Andar de moto é, para algumas pessoas, como uma aventura. Diferente do carro, que oferece uma estrutura maior e mais confortável a quem o controla, a moto é dotada apenas de um corpo metálico sob duas rodas, que precisa, mais do que nunca, da habilidade e perícia do seu condutor para poder chegar ao seu destino com rapidez e segurança.
Enquanto muitas pessoas amam a velocidade e a destreza que a moto lhes proporciona, outras pessoas tem verdadeiro pavor dos veículos de duas rodas, alegando que, para eles, ela não é tão estável como um carro, o que pode, segundo eles, colocar em risco a sua vida. Sabemos, no entanto, que andar de moto não é um bicho de sete cabeças, mas requer força de vontade em aprender e, principalmente, em atenção.
Para os aficionados e entusiastas de aventura em duas rodas, vários esportes utilizando motos passaram a existir, como o motocross. E, esse post tem por objetivo, mostrar um pouco mais sobre esse esporte, e algumas curiosidades que o cerca. Confira.
O Que É O Motocross?
O Motocross, que pode ser abreviado para MX ou simplesmente Moto X, nada mais é do que um esporte radical, que envolve provas de velocidade em locais que, geralmente, não dispõe de um bom terreno, como trilhas no meio da mata, em zonas rurais, entre outros. Em suma, o motocross se caracteriza por uma competição de diferentes estilos e potências de motos.
Muitas pessoas acreditam que não deve ser necessário um preparo físico por parte do candidato, visto que a moto pode tomar conta de tudo sozinha. Não é bem assim. Para que um motoqueiro possa ter um desempenho satisfatório nas provas, é necessário que ele tenha uma boa aptidão física, já que, durante a prova, é demandando grande esforço físico, sobretudo no tronco, nas pernas e joelhos, com o intuito de se conseguir uma melhor tração e, por consequência, angariar melhores posições durante a competição.
Muitos especialistas dizem que as pessoas não conseguem ver os esforços dos competidores por conta da roupa que utilizam, que é muito pesada e densa, sendo comparada às armaduras que os antigos cavaleiros medievais usavam. Com os apetrechos e roupas, fica fácil deduzir que o ato de transpirar, que é uma resposta natural do corpo para resfriar o organismo em uma situação de excitação energética fica dificultada embaixo de tanta proteção. Por conta desse aumento de temperatura resultante do esforço e o acúmulo de suor, já que ele não tem por onde sair, demandam um preparo ainda mais brutal para o praticante de motocross. Tanto que, quando ele realiza um salto, que, para muita gente, é um dos pontos altos da corrida, para o motoqueiro é uma forma de alívio e de relaxar perante a tensão vivida dentro daquela roupa.
Enquanto estão sob um veículo que chega a pesar mais de 100 kg, os pilotos precisam utilizar seus braços, joelhos e pernas para se equilibrarem nos terrenos acidentados e manter a moto em movimento e avançando, utilizando os joelhos e pernas para absorver os invitáveis impactos que surgem, para evitar que a moto entre em um processo de perda de direção, cause um acidente ou, no melhor dos casos, perca posições para o concorrente.
Um renomado Instituto de saúde estadunidense reuniu praticantes de motocross, futebol americano e basquete para determinar o quão foi desenvolvida as condições cardíacas, musculares e de stress dos pilotos de motocross. Foi constatado que o desenvolvimento de tais áreas citadas nos praticantes de Motocross foi o mesmo dos que praticavam futebol americano ou basquete.
No Brasil, há uma série de vencedores em diversas categorias do motocross, sendo o catarinense Milton Becker, conhecido por todos pelo seu apelido de “Chumbinho” o piloto ainda na ativa com o maior número de títulos: são 14.
É claro que as competições de motocross atiçam as maiores fabricantes de motos, e é lógico que elas não ficam de fora desses eventos. A Honda, por exemplo, já conseguiu mais de 50 títulos de motocross, sendo que começou a ganhar somente a partir de 1981, quando começou a fazer parte do circuito. É válido lembrar que, nesse ano, haviam-se completados 9 anos desse a realização da temporada brasileira de Motocross. A Honda, ainda por cima, teve uma conquista dupla em seu primeiro ano, nas categorias 125 e 250.
A Yamaha, outra gigante na fabricação de motos, está há vários anos “de regime” em se tratando de vitórias. Desde o ano de 1992, a marca não conquista um título na categoria MX1, que é a principal no mundo do Motocross.
As categorias iniciais e principais do Motocross são a 125 e a 250, sendo essa última equivalente à MX1. As outras categorias foram sendo adicionadas mais tarde, como, em 2010, quando as competições juniores começaram a aparecer também, reunindo cada vez mais uma gama maior de pilotos.
É curioso o caso que, até o ano de 2007, o piloto de motocross tinha o direito de correr apenas por uma categoria, o que impedia eventos do tipo “um piloto ganhou dois títulos simultâneos”. Mas, para a felicidade de alguns (e infelicidade de outros), tal regra foi abolida e hoje, vários pilotos da categoria MX2 podem optar por concorrer pela categoria MX1, e vice versa.
A Honda e a Yamaha
Quando se trata de motos, muitas pessoas já imaginam as seguintes marcas: Honda ou Yamaha. E essas pessoas tem razão ao já pensar, de cara, nelas. Isso porque as duas são gigantes naquilo que produzem. Ambas são companhias japonesas, e produzem uma gama de produtos e serviços. A Yamaha, além das motos, é conhecida também pela fabricação de instrumentos musicais, como os teclados. Já a Honda, além de focar na produção das motos, também mira o setor de automóveis, sendo que os modelos fabricados pela Honda são objeto de desejo nacional, como o modelo Honda Civic, que, com as suas várias gerações, conquistou uma legião de fãs.
A Yamaha tentou se aventurar no mundo dos automóveis, mas, ao contrário da Honda, não conseguiu se manter por muito tempo, embora ainda apresente conceitos em Salões de Automóveis.