Não é mais novidade nos grandes centros os imensos congestionamentos que fazem o trânsito entrar em clima de guerra e caos, resgistrando freqüentemente números de quase 300 quilômetros de engarrafamentos. Em São Paulo, foco desta matéria, se enfileirássemos toda a frota envolvida em congestionamentos, teríamos condição de chegar até Jaú, no interior, partindo da Praça da Sé, na capital. Segundo dados de uma pesquisa encomendada pelo Metrô, nos últimos dez anos, o tempo gasto em trânsito, seja de carro ou coletivo aumentos em 6%, e piora ainda mais quando há fim de semanas prolongados, vésperas de feriados, volta às aulas e outros eventos deste gênero. De 2000 para cá, a velocidade média do trânsito na capital despencou dos “velozes” 25 Km/h para impressionantes 15 Km/h, com um índice médio de 138 quilômetros de congestionamento de média mensal, uma distância que dá para chegar na cidade Limeira, todo dia, só de extensão de trânsito engarrafado.
Situação Preocupante:
Cerca de três milhões e meio de veículos estão espalhados por São Paulo, que tem um déficit crônico de escoamento viário, que anda a beira do colapso, vide os crescentes índices de congestionamento e a lentidão da velocidade média de congestionamento. A cidade, através de seu governo trava uma batalha para reduzir esse déficit, tentando resolver o problema crônico do transporte coletivo: o metrô, que é a única maneira de seduzir o público que tem o veículo próprio a deixar o carro em casa e andar no sistema público, por sua velocidade e pela descomplicação nos principais acessos da cidade.
As Alternativas
Enquanto as filas viárias estão cada vez maiores, uma das alternativas para disputar o fluxo de trânsito sem rivalizar o tráfego veicular será o metrô, que até o final de 2010 ganhará mais vinte quilômetros de linhas no dispendioso mas extremamente necessário projeto de expansão da malha que a Prefeitura da Capital anda fazendo. Concluído o projeto, a cidade estará interligada com cerca de oitenta quilômetros de linhas metroviárias, número considerado pequeno, tendo em vista a magnitude da metrópole paulistana, em relação à Londres, que tem sua malha composta de mais de 400 quilômetros ou mesmo da Cidade do México, que tem mais de duzentos quilômetros de linhas. Outra expansão em curso é a readequação da companhia de trens metropolitanos, que pretende após essa equalização atingir 160 dos 261 quilômetros da sua linha com serviço de qualidade de metrô. A intenção é que os trens cheguem a estação de 6 em 6 minutos em mais de 90% dos casos, como o que acontece hoje no metrô.
O Bom e Velho Ônibus
Outra medida que já é em parte benévola para o trânsito é a racionalização da frota, instituindo o tráfego em corredores e terminais. O modelo, chamado de troncal, funcionaria um corredor que ligaria periferia e centro, com ônibus maiores e mais rápidos. Nas extremas de tronco, circulariam ônibus de menor capacidade, que seriam obrigados a entrar no ramal do trânsito comum, mas com maior mobilidade, uma vez que o maior fluxo de ligação seria suprido pelo terminal e corredor. Por fim, esperamos todos, motoristas, pedestres e usuários do transporte coletivo, que estes estejam equalizados e trabalhando desafogados, com mais qualidade e menos volume.