O Chevrolet Diplomata Deixa Marcas de Saudade por Onde Passa

Apesar de a indústria automobilística lançar no mercado dezenas de novos modelos e marcas de carros importados ou nacionais a cada mês, alguns apaixonados ficaram presos no passado: são os amantes do charmoso Opala Diplomata, da Chevrolet.
Uns são adoradores do seu design e potência; outros, ainda mais nostálgicos, não conseguem ignorar o peso da história. Isso porque o Opala foi o primeiro automóvel de passeio produzido em terrinhas tupiniquins pela General Motors no final da década de sessenta. O projeto, que demorou cerca de dois anos para ser finalizado, teve seu grande momento no VI Salão do Automóvel, que acontece até hoje anualmente em São Paulo e representa o mais importante evento de lançamentos de modelos e tecnologias automobilísticas da América Latina.

Diplomata

O “Banheirão” Brasileiro

Por ser o primeiro passo brasileiro, o modelo nasceu fruto de dois estudos: o Commodore alemão e o Impala norte-americano. Salvo seu estilo prepotente, a mecânica e a estética do veículo passaram por inúmeros aperfeiçoamentos no decorrer dos seus 23 anos de vida, finalizando a sua produção em meados de 1992.
Em meio a essas transformações, surgiu o Opala Diplomata, como alguns aficcionados diziam: “era uma paixão dentro de uma relação de amor”, alegando que essa variação do automóvel representaria todo o encantamento dos brasileiros que já tinham adoração pelo Opala. O Diplomata, pomposo, design arrojado para a época, dimensionado e luxuoso, até hoje atrai saudosos e até mesmo os jovens amantes de carros.
Com motor 2.5, desenvolvido em plena década de oitenta (1986, ganhando nova edição com motor 4.1 no ano seguinte), o Diplomata foi a primeira versão à alcool do Opala. Não tão ágil no arranque, a velocidade mantinha a média dos motores Chevrolet, mas tinha o seu brilho: podia chegar até 220 Km/h em um motor de 6 cilindros em linha.

6 Cilindros

Artigo de Colecionador

A febre foi tão grande na época que até hoje ele chama atenção nas ruas, seja pelo tamanho, seja pelo ronco característico do motor. O grande astro das feiras de carros antigos também figura no Museu do Automóvel de São Paulo, junto a outros tantos que fizeram a história do mundo sobre 4 rodas.
Especialistas contam que, no dado período em que a fábrica da General Motors parou de produzir a linha Opala, tão importante para o desenvolvimento do país e sua ascensão na indústria automobilística com a marca de 1 milhão de unidades, foi criada uma série especial para colecionadores. O valioso Diplomata Colector, com apenas 200 unidades, foi lançado no mercado com certificado, logotipo especial, chaves banhadas a ouro e até mesmo um vídeo contando a trajetória do Opala.
Afinal, o Opala Diplomata ultrapassou o conceito de carro, transformando-se em um artigo de colecionador, peça exclusiva e de valor inestimável. E quem participa dessa paixão por carros e quiser conferir e matar a saudade do famoso “banheirão” além de outros modelos incríveis, o Museu do Automóvel de São Paulo está localizado na Avenida dos Bandeirantes, n.5051.

Especial

Por Vivian Fiorio

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Carros Antigos

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