Os câmbios automatizados não são nem manuais, nem automáticos, mas uma mistura dos dois. A tecnologia já é antiga na Fórmula 1, criada em 1989 especialmente para a categoria, e consiste na substituição do sistema de alavancas de câmbio convencional por um hidráulico com a mesma função. Eles começaram a ser usados em carros de luxo europeus como o Alfa Selespeed e a Ferrari 355 F1, a partir do ano 2000.
A novidade agora é a aplicação dessa tecnologia em carros mais acessíveis, como Meriva, Stilo, Corsa e Punto, dentre alguns outros modelos. Nesses carros eles ganharam os nomes de Easytronic e Dualogic.
As maiores vantagens para o usuário final desse tipo de câmbio são a praticidade e a comodidade. A ideia é ter o conforto do câmbio automático e a esportividade do manual.
Essa também é uma boa opção para quem compartilha o carro e cada um prefere um tipo de câmbio, isso acontece muito entre casais, normalmente as mulheres preferem o câmbio automático, enquanto os homens gostam de sentir a troca de marchas.
O preço, apesar de não muito popular ainda, é bem mais acessível que o de um modelo europeu ou mesmo de um câmbio automático propriamente dito.
O Dualogic custa cerca de R$ 2500, contra os R$ 4 mil de um automático de fato, em alguns modelos é dada a opção de instalação de borboletas atrás do volante para a troca de marchas, em média mais uns R$ 800. Em alguns modelos, como o Meriva, o câmbio automatizado não pode ser instalado como um opcional, ele existe apenas na versão Premium.
Para motoristas mais experientes, a diferença entre o automatizado e o automático é notada imediatamente. Nos automáticos de última geração a troca de marchas não é notada, já nos automatizados, ainda que suaves em relação aos manuais, os trancos da troca de marchas pode ser sentido.
Um problema que algumas versões de Dualogic apresentaram, mas que vem sendo corrigidos a cada nova edição, é a indecisão ao trocar as marchas em algumas manobras, quando a caixa de marchas acaba “não sabendo” se deve reduzir uma ou duas marchas, o que pode acarretar na entrada de marchas erradas.
A diferença média de tempo de troca de marchas em cada um doa modelos varia por poucos segundos, para chegar a 100km/h, o Stilo por exemplo, leva 13,7 segundos no câmbio manual, 14,4s no Dualogic com borboleta no volante e 15,3s no Dualogic com alavanca.
Situação semelhante ocorre em outros carros com essa tecnologia, ou seja, mudar as marchas no modo manual ainda é um pouco mais rápido.
Resumindo, o câmbio automatizado é direcionado a motoristas que querem praticidade, preço acessível e que não procuram por uma direção extremamente refinada.
