A História do Variant, Carro da Volkswagen

A Volkswagen é uma empresa alemã e está há 64 anos no Brasil. Começou suas atividades no bairro Ipiranga, em São Paulo, com uma pequena unidade e depois, em 1959, inaugurou a fábrica do Anchieta, contando com o incentivo do então presidente Juscelino Kubistchek (JK).

Com seu Plano de Metas, JK propôs ao povo brasileiro desenvolver o país em cinco anos, com o lema “cinquenta anos em cinco”. O plano consistia em injetar investimentos em áreas fundamentais para alavancar o país economicamente, considerando infraestrutura, rodovias, hidrelétricas, aeroportos e indústria. O setor automobilístico recebeu muito aporte financeiro, o que atraiu investimentos de grandes empresas, inclusive montadoras. Foi em seu governo que Ford, Volkswagen e General Motors entraram no país.

Empresas que produziram centenas de carros no Brasil e muitos deles marcaram época, conquistando a preferência e a memória dos brasileiros. Não há quem não conheça ou não se lembre de carros como o Fusca, a Kombi, a Brasília, a Parati, o Gol, o Variant e muitos outros.

O Variant, por exemplo, foi criado em 1970 e, ao observar os comerciais (clique aqui para assistir) da época utilizados para sua divulgação, percebe-se a exaltação dos conceitos de praticidade, amplo espaço e potência. Um carro ideal para o dia a dia, mas que não decepcionava quando o objetivo era viajar e rodar o país. Um combo de características que fizeram o modelo automotivo cair nas graças do consumidor na década de 70.

Em 1977 surgiu um novo modelo da Variant, chamado de Variant II, um projeto exclusivamente nacional, com design similar ao da Brasília, porém mais amplo. Essa era a característica mais exaltada do carro em seus comerciais, por exemplo. Neste episódio (clique aqui para assistir), interpretado pelo ator Rogério Cardoso, fica claro o espaço e o conforto que o carro possui e uma surpresa é a aparente ausência do motor, tanto que o jogo cômico no comercial é justamente a procura por ele. O modelo foi apelidado, inclusive, de “papa malas”, “zé do caixão” e “saboneteira”. Na época, era muito utilizado como táxi. Hoje, ainda é possível encontrar modelos que são utilizados por funerárias, por exemplo. Uso que faz justiça aos apelidos do passado.

O Variant permaneceu na linha de produção de 1969 a 1977, dando espaço para o Gol que veio logo em seguida. Como todo carro, saiu de linha quando se tornou obsoleto no mercado. Era considerado um modelo classe média, com motor 1.6 traseiro, 4 cilindros, boxer, refrigeração a ar, 1.584 cm³ e 2 carburadores de corpo simples, com um consumo médio de 12,3 km/L. Suas dimensões reais eram: comprimento 4326 mm; largura 1630 mm; e altura 1430 mm. Seu design era considerado moderno para a época, robusto e de manutenção fácil. O amplo espaço cativava o público consumidor.

O modelo possuía o moderno Sistema McPherson, que é um tipo de suspensão automotiva com maior altura, molas helicoidais (que giram em torno de um eixo) e amortecedores telescópicos, geralmente usado no eixo dianteiro do carro.  O sistema recebe esse nome em homenagem ao inventor Earle S. MacPherson.

Por ser um carro com alta durabilidade ainda é possível encontrar o Variant por aí.

Veja mais algumas fotografias para conhecer o modelo:

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Volkswagen

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *