiveram os seus encostos elevados e o contagiros – que era um item obrigatório para carros esportivos – foi limado e substituído por um relógio que até hoje é definido como inútil já que os proprietários desse tipo de carro tinham relógios de pulso.
Sem Mudanças
Dentre o que não mudou nesse carro podemos citar o painel de instrumentos com os seus típicos grafismos além do acionamento dos vidros que era feito por manivelas e a almofada de proteção.
Pequenos Mimos
No Dodge Charger tem um console central com um prático porta-objetos que tinha junto uma alavanca de câmbio com freio para estacionamento. Uma coisa bem interessante desse modelo era que o seu espelho retrovisor tinha controle remoto que funcionava por cabos, contudo, não havia a opção para o espelho do lado direito.
O Visual Externo do Dodge Charger
O carro contava com visual em dois tons o que se mostrava o grande diferencial de um carro em 1979. Dentre as opções estavam bege e marrom ou então a combinação de azul claro e azul escuro. Para garantir que houvesse mais qualidade de acabamento no espaço em que as duas cores se encontram foi usado um filete adesivo.
Os modelos Dodge de 1978 sofreram grandes mudanças no ano de 1979. O design da frente imitou o dos Dart para se parecer com os modelos norte-americanos de 1973. O carro passou a contar com os faróis bi-iodo e ainda com fibra de vidro no seu “nariz”. Já na parte traseira o modelo passou a ter conjunto de lanternas horizontais igual das linhas Dart, Swínger e Custom. Também acrescentaram novos para-choques com o acabamento de fibra de vidro que copiava o sistema retrátil.
Entendendo a Mecânica do Dodge Charger 1979
O modelo continuou tendo o motor 318V8 que contava com 5.212 cm3 além de 208 cv de potência a 4.400 rpm. Contudo, o que era melhor do que a potência era o seu torque que oferecia ao motor dos modelos nada menos do que 42 kgm a 2.400 rpm, o que significa um elevado torque mesmo nas rotações baixas.
O carro ainda contava com caixa de câmbio Clark que era manual com quatro marchas contando também com alavanca no console central e com engates bem suaves e precisos desde que fossem ajustados corretamente. Uma opção era receber a caixa de mudanças automática que possuía seletor no console. Comparando com os padrões de hoje podemos dizer que a embreagem é um tanto quanto pesada.
Freios Nacionais
O sistema de freios desse carro seguia o padrão que era usado na indústria nacional com discos dianteiros na frente e com os tambores na parte de trás. O desempenho dos freios pode deixar um pouco a desejar quando ele é exigido muito intensamente. Contudo, no que se refere a hidráulica é bastante leve o que torna possível fazer algumas manobras utilizando apenas uma das mãos. Quando pensado no contexto da década de 1960 o Charger é um carro bastante sofisticado.
A História do Charger
O surgimento do Charger se deu num momento em que havia a busca por um novo paradigma no mercado automobilístico. A ideia que resultou no Charger combinou o conceito dos carros compactos com motores com mais potência que foram desenvolvidos a partir dos muscle cars que eram um dos grandes fenômenos de vendas a época. Nessa categoria merecem destaque dois modelos os Dodge Charger e os Challenger que se imortalizaram. Até hoje são carros com grande personalidade e com muito a dizer.
Para quem gosta de carros,falar sobre alguns modelos chega a ser uma coisa extremamente emocionante. Alguns modelos de carros provocam um fascínio tal em quem é aficionado em automóveis, que para algumas pessoas, pode parecer exagero.
Mas só quem alimenta essa paixão por carros, especialmente aqueles mais antigos e clássicos é que consegue entender o que se sente quando nos deparamos com um modelo raro, tunado ou um clássico.
E este é o caso do Dodge Charger, uma verdadeira lenda dos colecionadores e um objeto de desejo de quem quer um carro antigo em que possa personalizar e aproveitar toda a sua potência.
No Brasil, o modelo foi fabricado atéo ano de 1980 e eram fabricados sobre a carroceria do Dodge Dart, mas continha detalhes que faziam toda a diferença, como seu inconfundível teto em vinil, suas rodas Magnum dotadas de pneus radiais, suas faixas laterais, seu interior com aplicações em couro e, claro, seu motor de alta compressão que entregava 215 cavalos de potência.