Vapor de Gasolina Direto do Tanque do Fusca

Os carros no Brasil são mais do que um meio de transporte. É um símbolo de status e poder.  E as montadoras que aqui atuam, sabem muito bem disso. As primeiras empresas a desembarcarem por aqui foram a Ford e a Volkswagen, sendo que, essa última, tem no Brasil sua primeira filial internacional em todo o planeta, tendo começado a atuar no país durante a década de 1950. Nessa mesma época, a Volks exportava os seus dois maiores sucessos e, atualmente, ícones da marca: a Kombi (que foi vendida no Brasil até o ano de 2013) e o Fusca, que é popularmente conhecido como “besouro”.

Produzido em dois períodos, sendo o último durante os anos de 1993 a 1996, a pedido do então presidente Itamar Franco, o Fusca ainda é o xodó dos brasileiros, sendo considerado um carro forte e de fácil manutenção, haja vista que as suas peças são encontradas em, praticamente, todo o lugar.

Um aspecto que difere o Fusca dos outros carros é o uso de combustível que, se o fusca estiver  bem conservado e com revisões em dia, ele pode propiciar uma economia bastante significativa, o que é um traço animador para aqueles que gostam de ter um carro mas não querem se preocupar em gastar muito para manter o veículo.

Alguns, inclusive, recorrem às famosas gambiarras para que o Fusca economize ainda mais combustível, como é o caso do Vapor de Gasolina Direto do Tanque do Fusca, o qual iremos falar mais a seguir.

O Fusca

O Fusca foi o primeiro carro fabricado pela Volkswagen, sendo que tanto a montadora quanto o automóvel foram idealizados pelo maior ditador de todos os tempos: Adolf Hitler. O alemão, que governou a Alemanha sob o partido nazista, criando um dos maiores genocídios da história da humanidade, tinha o interesse de fazer a economia alemã voltar a crescer, já que ela estava bastante debilitada com os diversos acontecimentos ocorridos antes, como a Primeira Guerra Mundial. Com isso, ele acreditou que o investimento em uma montadora nacional traria a força que a Alemanha precisava para reerguer e aquecer sua economia. E, para isso, pensou-se em atender a família tradicional alemã daquela época: um pai, mãe e, no máximo, dois filhos. Com isso em mente, Adolf pediu aos seus projetistas que pensassem em um carro econômico, barato, e que pudesse carregar quatro pessoas de uma vez. E, assim, chegou-se ao projeto do Fusca, que, naquela época, era chamado por “Fuca”.

No Brasil, como se sabe, o carrinho desembarcou durante a década de 1950, época em que a Kombi também começava a dar as caras por aqui. O início do Fusca foi bastante tímido – no Brasil e nos Estados Unidos, foram vendidos poucos do modelo – mas, com o passar do tempo, o carro foi pegando cada vez mais o gosto da população que passou a ter uma nova visão sobre o carrinho. Isso melhorou quando o modelo começou a ser fabricado no país, o que diminuiu o preço de custo do mesmo, fazendo ser mais acessível às outras pessoas.

O reinado do fusca, então, começou durante os anos 1960, quando o Brasil estava prestes a sofrer uma intervenção militar que culminaria na ditatura, que perdurou por 21 anos. Nessa época, o Fusca começava a ganhar a preferência no mercado e, durante os anos 1970, a maioria dos carros que estavam em circulação no país era do modelo fabricado pela Volkswagen. A produção do fusca perdurou até o ano de 1986, quando a Volkswagen, querendo reposicionar a marca e fazer dela uma nova referência em se tratando de automóveis, resolveu suspender o modelo de linha, dizendo que a sua linha de produção passaria a ser ocupada, agora, por um modelo mais famoso: o Gol, que, até hoje, está presente na linha de produção da Volks, sendo um dos carros mais “queridos” pelos consumidores do país.

A produção do Fusca ficou inativa até o ano de 1993, quando o recém-empossado presidente Itamar Franco, depois do impeachment do então presidente Fernando Collor, tentando reaquecer a economia, se reúne com a cúpula da Volkswagen Brasil, para pedir a volta da produção do Fusca. E assim foi relançado o carrinho, que voltou com a mesma essência e charme de antes, porém com algumas alterações que modernizaram o modelo. Isso permaneceu até o ano de 1996, quando foi revelado que as vendas não foram como o esperado, fazendo com que a Volks não conseguisse receber o seu investimento no negócio. Os fuscas produzidos nessa época passaram a ser conhecidos como “Fusca Itamar”, sendo os modelos bem mais cotados e procurados em todo o mercado.

Atualmente, passados mais de 20 anos do fim da produção do modelo no país, ele pode ser encontrado por variados preços no mercado, que vão de 5 até 15 mil reais. Alguns modelos, pelo incrível estado de conservação, podem ultrapassar a barreira dos 20 mil reais. Mas, não se assuste: se você quiser comprar um fusca, existem modelos mais antigos (dos anos 70 e 80, por exemplo), que podem ser comprados por preços bem convidativos e, em sua maioria, estão bem conservados e podem ser utilizados por bastante tempo ainda. Pode ser que, em alguns casos, uma reforma se faça necessária, mas nada que seja muito caro por conta da facilidade em se encontrar peças do carro no mercado de peças automobilísticos.

O Vapor de Gasolina Direto do Tanque Do Fusca

O Brasil é conhecido, muitas vezes, pela alcunha de “país da gambiarra”, pela grande quantidade de coisas que os brasileiros conseguem resolver por meio de trâmites não muito convencionais: o famoso “jeitinho brasileiro”. No caso dos carros, não poderia ser diferente: muitas engenhocas já foram criadas por anônimos com o intuito de economizar no combustível. E um desses métodos é o de injetar vapor combustível diretamente no tanque, para que, assim, possa rodar mais pagando menos na hora de abastecer. No vídeo a seguir, você pode entender um pouco mais sobre como funciona o processo, além de algumas informações bastante úteis. É válido mencionar que, qualquer tipo de alteração no veículo, é necessária a supervisão de uma pessoa especializada no assunto. Confira:

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Categoria(s) do artigo:
Mecânica

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