É quase que um consenso entre as pessoas a importância de ter um carro nos dias de hoje. Isso porque, com os carros, a gente consegue ter maior independência, bem como maior conforto para nos deslocar para os mais variados locais, a hora que bem desejarmos. Atualmente, os carros são alvos de polêmica, muito por causa de suas contribuições para os problemas ambientais que o planeta vem sofrendo, como o aquecimento global e, também, com os problemas de mobilidade na cidade. Em São Paulo, por exemplo, o número de carros pode chegar facilmente a mais de 10 milhões. Isso só na cidade de São Paulo, vale a pena frisar.
Com o passar do tempo, o numero de carros circulando nas grandes cidades tende a dobrar cada vez mais, embora tenha se observado na população mais nova – leia-se jovens – uma diferença a respeito sobre tirar a habilitação e correr atrás do seu automóvel. Estamos falando, claramente, das novas tendências da geração Z, que está mais aberta aos anseios da sustentabilidade e, assim, correndo atrás de atividades que gerem menos impacto no meio ambiente.
Pensando na fatia de mercado que, consequentemente, ela estará perdendo, as principais montadoras de automóvel estão correndo contra o tempo para que essa cultura não mude tanto ao ponto de se tornar irreversível. E, com isso, estão fazendo cada vez mais marketing em relação às tecnologias que estão sendo embarcadas nos automóveis com o propósito de ajudar a deixa-los mais sustentáveis ao que está por vir. Com isso, podemos falar sobre os carros inteligentes, que estão vindo com conexão cada vez mais rápida à internet.
A Tecnologia Invisível Nos Carros
Por conta dos recentes avanços sofridos pelo mercado nos últimos tempos, os carros foram um dos maiores beneficiários dessa época. E isso não poderia ser diferente, já que, era apenas uma questão de tempo para os carros poderem se atualizar.
É válido lembrar que os carros chegaram ao mercado no fim do século XIX, quando os visionários Henry Ford viram que era possível construir veículos movidos à motor de combustão, com o uso de combustíveis como o querosene. Assim, aliado com técnicas de administração, conseguiu-se planejar uma linha de produção que pudesse fabricar diversos carros em pouco tempo. Essa linha de produção se caracteriza como uma esteira que tem um determinado comprimento e, assim, os carros vão passando por essa linha e são montados de acordo com as especificações determinadas.
Nessa linha de produção, os carros não tinham nenhuma variabilidade, ou seja, as cores e acessórios eram todos padronizados para poder evitar gastos “desnecessários”, aliado ao pensamento de que as pessoas não estavam totalmente ligadas em se tratar de questões estéticas. Nisso, está totalmente ligado o caso da falta de personalização dos produtos, fato esse que, hoje, é inimaginável viver sem: cada dia mais, vemos diversos tipos de carros com diferentes designs e cores, que deixam nossas ruas e estradas mais decoradas.
Depois de um tempo, foi observada a necessidade de se alterar o sistema de fabricação dos carros, mas mantendo a linha de produção que fora idealizada por Ford. E, assim, as demais montadoras, como Chevrolet, começaram a investir cada vez mais em uma personalização (ainda que sucinta) em seus modelos. E assim foi, praticamente, até o final dos anos 1990, com a indústria automobilística no auge e com diversos modelos presentes no mercado. A situação começou a mudar no meio da primeira década de 2000, quando padrões de segurança mundial e tendências na estética começaram a figurar no cotidiano das pessoas. Modelos com direção hidráulica e air bag começaram a ter uma maior presença nas lojas, e os conceitos de carros inteligentes começaram a partir daí.
A partir de 2010, basicamente, as empresas começaram a olhar com outros olhos para os acessórios, como o rádio, que ficaram bem obsoletos com o passar dos tempos. Hoje, os modelos contam com centrais multimídia que, além de reproduzir músicas, podem reproduzir vídeos, servir como GPS, entre outras coisas. Atualmente, o desenvolvimento das companhias está querendo chegar a integração total da internet com os veículos, sendo, para eles, uma forma de controlar o automóvel à distância, podendo encontrar defeitos, melhorar a autonomia, entre uma série de outras coisas.
Aliás, essa movimentação é bastante oportuna para os casos de carros autônomos, já que, para que o carro seja 100% independente de motorista, é necessária uma conexão com algum lugar específico, como o próprio software do automóvel.
No Brasil, as leis sobre os carros começaram a ganhar novos contornos a partir dos anos 2010, quando baixou uma lei onde todos os novos carros produzidos a partir de 2014 deveriam contar, obrigatoriamente, com freios ABS e Air Bags na parte frontal do automóvel. Essas tecnologias, que estão invisíveis a nós no cotidiano, conseguiu acabar com a fabricação de carros icônicos, como a Kombi, da Volks. Ela, que teve quase 60 anos de história no Brasil, não teve alterada sua estrutura em nenhum momento nesses quase 60 anos, sendo que, a paragem de sua venda só se deu por conta dessa determinação da nova lei.
Com a abertura da indústria de automóveis, muitas companhias parecem estar de olho nesse novo segmento, por conta de seu potencial. Até mesmo empresas que nunca tiveram tradição nessa área estão começando a tomar gosto pela área. Um exemplo disso é a Apple, famosa fabricante de celulares e computadores, estaria totalmente compenetrada em lançar um carro inteligente em meados dos anos 2020. Muitos analistas têm grande certeza disso, apostando quase que todas as suas fichas nesse caso. Acreditam que a consagração da Apple, que viu sua inovação morrer juntamente com seu criador, Steve Jobs, em 2011, está para chegar com essa tendência automobilística. No entanto, a empresa não confirma a possibilidade, dizendo apenas que tem preferência por focar em seus produtos, principalmente o iPhone.
Verdade ou não, o fato é que a tecnologia da informação está cada vez mais abraçando todos os segmentos das indústrias. Então, não é de se estranhar o fato de que, daqui um tempo, os nossos carros estarão discutindo, conosco, as notícias do dia, fora outros assuntos.