História da Indústria Automobilística no Brasil

De primeira a indústria automobilística do Brasil não produzia nenhum carro próprio, apenas montavam carros que vinham de outros países. Uma das primeiras montadoras foi Grassi, que montava ônibus e ficou funcionando de 1908 a 1970. Outra desse ramo era a International Harvester que montava caminhões. Houve diversas empresas que montavam carros vindo de fora.

No começo do século XX a Ford dominava o mundo automobilístico com o modelo T. No Brasil ele começou ser montado em 1919. Depois uma das suas maiores concorrentes da Ford, a General Motors, hoje conhecida como Chevrolet, trouxe uma linha completa para ser montada no Brasil.

Com as duas maiores marcas americanas de carros no Brasil, o consumo brasileiro de carros cresceu rapidamente e se viu uma ótima oportunidade para revenda também.

O governo do Brasil era muito voltado para o agronegócio, por isso havia pouco investimento para trazer mais indústria automobilísticas para o Brasil. Apenas após a Revolução de 30, que assumiu Getúlio Vargas que começou haver uma mentalidade mais tecnológica que por proteger muito a nação queria promover as industrias internamente.

Mas para que o modelos fossem realmente fabricados aqui demorou-se um pouco. Os primeiro passos dado por Getúlio só começaram a fazer efeito no final da Segunda Guerra Mundial, em meados da década de 40. Muitos que foram para guerra e viam outros carros, outros empregos nas industrias queriam isso acontece de fato aqui no Brasil.

Com a eleição de JK (Juscelino Kubitschek) houve o grande “boom” industrial no Brasil. Com a criação do GEIA(Grupo Executivo da Indústria Automobilística) a indústria automobilística que começava a surgir já possuía suas regulamentações.

Com a Segunda Guerra, a produção industrial se focou muito mais para produção utensílios utilizados nela e comida. Por isso no final dos anos 40, a maioria do mundo, principalmente o Brasil que ainda não produzia, não tinham carros novos, apenas os que foram produzido nos Estados Unidos  e Europa nos década de 30.

O mais produzido durante a guerra era veículos de guerra, por isso ainda sim o número de fabricas de autopeças cresceu dez vezes nos primeiros cinco anos da década de 40. No Brasil, algumas peças já eram produzidas para reformas de carros daqui.  No começo eram cabines e carrocerias de caminhões, próximo ao ano de 1929. Esses locais foram aumentando e produzindo mais e mais peças, que futuro se tornam as primeiras fábricas.

Após a guerra era a hora de criar novos modelos e produzi-los. Com uma grande reserva liquida em moedas estrangeiras, o Brasil começa a trabalhar diretamente com o plano GEIA. Com um período muito favorável para importação para carros e peças era difícil competir com as indústrias estrangeiras. Assim mesmo tendo uma reserva internacional, o Brasil acabou entrando e dívida para investir em importação de máquinas, matérias-primas e maneiras de captar energia para começar a produzir.

Porém como ainda era muito fácil importar, o governo teve que tomar algumas medidas de restrição de importação de veículos e peças.  Essa política iniciou em 1947 mas só ganhou força no governo de JK em 1952.

No início do plano GEIA o Brasil gastava muito mais com carros e peças do que com o petróleo ou algum produto alimentício. Graças a JK que conseguiu com que os europeus diminuíssem suas taxas em algumas indústrias, trazendo elas pra cá e aumentando o espaço delas no mercado brasileiro.

Antes os carros importados eram totalmente americanos, depois foram ingleses em 1950 e a depois a Alemanha em 1954, tudo esperando quando os carros seriam produzidos em solo brasileiro.

Para comandar o projeto GEIA, Juscelino escolheu o almirante Lucio Meira. Esse órgão pretendia que além de trazer mais industrias, pudesse existir normas para elas se estabelecerem aqui de uma maneira rápida para concluir o plano de governo de JK que era o Brasil crescer 50 anos em cinco com melhorias na indústria e nos sistemas de transporte.

Para que tudo isso acontecesse, era necessário um parque industrial não só com a fabricação do carro, mas também com fornecedores e serviços necessários para produção do automóvel. Tudo aconteceu graças as primeiras iniciativas de Getúlio Vargas .

Para a indústria automobilística crescer foi necessária a criação Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta redonda, incentivando o aumento da siderurgia no Brasil para produção de peças. Outra empresa que foi essencial para a indústria automobilística foi a Petrobras, que além de gerar empregos e riquezas, fazia com que fosse necessário menos importação de petróleo e seus derivados.

Como o Brasil, era e um país grande que tinha muito mercado no setor automobilístico, as importações de máquinas e ferramentas eram necessárias apesar de caras. Para isso era necessário que os fabricantes já existentes viessem se instalar aqui. O primeiro a comandar o GEIA, Lucio Meira não conseguiu que nenhuma empresa internacional, pois elas afirmavam que aqui não tinha mão-de-obra especializada, parque industrial e matérias primas para produzirem.

Com a necessidade de se mudar a situação no brasil, foi regrado a importação de peças que já eram produzidas aqui. E assim como não havia melhoras, o GEIA foi mais radical em 1953 proibiu importar carros inteiros. Assim não teve outro jeito, fabricas como Volkswagen, Mercedes-Benz e Willys-Overland vieram se instalar no Brasil.

Chamando cada vez mais a atenção outras empresas que nem eram tão famosas vieram analisar a possibilidade de se estabilizar aqui, como a Preston Tucker dos Estados Unidos  que queria criar um esportivo chamado carioca.

Vendo o crescimento da indústria foi necessário a criação da Comissão Executiva da Indústria Automobilística (Ceima), porém como quem coordenava era Vargas quando voltou ao poder, ela acabou fechando por desavenças políticas.

No começo algumas peças ainda eram importadas, apenas em 1955 foi fundido para um caminhão Mercedes o primeiro bloco de motor no brasil pela Sofunge (Sociedade Técnica de Fundições Gerais). Com o GEIA foi possível também aumentar o número de fornecedores de peças, baterias e velas.

Ela também colocou como meta que no mínimo 90% dos veículos fossem com peças feitas nacionais. Mal sabiam naquela época, que nos dias atuais todos os componentes seriam produzidos aqui e até mesmo importados.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Notícias

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *