As semelhanças externas entre o Alfa Romeo 159 e o Alfa Spider se limitam ao desenho da frente do carro. Isso se torna claramente evidente quando chegamos mais perto e testemunhamos um test drive feito no esportivo.
Os desenhos entre os dois carros italianos é semelhante mas possuem plataformas completamente diferentes e também foram projetados por profissionais extremamente gabaritados mas de lugares diferentes. Enquanto o sedã 159 veio concebido pelo estúdio Giugiaro, o esportivo Spider foi concebido pelo tradicionalíssimo Studio Pininfarina.
Interiormente, o Centro de Estilo da Alfa Romeo concebeu o interior dos dois modelos bem ao estilo do que a marca pede tradicionalmente, e ficaram bem parecidos, se limitando à diferenciação pelo grafismo e o jogo de cores que cada modelo pede, com o tradicional quadro de instrumentação do motorista bem próximo ao motorista.
Test Drive
Fica claro que este test drive foi realizado num autódromo e que como não pode deixar de ser, o Spider era mais apropriado para transitar sob este tipo de terreno.
Mas o 159, sedã de natureza com o sangue quente dos italianos não deixa a desejar e mostra uma agradável sensação de querer pisar mais forte, como no modelo esportivo, devido ao seu acabamento caprichado, com rodagem suave e estofamentos de couro muito confortáveis. Contrário ao que manda a maioria dos sedans de luxo, como a BMW M3, o 159 se mostra agressivo, feroz e bem mais atirado do que o comportamento padrão sugere.
Quando se assume o volante do Spider, a sensação é maravilhosa. Com um entreeixos mais curto que o sedã, acabamentos, desenho, aerodinâmica e acessórios projetados para ser um carro de lazer a todo e qualquer momento que o seu proprietário deseje, temos a sensação nítida que estamos dentro de um carro que muda por completo a sensação com que o motorista sente o ambiente, mesmo o carro com sua capota de couro fechada.
A versão mais antiga da fábrica, dos longínquos anos 60 e 70 era marcada pela agressividade aliada à simplicidade, o que foi alterado para muito melhor com todos os aprimoramentos que os componentes sofreram nos atuais Spider, recalibrados para otimizar o desempenho até sua carroceria, que mesmo dispondo da capota, se apresenta bem rígida, dando mais conforto e segurança ao modelo.
Deficiências brasilis
Os fãs da marca italiana conhecem bem o potencial que o motor 2.2 JTS que equipam os Spider podem fazer. Dentre muitos atributos como o duplo comando de válvulas variáveis de admissão, fazem o motor gerar 185 cavalos e 23,4 mkgf para o torque, mas esbarra num problema quase ridículo: devido ao seu sistema de injeção direta de combustível, ele não funciona e tem sua vida sensivelmente abreviada com as elevadas taxas de enxofre que a gasolina comum que o brasileiro utiliza, devendo segundo à Fábrica, ser utilizado somente combustível do tipo premium, que tem reduzido teor de enxofre.