Renault Safrane

Não é novidade para ninguém que ter um automóvel é o suprassumo da vida adulta, não é mesmo? Muita gente espera poder completar 18 anos (e 1 dia, logicamente) para poder dar entrada na sua carteira de motorista, para poder aprender as regras de trânsito e, obviamente, poder guiar um automóvel.

O processor tem validade de um ano. Ou seja, a partir do momento que você já dá entrada para conseguir o documento, você tem um ano corrido a contar daquela data para poder terminar o processo. Se você não conseguir atingir esse objetivo, será necessário pagar novas taxas e reiniciar o processo.

Primeiramente, você deverá se submeter a diversos exames para comprovar se, de fato, você tem capacidade psíquica para poder conduzir veículos. A partir do momento que esses exames foram realizados e o resultado obtido for positivo, você já pode começar a frequentar as aulas teóricas. Com um total de 45 horas-aula a seres cumpridas, você pode fazê-las devagar ou várias aulas ao dia para terminar tudo rapidamente. Feita as aulas, você já pode prestar a prova prática: deve acertar 21 das 30 questões propostas.

Depois da aprovação na prova, vem a parte prática, onde você vai, de fato, aprender a dirigir. Esse processo tem 25 horas aula apenas, mas já dá para ter uma noção maior de como é dirigir um carro. No fim dessas aulas, você já poderá solicitar a última prova, a prática, com um examinador credenciado pelo DETRAN. Mas vale a pena lembrar que não é necessário já terminar as aulas e solicitar a prova; se você ainda não se sentir preparado, pode comprar aulas avulsas para complementar o seu aprendizado.

Com a carteira em mãos, enfim, o próximo passo (natural, inclusive) é a compra de um carro. Mas qual escolher? Depende do seu poderio aquisitivo. Aqui em nosso artigo iremos falar sobre um carro que não é muito conhecido do público geral mas, nem por isso, deixa de ter qualidade: estamos falando do Renault Safrane. Confira:

O Renault Safrane

A Renault é uma marca de automóveis francesa que é muito presente aqui no Brasil, principalmente depois que lançou modelos memoráveis como o Sandero, o Megane  e mais recentemente o Renault Kwid. Esses carros que fazem parte do portfólio da montadora são os carros “populares” lançados por ela, com o intuito de pescar um nicho de mercado que estava saturado de automóveis que são acusados de se parecerem um com os outros.

Só que, mesmo com uma gama de veículos bastante interessantes para o consumidor, a francesa notou que um nicho não estava sendo prestigiado por ela: estamos falando da gama executiva – no qual muitos conhecem por serem carros do tipo sedã e com muito luxo e conforto.

A resposta da marca para essa percepção foi o lançamento, em 1992, do Renault Safrane. O carro tinha o propósito de ser um automóvel de luxo perfeito para empresas, governos entre outros, que desejavam performance, conforto e luxo.

Naquela época, o cenário dos carros de luxo era disputado entre uma tríade alemã: BMW, Mercedes – Benz e Audi. A Renault sabia que o terreno no qual estava tentando entrar era de uma periculosidade absurda. Porém, com o objetivo de substituir o Renault 25, ela arriscou e lançou esse modelo no mercado.

A Monstruosidade do Safrane

Atualmente, o Safrane é o veículo mais complexo, forte e robusto já lançado pela marca em toda a sua história. Na época, uma das novidades era a possibilidade de oferecimento de uma quinta porta, algo que era encontrado somente no Citröen XM, também seu rival.

Depois do lançamento em 1992, a Renault planejou uma versão ainda mais forte, conhecida por “Renault Safrane Biturbo”, que chegou ao mercado em 1994. Por baixo do capô, um motor muito respeitado e com uma configuração que permitia que o modelo pudesse sair de 0km/h e atingir 100 km/h em apenas 7 segundos, o que era muito na época.

Outro motivo que fez com que o Safrane se tornasse um modelo de luxo bastante exclusivo era o fato da tecnologia presente no carro, uma coisa impensável para a década de 1990: o painel, todo digitalizado com luzes de cor laranja, juntamente com um sistema inteligente de ar-condicionado regulado por meio de controle remoto aliado com um acabamento de primeira linha, sem rebarbas e um conforto ao dirigir e ao ser passageiro incomparável.

O Fracasso

Só que, mesmo com todos esses atributos de respeito, que fazia com que o automóvel não devesse nada para outras marcas em questão de desempenho, robustez e tecnologia, o Safrane se revelou um fracasso de vendas, por vários motivos. Para se ter uma ideia, a versão top de linha, que era a Biturbo, vendeu no mundo inteiro apenas 806 unidades.

Renault Safrane Biturbo

Renault Safrane Biturbo

Os motivos para o fracasso dos carros vendidos pela marca são vários: desde os altos preços cobrados por ela, bem como, também, uma má divulgação e mal posicionamento do modelo em escala global. Sem contar, logicamente, com a competição agressiva com outros modelos da tríade alemã. Aqui no Brasil o modelo não decolou, sendo que é um dos menos conhecidos da Renault. Em 1990, o segmento era dominado pelo Omega, da Chevrolet, que foi lançado com os mesmos motivos da Renault para se posicionar com outros modelos vendidos por aqui. Em comparação com o Safrane, o Omega tinha boa dirigibilidade, bem como, também, conforto, painel digital, entre outras coisas que o posicionava como uma bela alternativa se comparado com outros carros da época.

Atualmente

De acordo com dados obtidos pela internet, o Safrane foi produzido até o ano de 2000, quando a Renault desistiu de investir no segmento e pôs fim na produção do veículo depois de 8 anos de produção marcada pela exclusividade. Hoje o modelo é preterido pelos colecionadores, já que é muito difícil encontrar um desses à venda, bem como, também, pela dificuldade em se encontrar peças de reposição (mesmo mal sofrido pelo Ômega). Só que, em 2010, flagras deram conta que a Renault queria relançar o modelo, tendo sido identificado rodando sem disfarces no Brasil. Porém, tudo não passou de especulação, tendo sido o modelo apenas testado por aqui.

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Categoria(s) do artigo:
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