Fusca a Álcool Original

Ter um carro sempre foi o desejo de grande parte da população, que não vê a hora de deixar, de lado, o temido e muitas vezes problemático transporte público. Além disso, enxergam nos carros como uma forma de independência de familiares, como por exemplo, os pais, e, também, um símbolo de ascensão social, já que muitas pessoas creditam à compra de um carro como um símbolo de status e poder.

E, no Brasil, essa cultura é levada bastante à sério. Por exemplo, aqui, é bastante comum encontrar em uma rua modelos que acabaram de sair das fábricas e modelos que já estão na ativa há mais de 50 anos, acredite. Isso pode ser explicado pelos grandes custos envolvendo a posse de carros novos, como IPVA, emplacamento, e uma lista infinita de taxas. Os carros antigos, por sua vez, também possuem taxas, mas menos pesadas do que as que são praticadas com os carros zero quilômetro.

E é por isso que podemos encontrar nas estradas, até hoje, carros como o Fusca, o tradicional “besouro” da Volkswagen que é o alvo desse artigo de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre esse carrinho, bem como algumas informações bastante interessantes sobre o modelo movido à álcool. Vamos lá?

O VW Fusca

A Volkswagen foi fundada em pleno governo nazista na Alemanha, sob a tutela de Adolf Hitler, que queria fazer a economia alemã se aquecer e, pra isso, ajudou a funda a montadora e, de quebra, participou no desenvolvimento do primeiro carro da empresa que devia seguir os seguintes anseios: ser compacto, barato, construído com material de qualidade e que pudesse carregar quatro pessoas, o que era a formação de uma família comum Alemã. E assim, criaram diversos protótipos que, ao final, se revelaram no desenho do Fusca como conhecemos hoje.

Vale frisar que a estrutura do Fusca foi totalmente desenvolvida para que também pudesse ser aproveitada com fins militares. E, por isso, a estrutura e plataforma do Fusca serviu de base para veículos que foram utilizados, inclusive, na Segunda Guerra Mundial. Isso se justifica pela grande possibilidade de o Fusca ser resistente para vários ambientes. Inclusive, um dos carros baseados na estrutura do fusca foi um veículo anfíbio, que podia andar tranquilamente sobre terra firme, bem como no meio da água.

Depois da Segunda Guerra, onde a Alemanha saiu derrotada, e, consequentemente, o Partido Nazista foi deposto, com a morte de Hitler, a Volkswagen continuou o seu trabalho, fabricando o Fusca, que começou a se popularizar pelo mundo, além do crescimento da montadora, que teve a sua primeira filial internacional no Brasil, que foi instalada por aqui durante a década de 1950. Com a chegada da fábrica por aqui, os Fuscas começaram a ser produzidos e exportados para diversos países do continente americano. Curiosamente, o modelo da Kombi, que foi lançado pela Volks Alemã e foi importado para cá, só começou a ser fabricado em solo brasileiro no final da década de 50, e permaneceu em produção até o ano de 2013, tamanho foi o sucesso do modelo em terras brasileiras. Isso se deu, basicamente, por causa da Kombi ser, além de um automóvel, um utilitário, perfeito para poder carregar diversos tipos de cargas.

Mas, voltando à história do Fusca, ele teve diversas gerações aqui no Brasil, sendo as mais conhecidas as que foram lançadas nos anos 1960 e 1970, especialmente a geração que fora fabricada em 1960, que possuíam contornos e detalhes típicos de um carro clássico. Hoje, por exemplo, um modelo da década de 60 bem conservado não é vendido por menos de 15 mil no mercado.

Inicialmente, o Fusca teve um período difícil. Apesar de muita gente dizer, ele não foi um modelo fácil de ser vendido, e isso se justifica pelo seu preço, que não era o mais barato a ser praticado. Para você ter uma ideia, em 1949, quando o Fusca começou a desembarcar nos Estados Unidos, foi fechada uma parceria com a concessionária da marca Chrysler para que os Fuscas pudessem ser vendidos na rede. Naquele ano, apenas duas unidades do veículo foram vendidas.

No entanto, a fama de “resistente” do Fusca começou a se espalhar rapidamente, combinada com a mecânica simples, mas que tinha menos chances de dar errado. E, com isso, o Fusca começou a caminhar o seu caminho rumo ao sucesso.

Como já dito, no Brasil, o modelo foi um dos mais vendidos, sendo produzido, ininterruptamente, entre o fim dos anos 50 até o ano de 1986, quando a VW, justificando uma readequação nos planos da empresa de lançar um veículo com a “cara” do Brasil, decidiu extinguir a produção do modelo. Mas essa extinção não durou muito tempo em 1993, quando o então presidente Itamar Franco assumiu o poder, com a cassação do mandato do ex presidente Fernando Collor, foi pedir, juntamente ao Conselho da VW, para que retornasse à produção do automóvel por aqui, como uma forma de tentar levar ao povo um carro “popular”. A produção, então, durou de 1993 a 1996, muito por essa nova leva de Fuscas não atingirem as metas propostas, sobretudo, pelo seu preço, que não acabou sendo baixo o suficiente.

O último fusca a ser produzido no mundo foi fabricado no México, em 2003, e tal modelo se encontra no Salão de exposição da empresa na Alemanha.

O Fusca à Álcool

O motor à álcool começou a ser popularizado no Brasil entre os anos de 1970 e 1980, e o Fusca chegou a ter modelos do tipo para venda, embora sejam muito raros, pois, os modelos à gasolina eram muito mais vendidos. A versão à álcool mais vendida foi a 1300, que não durou muito tempo. No entanto, na internet, existem diversos tutoriais que mostram que é possível converter um fusca para que ele possa ter um motor à álcool ou “total flex”, ou seja, que aceite ambos os combustíveis. No entanto, é recomendado que se analise o motor dele e verifique que o motor seja compatível com o álcool, já que, se o mesmo não for compatível, pode trazer diversos problemas. Além disso, vale lembrar se realmente vale a pena a conversão, pois o consumo de gasolina pode ser, as vezes, mais vantajoso.

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Categoria(s) do artigo:
Volkswagen

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