Após rodarem 8.700 Km durante 13 dias em cima de uma moto, os aventureiros Luca Silveira e Leandro Bazotti com suas motos retornam para o Brasil com imagens que nunca vão esquecer.
Estrada Da Morte
Em uma velocidade média de 100 km/h, os motoqueiros aventureiros traçaram o rumo com destino à Bolívia e seguiram em frente. Cruzando os estados brasileiros de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, partindo da Capital Gaúcha Porto Alegre com objetivo de atravessar a temida “Estrada da Morte” (como ficou conhecida a Estrada Yungas) que liga La Paz a Corico, e que ganhou esse terrível adjetivo por se tratar de uma estrada literalmente cravada em meio à Cordilheira dos Andes com curvas sinuosas que estão localizadas a mais de 3000 metros de altitude, e que em muitos trechos chegam a ser tão estreitos (e ainda de mão dupla) que um carro já passa com muita dificuldade, tornando qualquer deslize uma fatalidade.
Mas, o maior momento de dificuldade e adrenalina segundo Luca Silveira, foi cruzar a fronteira entre Brasil/Bolívia. Pois se trata de uma das rotas mais temidas de uma terra sem leis, onde milhares de assaltos seguidos de morte ocorrem com frequência, por ser justamente por essa divisa que os traficantes e produtores de cocaína usam para trazer drogas ao Brasil. Luca Silveira conta também que foram perseguidos por quase 60 km.
Morte Estrada
Tivemos muita sorte e fomos muito astutos. Quando percebemos que se tratava mesmo de uma perseguição e que poderíamos ser assaltados e mortos ali mesmo, desligamos os faróis das motos e aceleramos muito em meio à escuridão até achar um local “no meio do mato” para nos atirar-mos, e por ali ficamos por muitas horas até recuperarmos o fôlego e estamos certos que os perseguidores haviam desistido e se foram, lembra Luca.
Após retomarem o fôlego, continuaram sua travessia, que foi um sucesso. E, mesmo depois de chegarem a La Paz e tendo um pouco de dificuldade de conseguir gasolina por serem estrangeiros, conseguiram através do famoso “jeitinho brasileiro” arrumar gasolina suficiente para atravessar as dezenas de barreiras de protestantes que bloqueavam as principais saídas da Capital Boliviana.
Estrada
– A felicidade e fim da angústia (por incrível que pareça) foi quando chegamos na Estrada da Morte, pois lá pudemos apreciar toda a beleza selvagem das imensas cadeias de montanhas dos Andes e voltar com um sentimento de vitória para o Brasil, pois foram vários meses de planejamento para essa viagem – Conclui Luca.
