O trânsito é uma das maiores preocupações das pessoas. Isso porque, quando ele está muito caótico, é muito difícil conseguir chegar a algum lugar num prazo estipulado. Podemos ver isso em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, que sofrem com o tráfego alto de veículos, principalmente em horários de pico. Diariamente, os noticiários mostram o drama dos motoristas que levam quase duas horas para chegar em um local cujo o tempo normal para chegar não chega nem a 20 minutos.
Quais foram os motivos para se chegar a esse ponto? Muitos especialistas divergem quanto a eles. Alguns apostam que os governos não se atentaram com o crescimento de carros rodando nas estradas e, por isso, não tomaram as devidas providências estruturais e as consequências se refletem hoje. Outros já indicam que as classes mais pobres conseguiram o seu lugar na economia, tendo uma condição de vida mais propícia, o que fez com que a compra de automóveis e outros insumos fossem facilitados. Com o aumento no salário e facilidades de pagamento, ficou mais fácil adquirir o primeiro carrinho, tendo acontecido isso a grande parte da população. Alguns ainda dizem que foi uma combinação da má administração governamental e do aumento de carros que culminou com os cenários de congestionamento nas grandes cidades.
Agora, faça uma breve reflexão: se o trânsito já é uma loucura em alguns locais, imagina se não houvesse regras e sinalizações específicas para a fluidez do trânsito? Pois é. Seria muito mais difícil e bagunçado do que já é. E, agora, você vai conhecer um pouco mais sobre a sinalização que nós vimos nas estradas e demais vias desse grande Brasil, a nossa casa.
A Sinalização de Trânsito no Brasil
O Brasil é um grande país, sendo um dos cinco maiores de todo o planeta. Isso faz outros países considerem que a nação brasileira possa ser considerada como um país continental, devido à grande dimensão territorial. Só para ter uma noção, caberia praticamente uma Europa inteira dentro das terras tupiniquins. Além de sua grandeza territorial, temos também uma grande riqueza mineral, natural e cultural. Enfim, o país tem tudo para ser uma grande potência mundial. O que ainda está dificultando essa entrada no hall dos países mais desenvolvidos é justamente a desigualdade social, a pobreza e, acima de tudo, a corrupção.
Como faz parte das 10 maiores economias do planeta, o Brasil precisa de modais de transporte para que os produtos industriais possam “vazar” para os mercados internos e externos. E, para isso, conta com transporte rodoviário, aquático e ferroviário como sendo os principais. Muito se crítica, ainda, o porquê de o Brasil extinguir grande parte de sua malha ferroviária em favor do uso das malhas rodoviárias, já que o país é conhecido por ter uma das piores estradas do planeta. Além de ser de mais fácil manutenção, o transporte ferroviário é mais barato e pode chegar a diversos locais do país, diferente do rodoviário. Muitos acreditam que a adoção da malha rodoviária como modal principal veio como uma solicitação das indústrias automobilísticas para poderem se instalar por aqui.
As estradas são melhores conservadas no eixo Rio-São Paulo, além dos arredores, além dos locais onde a agricultura é bastante forte. E, juntamente com as condições da estrada, a sinalização é importante para manter tudo funcionando em ordem. No Brasil, a sinalização de trânsito obedece a Convenção de Trânsito Viário, convenção essa que foi realizada na Áustria, em 1968. As melhoras que vieram com essa convenção foram baseadas na engenharia de trânsito nos Estados Unidos, uma referência no planeta. São mais de 115 placas de sinalização, entre regulamentação e, também, placas educativas. Todas elas têm o objetivo maior de servir de instrução aos motoristas, principalmente as que são de regulamentação, e estão mais presentes dentro dos centros urbanos. Inclusive, as placas de regulamentação são feitas utilizando a cor branca e vermelha, diferente das placas de sinalização, que se encontram nas estradas e utilizam as cores amarela e preta. As placas educativas, no caso, já utilizam as cores pretas e fundo branco.
Geralmente, as placas são autoexplicativas, tendo poucas que fogem à essa regra, podendo precisar de um reforço extra nas aulas teóricas de direção. É na autoescola, geralmente, que as pessoas têm um contato mais aprofundado com essas placas de sinalização, já que é importante saber sobre elas ao migrar para as aulas práticas e, também, para poder passar na prova, já que há questões onde necessita interpretar o que algumas placas querem dizer.
A sinalização é por conta do estado. Ou seja, é obrigação dele manter a sinalização conservada e instalá-la em locais que necessite. Porém, em alguns locais isso não acontece da maneira correta. Muitas pessoas, inclusive, questionam tal posição, já que se paga muito imposto para que esses serviços sejam prestados de forma insuficiente.
Infelizmente, é comum também que a sinalização de trânsito seja furtada, mas, geralmente, não são com o intuito de fazer dinheiro com a venda das placas, mas sim, como pura forma de decoração para as casas. Tais ações só colocam em prejuízo o cidadão, já que se gasta um dinheiro maior para poder repor essas placas furtadas.
Mas vamos combinar: não adianta uma sinalização perfeita, bem cuidada e a estrada ou via não apresentar uma condição adequada de uso, não é verdade? Pois é. Em alguns locais do Brasil, acontece o seguinte fenômeno: estrada horrível, sinalização nova; estrada ótima, sinalização precária. Ou seja, é necessário que a reposição de placas e a manutenção das rodovias seja feita com afinco e em simultâneo, para que não haja discrepâncias tão grandes como essas.
Existem diversas propostas que visam mudar a forma como se sinaliza algo aos motoristas. Um deles é a substituição de alguns tipos de placas por painéis de TV, com o intuito de se poder fazer uma sinalização mais flexível, isto é, o que o momento pedir, para que a troca não seja demorada e, assim, não atrapalhe a dinâmica das ruas. Mas, enquanto isso não chega, vamos preservar as placas para que possa ajudar os nossos amigos motoristas.