A Yamaha fabrica motos no Japão desde a metade dos anos 50 e seus primeiros modelos foram cópias de modelos alemães da DKW e da Adler. Em 1970 a Kawasaki lançava um dos modelos mais rápidos das suas faixa de potência a Mach 500, o que provocou a criação de uma moto de 350 cilindradas, nascia a RD 350, em 1969.
A Chegada ao Brasil
Com chegada no mesmo ano de sua criação através da importação a RD chegou para competições de velocidade rivalizando com as Ducati, trazia uma importante evolução no motor de dois cilindros e dois tempos: o sistema Torque induction reed valve. Devido ao seu baixo peso e suspensão firme, aliado à transmissão de torque quase nula em rotações baixas, a marca da RD era uma estilingada de potência quando você chegava em rotações mais altas, devido a isso ganhou o apelido de viúva negra, em alusão à perigosa aranha com o modelo, que só encontrava resistência com as poderosas Honda CB Sete Galo. Nisso, em 1974 a vantagem do modelo da Yamaha ficou maior ainda com escapamentos dimensionados, que aumentavam potência elevando o número de giros, fazia ainda mais difícil dirigir a máquina, devido a deficiência natural de freios que possuía, além da falta de habilidade do piloto.
Modificações
Em 1979 a RD ganhou um sistema de arrefecimento à líquido, ignição eletrônica e o primeiro sistema de suspensão monocross para uma moto de estrada, com um único amortecedor pneumático em horizontal. Em 1980, a Yamaha reforçou sua característica esportiva, dando-lhe uma semi carenagem, raios duplos nas rodas de alumínio e freio a disco duplo nas rodas traseiras, mantendo o sistema a tambor na frente. Leve e com as mesmas 347 cilindradas, era uma moto peculiar quanto à velocidade, pois dependendo do piloto dava canseira em até motos de quatr cilindros e de 750 cilindradas.
YPVS
Devido ao crítico problema de atirar gases quando o motor chegava à beira dos 6 mil giros, a Yamaha lançou uma inovação: o controle de potência de válvula, que tinha a função de diminuir a absorção dos gases queimados através de parcial bloqueio da janela dos cilindros através de um microprocessador.
Superesportiva
Na metade dos anos 80 a Yamaha revitalizou a linha trazendo uma nova carenagem acoplada ao quadro, grafismo moderno e retrovisores acoplados, ganharam em nossas terras o apelido de orelha do Mickey. Mudança também no tamanho dos pára brisas e nas lanternas traseiras, agora retangulares.
Orgulho Nacional
Em 1987 veio a prova final do sucesso da RD 350: a Yamaha do Japão, numa atitude inédita, descontinuou a produção da RD no Jpão para que todas as unidades do mundo fossem produzidas no Brasil. O fim da vida da RD foi em 1993, depois de trinta anos de produção.